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Edge Computing: tornando a sala de servidores um ambiente de missão crítica

Por Jason Covitz*

Os investimentos em Internet das Coisas (IoT) irão alcançar US$1,3 trilhões até 2020 e o processamento de 43% destes dados será realizado pela Edge (ou borda), de acordo com projeções da IDC. Além disso, a empresa de pesquisa prevê que o número de coisas conectadas irá atingir 30 bilhões, até a mesma, data e saltar para 80 bilhões nos 25 anos seguintes. A demanda deste mercado está direcionando a necessidade de novas soluções como a Edge Computing, chamada também de Computação de Borda ou ainda de Fog.

Movimentos Pendulares
Historicamente, uma das principais questões da área de TI é a oscilação entre o foco em um modelo centralizado e um descentralizado. Ela iniciou-se com a computação centralizada em mainframes, moveu-se para redes descentralizadas cliente-servidor e voltou novamente para um modelo centralizado em nuvem. Agora, o pêndulo vai para um modelo descentralizado que chegou na forma de Local Edge Computing.

Como a infraestrutura de TI atualmente é utilizada para suportar aplicações e dispositivos de IoT – com diferentes requerimentos das aplicações de TI tradicionais, tais como e-mails e aplicativos de produtividade – o modelo descentralizado se tornará crítico.

Mas isso não significa que a nuvem está indo embora. Ela continuará a processar quantidades massivas de dados das aplicações tradicionais de TI e uma grande parte dos dados para Data Science ou ciência de dados (campo interdisciplinar que trata de como extrair conhecimento ou “insights” de dados, de forma variada). Com isso, a cloud será utilizada para os dados que não requerem atenção imediata ou que possuem necessidades diferentes, provenientes das aplicações tradicionais. Entretanto, tudo que demandar decisões em tempo real como, por exemplo, dispositivos médicos que monitoram pacientes e enviam informações para os médicos, será provavelmente processado na Edge.

Definição de Edge
Mas, o que é Edge e por que os dados devem ser processados nela? Explicando de uma maneira simples, em implementações de TI híbridas, a Local Edge cria uma ponte de alta performance entre sua nuvem pública ou privada off-premise, on-premise, e ainda em Data Centers corporativos de colocation e suas implementações de TI locais on-premise. A nuvem centraliza o processamento de dados e armazenamento, mas conforme as empresas avançam em implementações de IoT, muitas estão percebendo que essa centralização possui suas limitações.

O IoT visa ligar qualquer dispositivo ou pessoa que possa ser conectada por meio de uma rede, para gerar um fluxo contínuo de informação que auxilie as organizações na redução de custos operacionais, no aumento das vendas ou na melhora da experiência do cliente. Nesse cenário, a Edge Computing é necessária pois grande parte das aplicações de IoT requerem uma combinação de uma latência muito baixa, elevada largura de banda ou um tratamento de dados rigoroso.

Analisemos, por exemplo, o mercado de varejo: para melhorar o tráfego de pessoas em lojas físicas, os varejistas estão digitalizando a experiência dos clientes por meio da implementação de sinalização e carteira digital, realidade aumentada e provadores inteligentes (smart fitting rooms), ao mesmo tempo em que otimizam sua estrutura de custo via digitalização de sua cadeia de fornecimento. Se os dados utilizados por esses sistemas tiverem que viajar centenas ou milhares de quilômetros para um Data Center em nuvem centralizada, a latência que enfrentam irá afetar dramaticamente a experiência desses clientes.

É por isso que a Edge Computing está tomando impulso. Ela cria uma rede de locais que processam os dados o mais próximo possível de sua fonte, reduzindo significativamente ou eliminando problemas como latência, largura de banda e tratamento de dados.

Conforme olhamos para o futuro neste novo mundo da IoT e Edge Computing, vemos que uma combinação de nuvem, Data Centers regionais e Edge Computing local, irá funcionar em harmonia para produzir melhores resultados de negócio e trazer mais segurança para o mundo digital. Esses resultados variam de acordo com a aplicação, mas em geral a otimização de processos operacionais, o aumento das vendas e a melhora na experiência do cliente estão entre os mais frequentes.

Qualquer empresa que quiser alavancar a tecnologia de IoT precisa entender a Edge Computing e determinar onde essa abordagem descentralizada trará mais eficiência para suas operações.

Assista este vídeo e aprenda mais sobre Edge:

*Jason Covitz é Diretor de Estratégia de Marketing para negócios de TI na Schneider Electric.

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