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Aumento do PIS/Cofins ameaça 100 mil empregos em contact centers

Segundo a Associação Brasileira de Telesserviços, se houver acréscimo do PIS e da Cofins para o setor de serviços o efeito será imediato
Aumento do PIS/Cofins ameaça 100 mil empregos em contact centers

Extremamente sensível ao aumento de tributos, o setor de contact center estima que um acréscimo de 0,75% no PIS/Cofins afetará 100 mil empregos. O cálculo é da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) e considera apenas as empresas associadas à entidade, que representa um terço dos empregos no setor.

Aumento da alíquota em estudo seria uma compensação por eventual perda de receita do governo federal com a exclusão do ICMS da base de cálculo

Com margens estreitas de rentabilidade e mão de obra correspondendo a 70% dos custos das empresas, qualquer aumento de impostos afeta diretamente a geração de empregos no setor de contact center. Isso acontece porque o setor de serviços não funciona como a indústria e o comércio, que têm a opção de transferir parte do aumento de impostos ao consumidor.

A alíquota atual de PIS/Cofins paga pelo setor é de 3,65%, cumulativa sobre a receita bruta. Há notícias de que a RFB (Receita Federal Brasileira) tem realizado estudos para promover mudanças no PIS e Cofins com aumento de alíquota dessas contribuições.

O aumento da alíquota do PIS e da Cofins em estudo seria uma compensação por eventual perda de receita do governo federal com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de excluir o ICMS – imposto estadual – da base de cálculo desses tributos, impostos federais. Porém, setores de prestação de serviço como o de contact center, que não recolhem ICMS mas sim o Imposto sobre Serviços (ISS), não tiveram qualquer redução da carga tributária.

Se houver acréscimo do PIS e da Cofins para o setor de serviços o efeito será imediato, gerando demissões e diminuição de postos de trabalho. O presidente da ABT, Cassio Azevedo, alertou para o impacto que a medida vai gerar na atual conjuntura econômica. “Elevar tributos no momento em que o Brasil tem 13 milhões de desempregados vai apenas aumentar esse número, começando pelo nosso setor”.

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