Há momentos que, independentemente do tamanho da empresa, é preciso parar, avaliar e ter certeza que se está no melhor caminho. E muitas vezes este tempo de reflexão exige desligar o botão automático e ampliar o olhar para o mercado, a concorrência e os próprios resultados. É fundamental questionar: quais as tendências? Será que estamos nos valendo de todas as ferramentas que podem oferecer experiências inovadoras para nossos clientes? Esta inquietude faz parte do dia a dia de milhares de varejistas.
É inegável que o rápido avanço tecnológico alterou a maneira como as empresas se relacionam com seu público, para atender uma mudança que partiu do próprio consumidor. Nesta troca de mão dupla é preciso oferecer conectividade, interação e rapidez para os consumidores cada vez mais informados, exigentes e críticos, que precisam o tempo todo de estímulos diferentes e eficazes para se engajarem nas compras, nas campanhas e promoções.
Esta conexão vai muito além do que estipular uma verba de marketing. Exige inteligência, criatividade, saber inserir nos negócios as inovações tecnológicas, com o objetivo de impactar positivamente o cliente a ponto de fidelizá-lo e estar um passo à frente da concorrência. Tornar essa experiência mais agradável não é tarefa simples. A tecnologia se insere neste contexto como uma ferramenta seja nas promoções, autoatendimento, pesquisas personalizadas. Mas, para muitos varejistas, esta quebra de paradigmas é um desafio.
O que se deve ter em mente é que estes ajustes podem ser graduais e que há uma contrapartida benéfica de resultados. A tecnologia no varejo traz satisfação para o novo consumidor e, para o lojista, ganhos expressivos na redução de custos administrativos e possibilidade de realizar suas pesquisas de forma personalizada e sem a contratação de institutos externos. Um exemplo prático é que a automatização facilita a vida das pessoas e aumenta em mais de 56% a adesão às promoções, número bem superior à média do mercado, que gira em torno de 18%.
Se pensarmos em um plano de Business Intelligence, o retorno pode ser ainda maior. O acesso à diversidade de informações – gerada por um Banco de Dados, criado graças a um recurso tecnológico – e uma análise destas informações dentro das expectativas do negócio, pode se ter um insumo valioso na construção de ações promocionais e de marketing e impulsionar vendas e fidelização.
Não há regras, mas a trajetória do varejo hoje passa pela tecnologia se o objetivo é crescer. O processo de transformação permeia várias soluções disponíveis. A velocidade que serão implementadas dependerá de cada empresa. Não é um abandono das fórmulas tradicionais, mas um avanço que é acessível a todos os empreendedores deste mercado, que têm como particularidade o contato direto com seu consumidor. Um público que está sempre em busca de experimentar o novo e que, muitas vezes, prefere começar por marcas em que confia.
É tempo de transformações, de inovações nas plataformas tecnológicas, de ajustes nos modelos de negócios, de atenção ao feedback dos públicos-alvo. É tempo de não temer o novo e apostar nas oportunidades, que resultarão em erros e acertos, mas marcarão um passo à frente no negócio, ao se ultrapassar o simples limite no ato da compra e venda.
Portanto, não é possível ficar de olho no sucesso do vizinho, que não para de inovar, e desejar o mesmo sem mudar um passo.
*Antonio Carlos Braga Jr é CEO da CRMALL
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo