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EUA são mais confiáveis para armazenamento de dados

Pesquisa da McAfee aponta que maioria dos executivos prefere que os dados de suas organizações estejam armazenados em países com rígidas leis sobre proteção de dados
EUA são mais confiáveis para armazenamento de dados

O Brasil não tem um ambiente favorável para armazenamento de dados, nem está entre os principais países considerados por executivos seniores do mundo para a alocação de dados. As conclusões são de um estudo da McAfee, que apontou os Estados Unidos na liderança e com requisitos mais rigorosos de proteção de dados.

“A maioria dos executivos prefere que os dados de suas organizações estejam armazenados em países com rígidas leis sobre proteção de dados”, Marcus Almeida

A pesquisa, realizada com 800 gestores empresariais de nível sênior, teve o objetivo de avaliar a abordagem adotada pelas empresas sobre a proteção de seus dados, incluindo questões sobre local de armazenamento, gerenciamento e segurança. Os países que participaram da pesquisa foram Austrália, Brasil, França, Alemanha, Japão, Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.

O estudo abordou o conhecimento dos gestores quanto a regulamentação de proteção de dados existentes nos seus países e as regulamentações de outros países, especialmente a GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados), que será implementada na União Europeia a partir de maio de 2018.

Entre os destaques, a pesquisa questionou quais países os entrevistados acreditam que possuem os requisitos mais rigorosos de proteção de dados como leis, políticas, procedimentos etc. O Brasil foi escolhido por apenas 2% dos entrevistados. Em primeiro lugar, o Estados Unidos foi a escolha de 46% dos entrevistados, seguido pela Alemanha (16%) e o Reino Unido (13%).

Quando questionados em quais países eles prefeririam armazenar os dados da sua organização por causa da regulamentação existente no local, o Brasil foi escolhido por apenas 8% do total de respondentes. O Estados Unidos foi novamente o primeiro colocado, escolha de 48% dos entrevistados. Mesmo entre os brasileiros, 58% disseram que preferem armazenar seus dados nos Estados Unidos.

Os entrevistados também responderam em quais países eles evitariam armazenar os dados da sua organização por causa das regulamentações locais e o Brasil foi o terceiro colocado (27%), perdendo apenas para o México (38%) e a Índia (28%).

Segundo Marcus Almeida, gerente de Inside Sales e SMB da McAfee, a pesquisa mostrou que o Brasil não é visto pelos executivos estrangeiros como um local confiável para o armazenamento de dados. “A maioria dos executivos prefere que os dados de suas organizações estejam armazenados em países com rígidas leis sobre proteção de dados”, comenta Almeida.

Entre os brasileiros, a maioria (62%), diz que sua organização armazena parte dos dados no Brasil e 44% diz também armazenar dados nos Estados Unidos. Os principais motivos para isso são: fornecedores mais baratos (50%); pela legislação sobre regulamentação de proteção de dados nesse país (34%) ou porque o provedor de serviços da nuvem escolhido está localizado em um local específico (32%).

GDRP

Almeida explica que muitas empresas que tem relações comerciais com a União Europeia terão que se adequar as regras GDRP para comprovar que podem armazenar e tratar os dados europeus. “Uniformizar tantos procedimentos não será tarefa fácil, mas a empresa que fizer isso aumentará a sua maturidade de segurança e sem dúvida terá uma grande vantagem competitiva”, comenta.

Entre os entrevistados brasileiros, 48% disseram que seus negócios serão afetados pela GDPR. Quando questionados sobre quão confortável a sua organização se sente com a adesão do GDPR, 38% dos brasileiros se sentem extremamente confortáveis com a regulamentação europeia e apenas 4% dizem não ter conhecimento sobre ela.

Um quarto dos brasileiros (26%) disse que sua organização está migrando ativamente seus dados para um local diferente como resultado do GDPR e 46% dos entrevistados disseram que usarão os provedores de serviços em nuvem para ajudá-los a alcançar a conformidade com a proteção de dados.

Segundo o estudo da McAfee, os principais impactos negativos que preocupam os entrevistados brasileiros em caso de violação de um regulamento de proteção de dados são: perda de confiança do cliente (34%), penalidades financeiras (26%) e perda de clientes (26%). Quase um terço (32%) acha que relatar uma violação tem um estigma vinculado que causará efeito negativo na marca.

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