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Do diagnóstico à gestão precisa: a tecnologia a favor da saúde

Biomedicina computacional, genoma, análises preditivas e IoT aumentam opções de tratamento personalizado e reduzem custo efetivo do monitoramento de pacientes
Do diagnóstico à gestão precisa: a tecnologia a favor da saúde
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Assim como Sherlock Holmes, o doutor Gregory House “diagnostica o indiagnosticável” na série de TV e entra em conflito com a direção do hospital por contar com sua experiência e percepção ao escolher tratamentos pouco convencionais que põem em risco a vida do paciente, e saúde financeira e reputação da instituição. A série inspirada na coluna “Diagnóstico”, da médica Lisa Sanders, do Hospital da Universidade Yale, publicada na revista do The New York Times, mostra uma rotina que vai além do arquivo eletrônico de dados clínicos.

Estudos como esses mostram que a oportunidade de monetizar na vertical é grande. Os provedores globais esperam investir $69 bilhões em utilidades de monitoramento e controle de saúde, antes caros e restritos aos hospitais

Agora, a biomedicina computacional e as análises preditivas proporcionadas pela IoT criam um meio de personalizar rapidamente diagnósticos e tratamentos aos pacientes, salvar vidas e influenciar a tomada de decisões e investimentos nos serviços de saúde. Os avanços saem de centros de pesquisa tecnológico e médico como o da secular universidade Cornell, em Ithaca, NY, do Children’s Memorial Research Center, em Chicago, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Há evidências de que os protocolos médicos são ineficazes para distinguir os pacientes baseados em dados demográficos, histórico e tratamentos anteriores. O professor de pesquisas da Cornell Tech, Nathan Kallus, e cientistas do MIT provam essa teoria. Usando dados de 10 mil pacientes de diabetes tipo 2 do Centro Médico de Boston, o time desenvolveu um novo método. “O algoritmo recomendou um tratamento alternativo ao padrão de cuidados estabelecidos”, aponta Kallus.

Já os pacientes de câncer do Children’s Memorial Research Center, em Chicago, contam com recursos para prever a recorrência de tumores cerebrais através de análises preditivas e pesquisa genômica que determinam a melhor terapia.  No instituto computacional de Biomedicina da Cornell, um estudo do DNA busca tratamento individualizado avaliando dados e sugerindo tratamentos precisos aos pacientes do Hospital Presbiteriano de Nova York. “Essa é uma tecnologia crítica que nos permite observar as células e entender o que está conduzindo-as”, comenta o diretor do estudo, Olivier Elemento.

Ferramenta

As análises preditivas através do uso de dados, algoritmos estatísticos e técnicas de machine learning para identificar a probabilidade de resultados futuros passou de uma especialidade para ser a principal ferramenta de decisões nas empresas de cuidados médicos.

O crescimento de devices médicos suporta o crescimento do Analytics em IoT. Um relatório recente da Markets and Markets projeta que o mercado mundial de dispositivos portáteis atingirá mais de US $ 12 bilhões em 2021.

Estudos como esses mostram que a oportunidade de monetizar na vertical é grande. Os provedores globais esperam investir $69 bilhões em utilidades de monitoramento e controle de saúde, antes caros e restritos aos hospitais. Um exemplo é o MySignals. O sensor da Libelium ajuda os provedores, desenvolvedores, e fabricantes a criar itens eletrônicos que medem e transmitem por Wi-Fi diferentes parâmetros corporais.

A Jabil, na Califórnia, adotou a impressão em 3D para projetar itens médicos personalizados usando SAP Distributed Manufacturing, análises de IoT e sua plataforma na nuvem.

A chance de rentabilizar no setor também se estende ao canal com 162 mil parceiros na América do Norte, lembra Steve Brumer, sócio da 151 consultores, de Nova York. “Os provedores de soluções se associam a fornecedores, fabricantes de chips, distribuidores e até mesmo outros integradores e estão procurando os canais certos para ajudá-los a construir uma estratégia que acelere sua visão do mercado”.

Segurança: a oportunidade

Se por um lado há avanços na biomedicina via IoT, o conceito de segurança é relativamente novo no ecossistema de saúde. De acordo com pesquisa da start up ZingBox, mais de 90% das redes de TI de saúde possuem dispositivos IoT conectados e 76% dos tomadores de decisão da indústria acreditam estarem protegidos. Uma tremenda oportunidade para o setor de TI, aponta  Xu Zou, CEO da ZingBox. “A tecnologia IoT apresenta desafios especiais para a capacidade de uma organização de saúde de proteger-se de ameaças de insider e ataques cibernéticos”.

As organizações norte-americanas contam com a certificação da Health Information Trust Alliance (HITRUST) para enfrentar os desafios e rentabilizar no setor. Uma das certificadas é a Optum que junto à Cisco têm soluções de gerenciamento de vulnerabilidades e ajuda aos hospitais com sistemas de diagnóstico via exames tridimensionais na tela do computador da clínica. Outra solução, a OptumOne Analytics, identifica a efetividade das intervenções analisando o histórico demográfico de pacientes com doenças crônicas e orienta o gerenciamento do custo do cuidado médico.

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