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Trend Micro identifica 8 mil vulnerabilidades de segurança somente em 2017

Empresa mantém programa, chamado de Zero Day Iniciative (ZDI), que bonifica a descoberta de vulnerabilidades
Trend Micro identifica 8 mil vulnerabilidades de segurança somente em 2017

A indústria do ciberataque abandonou o foco em problemas tecnológicos e passou a ser estratégica. Atualmente, mira grandes instituições corporativas e do governo, mas tem se estendido para empresas de porte menor. A Trend Micro, que tem uma área voltada a mapear as vulnerabilidade e riscos de ataque iminentes, alerta que o diferencial é sempre priorizar a segurança nas atualizações de sistemas operacionais.

 Existe um mercado consolidado para a comercialização dessas vulnerabilidades, com a oferta das brechas e das ferramentas necessárias para realizar o ataqu

“Cada atualização de sistema traz uma nova vulnerabilidade. É preciso estar atento ao mapeamento diário dos riscos”, aponta Juan Castro, diretor de Cibersegurança Estratégica da Trend Micro Latam. Segundo o executivo, a empresa mantém um programa, chamado de Zero Day Iniciative (ZDI), que bonifica a descoberta de vulnerabilidades.

São mais de 3 mil desenvolvedores de software que trabalham direta e indiretamente para a empresa no monitoramento. Castro aponta que, somente neste ano, foram descobertas mais de 8 mil brechas que podem ocasionar em ataques. Dependendo da descoberta, o valor da recompensa pode chegar a milhões de dólares, destaca o executivo.

Castro explica que existe um mercado consolidado para a comercialização dessas vulnerabilidades, com a oferta das brechas e das ferramentas necessárias para realizar o ataque. “No Brasil, é possível comprar as ameaças com um pacote de capacitação para fazer o ataque. Nossos profissionais, um dos melhores do mundo, trocam muita informação com os russos, outro grande mercado de ciberataque”, afirma.

A Trend Micro tem uma abordagem diferenciada de como as ameaças acontecem e como se proteger, segundo o executivo. As ameaças normalmente são direcionadas à rede (física, virtual e nuvem), a servidores e end points. A comunidade de desenvolvedores mapeia 3 principais tipos de vulnerabilidade: as descobertas e ainda são usadas, as já descobertas mas desconhecidas do mercado e as não descobertas, como erros em programas e softwares.

Quando uma vulnerabilidade é descoberta, os fabricantes são imediatamente avisados e as correções são enviadas. No entanto, é aqui que se cria um impasse no que diz respeito à segurança estratégica das empresas. Muitas preferem pagar para ver, afinal o risco não é um ataque. É uma iminência. Essa decisão, segundo Castro, normalmente vem da área de infraestrutura, que terá a sua operação paralisada.

“Quando isso acontece é preciso aplicar a patch de segurança, que podem paralisar as aplicações. Mas um ataque pode prejudicar muito mais se acontecer. Os gestores normalmente questionam se a empresa tem segurança, mas essa é a pergunta errada.”, destaca.

Além de notificar os fabricantes, a Trend Micro trabalha em conjunto com a Interpol e a OEA na divulgação das ameaças. A iniciativa é de grande valia para a colaboração entre países e também para pesquisa em âmbito privado.

Com o advento de internet em novas coisas, Castro alerta que todos os dispositivos com WiFi podem ser alvos de ataque. E, nesse sentido, não é possível proteger somente o dispositivo. A camada de proteção deve ser colocada na infraestrutura. Por isso, o ZDI em breve vai passar a ter como destaque sistemas Android, além de Microsoft, Scala e Adobe.

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