Com a simplificação do modelo tradicional de vendas, no qual cada agente tinha seu papel muito bem definido, o distribuidor de TI já percebeu que a oferta de serviço é o caminho. A oportunidade vem com o desafio de agregar valor e gerar receitas recorrentes. Nesse sentido, um novo canal de vendas passou a ser atrativo para o distribuidor de TI: os Marketplaces Virtuais, ecossistemas que integram lojas e distribuidoras para venda de projetos e implementações de serviços e soluções específicas.
As projeções são animadoras. Até 2021, as vendas online no Brasil terão crescimento médio de 12,4% ao ano e o e-commerce passaria dos atuais 5,4% de participação no varejo para 9,5%. Segundo projeções do Google e da Forrester Research, as vendas na internet no Brasil vão dobrar chegando a um total de R$ 85 bilhões em vendas em 2021.
Embora a oferta de serviço ainda não tenha engrenado na distribuição de tecnologia – em 2016 representou 2% do faturamento, contra 1% de 2015, segundo a ABRADISTI -, os serviços tiveram 45% de participação do mercado, enquanto os softwares significaram 17% e os hardwares 38% do total.
A migração é estratégica e, de olho neste nicho, a DB1, multinacional de tecnologia sediada em Maringá (PR), criou em 2015 o ANYMARKET, um marketplace hub de e-commerce, que conecta distribuidores e revendas. Atualmente, segundo Ilson Rezende, presidente da DB1 Global Software, a plataforma possui 15 marketplaces e 50 pessoas trabalhando na integração.
Recentemente, a empresa anunciou que integrou a tecnologia de computação cognitiva da IBM, o Watson, através de módulo de inteligência cognitiva de comunicação para automatizar o sistema de perguntas e respostas. O ANYMARKET também recebeu a integração de SBOTs, softwares autônomos criados com microserviços que funcionam de forma independente da aplicação que ele vai interagir. O objetivo é detectar falhas humanas ou de integração entre vários softwares – Marketplaces, Plataformas de e-commerce, ERPs etc – corrigindo-os automaticamente.
All Nations e Aldo Componentes são alguns dos cerca de 600 clientes que a empresa possui. Para eles, há duas possibilidades: ou possuem um estoque próprio ou apresentam seus estoques através das revendas. Políticas de nivelamento de preço também permitem girar estoque ocioso. “Para o distribuidor, o diferencial é a gestão automática do estoque”, explica Rezende. O foco em 2017, aponta o executivo, é prover competitividade dentro da plataforma, que hoje atua mais posicionada a nicho, como o de TI.
Fundada em 2000, a operação da DB1 é dividida em 7 unidades de negócios: ANYMARKET, Consignet (para gestão de acesso a crédito consignado), Domus ERP, e-B1, a fábrica de software DB1 IT Services, a DB1 TechGov e a DB1 Inovação. A unidade de Hub Marketplace da DB1 atualmente representa 10% da receita da empresa, mas a ideia é que até 2019 ela chegue a um terço do faturamento.o.
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