Com mais de 300 mil máquinas infectadas em 150 países, o megaciberataque WannaCry deixou uma marca na história e um alerta: algo pior pode estar por vir. Os números do ataque mostraram o Brasil em quinto lugar no ranking mundial de infecções pelo ransomware, que tirou do ar os sistemas de diversas empresas e serviços públicos ao explorar uma vulnerabilidade no Windows — e este é um dos pontos que devemos prestar atenção.
O WannaCry não é um malware novo e a brecha usada pelos cibercriminosos foi corrigida em março pela Microsoft. Por que, então, mesmo assim milhares de computadores de grandes instituições foram infectados? É preciso destacar que muitos não levam a sério as dicas básicas de segurança. Sim, é importante atualizar seu computador, executar um antivírus, aumentar suas defesas e fazer um backup regulares e seguros.
Outro ponto importante é ter cautela ao abrir arquivos e links recebidos por e-mail e qualquer outro meio de comunicação — Facebook, WhatsApp, etc. Muitos são os relatos de que o malware atua por meio de arquivos do Word ou Excel. Por isso, repito, é importante minimizar qualquer tipo de risco. A ameaça ransomware está a um clique e a conscientização do usuário aliado ao investimento em tecnologias e serviços de segurança da informação são os fatores cruciais para o sucesso ou frustação da tentativa de invasão.
No caso de empresas, é preciso ter em mente que o montante anual reservado para a área de segurança não é um gasto, mas um investimento. Toda empresa deve ter um plano de segurança de dados. Do salão de beleza da esquina à multinacional, não importa. É preciso lembrar que a reputação da empresa é um dos ativos mais valiosos e o roubo de dados sigilosos de clientes, seja identidade, CPF, dados bancários ou mesmo o endereço, é muito grave. Este é um crime que pode comprometer o futuro de qualquer organização.
Como aconteceu com diversas empresas no mundo, muitos servidores no Brasil foram inundados de tentativas de ataque. Desde então CEOs, CIOs e gestores de TI estão em estado de alerta. Mas empresas que tem serviços de segurança como de prevenção a ciberataques como “Cisco Quick Defense” não se preocuparam. E esta é mais uma prova de que é possível, e desejável, ter uma estrutura confiável.
Pelo que se sabe até agora, apesar das ameaças, os hackers não conseguiram muito dinheiro de suas vítimas. A princípio, o maior prejuízo foi de produtividade, uma vez que muitas empresas desligaram suas máquinas. De todo modo, segue uma última dica: se seu computador ou o de sua empresa tiver sido infectado, não pague resgate. Não fique eternamente refém das ameaças deste grupo. Até porque não sabemos o que está por vir. Estar preparado para o pior e contar com um bom parceiro de TI é ainda a melhor alternativa.
*Edivaldo Rocha é CEO da CorpFlex no Brasil.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo