Mais do que impulsionar a inovação, a Inteligência Artificial (IA) tem potencial para adicionar até 1 ponto percentual nas taxas de crescimento econômico anual das principais economias da América do Sul. Segundo o estudo “Como a Inteligência Artificial pode acelerar o crescimento da América do Sul”, da Accenture Research, em 2035, a tecnologia terá transformado o mercado de trabalho ao criar uma nova relação entre homem e máquina.
O levantamento apontou ainda que, no Brasil, a IA incrementará a economia em US$ 432 bilhões. Desse total, US$ 192 bilhões seriam constituídos pelo aumento da capacidade de mão de obra e do capital, US$ 166 bilhões pela automação inteligente e os US$ 74 bilhões restantes pela difusão da inovação.
Para entender o possível impacto da IA na América do Sul, o estudo analisou cinco economias sul-americanas e constatou que, em alguns países, a tecnologia é realidade. No segmento de mineração do Chile e do Peru, por exemplo, as empresas já utilizam equipamentos autônomos em suas minas, onde recrutadores empregam algoritmos de emotion analytics. O mesmo exemplo também se aplica às áreas financeira e de varejo, nas quais clientes de bancos, companhias aéreas e comércio de toda a região já utilizam chatbots.
“O estudo se baseia no fato de que, globalmente, há algumas décadas, o modelo tradicional de expansão econômica vem sofrendo um forte declínio. A partir disso, algumas soluções aliadas à IA, como robótica e big data, poderiam ser a solução para o atual cenário em que a produção de capital e a mão de obra já não geram taxas de crescimento consistentes”, analisa Armen Ovanessoff, diretor executivo da Accenture Research para a América Latina.
De acordo com a pesquisa, quando tratada pelas empresas como um fator de produção, a IA proporciona aceleração ao crescimento de três maneiras distintas: por meio da automação inteligente (criação de uma força de trabalho virtual), da aceleração das inovações na economia e da intensificação das competências na força de trabalho.
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