Quase 1 mil instituições financeiras já iniciaram os trâmites para participar da nova modalidade de pagamento, o Sistema de Pagamento Instantâneo PIX, que promete ser uma das grandes revoluções do setor financeiro.
Na prática, a modalidade permitirá pagamentos pelo celular por meio de QR Code com taxas mais baixas que o débito, e poderão ser realizados em qualquer dia e horário, com entrada imediata. A expectativa é que atraia o público de desbancarizados, ou seja, as pessoas que não atuam com contas e bancos e que, frequentemente, adquirem produtos e serviços efetuando pagamentos em moeda corrente.
Como é atrativa, as instituições financeiras já iniciaram a largada para preparar a infraestrutura interna de implementação, que será disponibilizada pelas próprias instituições em novembro deste ano.
Dentro desse universo, foi unânime a opção de desenvolver internamente a infraestrutura de TI e integrar o Hardware Security Modules – HSM, com módulo de segurança da Dinamo Networks, que venceu a licitação para fornecer equipamentos criptográficos para utilização do sistema PIX, junto ao Banco Central.
Os especialistas também vislumbram estruturar a solução em Nuvem, já que a demanda tende a crescer, sem contar que a computação neste modelo permite o crescimento do processamento transacional das mensagens do PIX, de maneira rápida e fácil.
Entre os desafios, a conexão com o Bacen na primeira fase de teste de conectividade em fevereiro gerou morosidade, mas foi superada, de acordo com os participantes do evento. Segundo eles, o órgão ainda estava se estruturando internamente e isso gerou dificuldades no início. Já nessa segunda fase obrigatória, todos os testes funcionaram bem.
Para o Banco BV, que iniciou os testes de conectividade na primeira quinzena de fevereiro, a assinatura de mensagens foi desafiadora. Foi preciso entender a documentação, comprar certificados novos para fazer a conectividade e, então, estabelecer a conexão. “Aí veio o grande desafio: assinar mensagens. Este processo não é fácil; sofremos um pouco com isso e só no início de março conseguimos mandar a mensagem para o BC”, relata Flávio Garrido, especialista em sistemas do BV. E complementa dizendo que “depois da segunda fase com a homologação obrigatória, também fizemos os testes e fluiu bem, só que agora usamos os HSM da Dinamo.
Em relação aos testes de performance e o User Experience – UX, algumas instituições já iniciaram os trâmites técnicos, e acreditam que estão no caminho certo. O Banco de Brasília – BRB já finalizou o processo de UX, que está em aprovação do Banco Central. “Atendemos a todos os requisitos do BC e o protótipo ficou fantástico. Pensamos muito nessa questão exigida pelo regulador”, revela Emílio Carvalho, gerente de Reserva Bancária do BRB.
As instituições apontaram ainda, que o uso dos Hardware Security Modules da Dinamo, foram essenciais para dar agilidade à implementação. “Os HSM permitiram que não nos preocupássemos tanto com a assinatura, assim conseguimos nos dedicar mais às questões do produto do que da assinatura em si”, afirma Ivan Moreira, gerente de TI do BTG.
Como estes recursos da Dinamo Network contam com um módulo de segurança obrigatório – em conformidade com a ISO internacional 20.022, padrão internacional de transferência de fundos adotado pelo Banco Central –, as instituições financeiras não precisaram desenvolver essa etapa internamente.
Zanini, que é o CEO da companhia e especialista em Segurança, afirma que sua solução SPI permite encurtar em até quatro meses o tempo para a implementação do novo sistema nas empresas.
“Entendemos lá atrás que se desenvolvêssemos um módulo de segurança integrado ao HSM ajudaria muito o setor financeiro na performance e implementação do PIX e fico feliz em saber que isso tem ajudado a essas grandes instituições parceiras da Dinamo”, concluiu Zanini.
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