Mais de 40 milhões de brasileiros já trabalham por conta própria, somando quase 40% da força de trabalho brasileiro. Ao notar a dificuldade que muitos destes profissionais tinham com as questões financeiras e toda sua burocracia, Tiago Santos e Maurício Carvalho criaram a Husky, uma fintech que automatiza tarefas burocráticas para que profissionais que trabalham por conta própria possam se concentrar em suas carreiras.
Dedicada a prestar um serviço de câmbio ágil e com taxa justas, que já movimentou quase R$ 200 milhões, a startup também reúne toda a parte de contabilidade e conta digital, em uma só plataforma. “Nós olhamos para esse mercado como uma solução para a nossa dor, já que enfrentamos todos esses problemas durantes anos, enquanto prestávamos serviços para empresas do exterior. Em um primeiro momento, o que mais incomodava era lentidão dos bancos tradicionais e taxas de câmbio abusivas na hora de receber pagamentos em moeda estrangeira. Essa dor compartilhada fez com que nos uníssemos para criar uma solução”, explica Tiago Santos, CEO da Husky.
Em outras palavras, a empresa permite que os profissionais autônomos e liberais foquem em seus serviços e não se preocupem com questões como: abertura de empresa, emissão de notas fiscais e custos da empresa, que inclui a contratação de um contador, pagamento de tributos e previdência privada. Segundo o empreendedor, a abertura de conta é gratuita e o cliente só paga uma tarifa sobre as transações. Outro ponto importante é que, ao contrário dos bancos, que utilizam um câmbio desvalorizado, a Husky paga pelo câmbio comercial do horário do pagamento.
“Na Husky, em condições normais, o pagamento chega até o cliente em poucas horas ou, no máximo, no dia seguinte. Já os bancos, podem cobrar até 9% do valor entre taxas fixas, de manutenção, spread e outras taxas e o pagamento leva em média de 3 a 5 dias para cair”, complementa Maurício Carvalho, Cofundador e CTO da startup.
Coerente com o objetivo de promover qualidade de vida e liberdade, a empresa aposta em uma equipe extremamente enxuta de 10 pessoas e 100% remota, que hoje atende mais de 3,5 mil clientes. A startup remunera seu time de forma competitiva, pois oferece salário entre os Top 10 de São Paulo. Ou seja, estão no mesmo patamar salarial de empresas como Google, Facebook e outros players de tecnologia brasileiros.
“Além de lidar com dados e funcionalidades muito importantes e sensíveis, todas as pessoas do time atuam no suporte aos clientes. Eu faço a mesma quantidade de suporte que faz o último programador que entrou na empresa. Nós valorizamos a qualidade, acima de quantidade”, reforça Tiago.
A estratégia da fintech é bastante assertiva: à medida em que cresce o número de clientes na plataforma, o número de chamados e reclamações só cai. Com isso, a empresa conquistou um NPS (Net Promoter Score) de 70, sendo 100 a nota máxima. Essa métrica avalia a lealdade da base de clientes e está muito acima da média para serviços bancários, que fica em cerca de 32.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo