De US$ 19 mil em 2017, para menos de US$ 10 mil. Com essa trajetória, a criptomoeda mais famosa Bitcoin mostra que está mais suscetível ao mercado do que muitos investidores pensavam. O Wall Street Journal chegou a apontar hackers norte-coreanos como responsáveis pela derrocada da moeda – segundo o jornal, o governo da Coreia do Norte estaria financiando roubos e a mineração da moeda para ter novas fontes de financiamento.
Na esteira da desconfiança do poder real da moeda, Coreia do Sul e China estudam impor restrições para negociações com a moeda virtual. Atualmente, cerca de 80% das bitcoins são mineradas em território chinês e a Coreia do Sul é um dos principais mercados das moedas digitais. A Rússia também ruma a esse caminho. Segundo o serviço de notícias TASS, o presidente russo Vladimir Putin disse, recentemente, que uma “regulamentação legislativa será necessária no futuro” para criptomoedas.
Fato é que, após uma elevada curva de crescimento e acumular valorização de 1.400% em 2017, a Bitcoin perdeu quase metade de seu valor em 30 dias. No final do ano passado chegou a US$ 20 mil quando estreou na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira (18/01), foi negociada em US$ 11,2 mil. Um dia antes, estava em US$ 9,4 mil.
Outras criptomoedas sofrem essa mesma volatividade. Nesta quarta-feira, as 20 maiores criptomoedas do mundo recuam mais de 10%, segundo o site Coin Market Cap. A Ethereum, por exemplo, recua mais de 20%, para 888 dólares, enquanto a Ripple cai 24,9% e a Bitcoin Cash, 18%.
Roubo de Bitcoin
A valorização chama a atenção não só de hackers. Criminosos armados assaltaram uma casa de câmbio, em Copacabana, Rio de Janeiro, e, além de levar cerca de R$ 100 mil em joias e dinheiro, exigiram a moeda virtual bitcoin. A casa de câmbio realiza transações com a moeda há pouco tempo.
Segundo o proprietário do local, depois de roubarem tudo, os bandidos pegaram o celular dele e passaram a exigir que fosse feita a transferência da carteira virtual em um aplicativo no celular. “Na nossa carteira não tinha porque a nossa fica em outro lugar. Eles exigiram algumas vezes mas, depois que perceberam que não havia nada em nossos celulares, desistiram”, contou.
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