Um dos grandes desafios para gestores de tecnologia, especialmente em empresas em crescimento, é equilibrar a velocidade exigida para disponibilizar novas aplicações e atualizações de sistemas, sem deixar de lado a qualidade e a confiabilidade do que está sendo entregue. Em startups e empresas cujos negócios dependem do bom funcionamento de aplicações, é essencial garantir que novas atualizações não comprometam sistemas já funcionais.
Diante desse cenário, a startup voidr criou uma plataforma que aplica IA generativa para gerar testes automatizados de qualidade de software com o objetivo de monitorar aplicações Web, móveis e APIs de uso crítico, ou seja, aqueles que ao apresentar falhas, afetam o desempenho e a continuidade do negócio.
A tecnologia é voltada a scaleups (startups em fase de crescimento acelerado) e empresas de médio e grande porte que possuem times internos de desenvolvimento de software. “Nosso propósito é ajudar empresas a construir e manter sistemas mais estáveis, com menos custo e em menos tempo”, destaca Milson Junior, CEO e cofundador da voidr.
Mercado imaturo e economia de tempo e dinheiro
De acordo com Milson, a maioria das empresas brasileiras ainda aposta em monitoramento reativo, onde os problemas são detectados e corrigidos somente após já terem impactado os usuários. “A maturidade em automação de testes no Brasil é muito baixa e as aplicações estão cada vez mais complexas. Internalizar a automação não é uma opção viável porque é caro e, sem uma estratégia certa, pode gerar um baixo retorno sobre o investimento”.
Conforme os sistemas e integrações necessárias se tornam mais complexos, testes manuais passam a consumir um tempo desproporcionalmente maior da equipe de tecnologia.
Para otimizar esse gargalo, a voidr adota uma abordagem preditiva e contínua, combinando as melhores práticas de engenharia de qualidade de software. A startup utiliza monitoramento sintético, testes de ponta a ponta e de ecossistemas complexos de API para identificar falhas antes mesmo que elas cheguem à produção.
Na prática, a plataforma reproduz, com fidelidade, interações com as aplicações como se fossem usuários reais, levando em consideração diferentes tamanhos de tela, tipos de dispositivo e estratégias de consumo de APIs. Desta forma, os testes refletem, com precisão, o ambiente de produção e detectam potenciais inconsistências.
“Resolvemos dois problemas que startups e empresas enfrentam ao tentar construir uma estrutura para testar sistemas: a falta de agilidade e eficácia dos testes manuais e o custo e alto para manter uma equipe”, diz o CEO.
Segundo a startup, a plataforma diminui o tempo dos testes em até 10 vezes, ou seja, de horas para minutos, e a promessa é de uma economia de 40% de gastos, se fosse necessário montar e manter um time interno especializado em qualidade de software.
Com uma operação enxuta, a voidr tem em seu portfólio de clientes a legaltech Judit, a fintech de pagamentos B2B Barte e a HRtech InHire, além de companhias como Serasa e Linx.
Até o momento, com pouco mais de nove meses, mais de 10 mil testes são executados diariamente na plataforma.
A previsão é que no final deste ano a voidr atinja receita anual recorrente de R$ 1,5 milhão. Para 2025, a meta é triplicar esse número, chegando a R$ 4,5 milhões.
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