Globalmente, o Brasil figura entre as áreas mais propícias para se tornarem locais quentes demais para se viver, de acordo com análise da Nasa. “Informações como essas têm impulsionado a pressão do governo, de entidades e da sociedade para que organizações de todos os segmentos estabeleçam e cumpram metas de sustentabilidade no curto, médio e longo prazo”, explica Jane Greco, diretora executiva da MPE Soluções. No entanto, algumas das iniciativas de TI sustentáveis mais rentáveis da atualidade têm uma taxa de adoção inferior a 30% pelas organizações, segundo pesquisa do Gartner.
Esse mesmo levantamento revelou que 64% dos 200 executivos da América do Norte, Europa e Ásia- Pacífico acreditam que não recebem dos fornecedores os Dados suficientes de emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionados às ações de TI. Além disso, apenas 22% dos entrevistados declararam investir em ativos recondicionados em prol da diminuição dos resíduos e da poluição do ar.
“Com a popularização do tema ESG, cada vez mais organizações têm se conscientizado sobre as necessidades e os benefícios de adotar políticas e práticas de sustentabilidade, inclusive nas ações relacionadas à TI. Mas o estudo do Gartner evidencia que ainda faltam informações consistentes para que os executivos possam tomar melhores decisões. Mostra, também, que precisamos evoluir na potente dinâmica de reduzir, reutilizar e reciclar”.
O mapeamento do Gartner indica que as áreas em que os líderes afirmaram realizar iniciativas de TI mais sustentáveis são: data center (resposta de 86% dos entrevistados) e digital workplace (relato de 79% dos entrevistados). Mas os especialistas da consultoria alertam sobre a necessidade de que os Data Centers tenham dimensionamento correto da fonte de alimentação ininterrupta (UPS) e aprimoramento do resfriamento. Já no digital workplace, o conceito de circularidade de ativos precisa ser utilizado com mais frequência.
“Sejam quais forem as iniciativas de sustentabilidade em TI, é fundamental que os gestores dos projetos se mantenham atentos a, pelo menos, quatro fatores: eficiência energética, gestão de resíduos, uso consciente de recursos naturais e mitigação de danos ao meio ambiente e à sociedade. Sem dúvida, é útil ter um mundo cada vez mais interconectado. Mas esse mesmo planeta precisa se manter habitável”, finaliza.
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