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Desafios e oportunidades: parceiros de tecnologia e a governança de Dados no Brasil

A oportunidade oferecida pela Inteligência Artificial (IA) ao mercado atual é tão grande que as organizações, em sua grande maioria, não conseguem extrair da tecnologia todo o potencial para seus negócios, necessitando muitas vezes de ajuda externa para implementá-la. Diferentemente de outros mercados da região, no Brasil, a escolha de parceiros tecnológicos é fortemente influenciada pela competência do parceiro na governança de dados e por sua capacidade em controles de acesso.

Em um mundo volátil, as organizações são desafiadas a não apenas abraçar a inovação, mas também a incorporá-la no cerne de seu DNA empresarial. Como destacou Jen Felch, Chief Digital Officer e CIO da Dell Technologies, “a inovação não é algo que seria ‘bom de alcançar’ ou algo a ser explorado quando o orçamento ou a capacidade permitirem. É uma necessidade empresarial latente e cada vez mais forte no ambiente corporativo.”

O que diferencia as organizações inovadoras das demais? Líderes e adeptos da inovação desenvolveram uma habilidade especial: a capacidade de identificar oportunidades de alto impacto e agir rapidamente. No entanto, eles não fazem isso sozinhos, e é aqui que entra o papel essencial do parceiro tecnológico.

Um estudo recente da Dell Technologies, intitulado “Catalisador da Inovação”, oferece insights valiosos para os executivos de tecnologia. Na pesquisa, 600 tomadores de decisão de negócios e tecnologia do mundo compartilharam suas perspectivas sobre inovação em suas organizações. Embora todos concordem que a inovação é importante, a mesma questão permeia a mente dos executivos: a inovação está realmente gerando benefícios tangíveis para os negócios atualmente? Apenas 68% dos tomadores de decisão conseguiram confirmar isso. Com essa dúvida, o papel dos parceiros tecnológicos ganha cada vez mais relevância e impacto na propagação e expansão da inovação das organizações brasileiras.

O estudo também revelou que as diferenças entre a área de TI e outras áreas da empresa frequentemente dificultam as conversas conjuntas sobre estratégia de inovação, especialmente no que tange às prioridades em torno da implementação de IA generativa. Os tomadores de decisão de TI são visionários, focando na transformação da organização e no uso da IA generativa para esse fim. Já os tomadores de decisão de negócios estão mais concentrados no presente, buscando eficiência e redução de custos, e vendo a IA como uma ferramenta para alcançar esses objetivos. Essa disparidade de metas é significativa e pode levar ao desalinhamento das expectativas, resultando no fracasso das iniciativas com foco em inovação.

Embora essa desconexão entre as áreas represente uma fraqueza para a organização, ela oferece uma grande oportunidade para os provedores de tecnologia. É por isso que incentivamos nossos parceiros a desenvolverem um perfil consultivo e próximo aos nossos clientes. A IA está transformando a maneira como as organizações operam e prosperam, e abre um leque de possibilidades para os provedores de tecnologia preparados atuarem.

Diante da multiplicidade de necessidades dos clientes, as habilidades de escuta ativa e negociação adquiridas pelos provedores de tecnologia ao longo de sua experiência serão fundamentais para atuar como a “ponte” entre as diferentes áreas do negócio que possuem abordagens distintas para a inovação. Essa experiência permite que eles compreendam as necessidades específicas de diferentes indústrias e adaptem as soluções de acordo com as necessidades específicas do negócio. Além disso, características como credibilidade e confiabilidade são essenciais para um relacionamento de longo prazo com um provedor de tecnologia.

À medida que as organizações buscam cada vez mais automatizar seus processos e tornar a IA a estratégia central de seus negócios, fica evidente a necessidade de abordar o que é essencialmente humano nessa transformação e fortalecer tais habilidades para trabalhar em conjunto com a IA.

Conforme destacado no estudo mencionado, 30% dos entrevistados reconhecem uma carência de talentos necessários para impulsionar a inovação em seus setores, o que impacta diretamente a velocidade das implementações de IA. A nível pessoal, os respondentes reconhecem que a falta de competências e conhecimentos é um dos principais obstáculos para inovar.

Essa realidade representa um desafio duplo para os provedores de tecnologia, pois eles precisam ser especialistas na área e possuir essas habilidades. No entanto, a IA apresenta desafios a todas as organizações, independentemente de sua especialização. A pressão para estar preparado é intensa, mas vale a pena o esforço: identificar essas competências, desenvolver as equipes, estabelecer exemplos a serem seguidos e, assim, fortalecer e consolidar as relações comerciais.

Uma vez que a equipe esteja preparada e cada membro esteja confiante como um especialista em IA e IA generativa, é crucial interpretar o mercado e as necessidades dos clientes de forma individual.

Nesse contexto, o estudo fornece insights essenciais. No Brasil, os entrevistados destacam que, ao escolher um parceiro de tecnologia para IA generativa, o principal requisito é uma governança de dados eficaz e controles de acesso seguros (48%). Em segundo lugar, é crucial que possam oferecer capacidade computacional, memória e armazenamento adequados para suportar o desenvolvimento e a implementação de IA robusta (45%).

Para os parceiros integrados ao ecossistema de Canais da Dell Technologies, esses dados geram expectativas significativas. A Dell se posiciona como líder em soluções de IA generativa, oferecendo um portfólio abrangente que vai desde PCs e periféricos até armazenamento e software, todos prontos para implementar com segurança a IA generativa em qualquer organização.

A IA desempenha um papel fundamental na extração de valor dos dados, e os clientes estão acelerando seus esforços para compreender as tecnologias envolvidas, estabelecer estratégias adequadas, selecionar o ambiente correto e escalar a IA em seus negócios.

À medida que a IA evolui e ganha espaço nas organizações, os parceiros de tecnologia precisam estar preparados nas áreas essenciais que os clientes necessitam: competências, infraestrutura e segurança. Ao solidificar essas capacidades, podemos garantir um desenvolvimento fluido e eficaz em todas as frentes.

Por Luciane Dalmolin, diretora de Canais da Dell Technologies no Brasil

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