Programa de formação de profissionais em conectividade tem foco em Open RAN

O Centro de Competência Embrapii CPQD em Open RAN está lançando um programa de formação e capacitação de profissionais na área de conectividade, com foco especial em tecnologia de redes de acesso por rádio abertas (Open RAN, na sigla em inglês). Para isso, firmou parceria com a TIP Academy, ambiente de aprendizado online gerenciado pelo Telecom Infra Project (TIP) – comunidade global de empresas e organizações que dá apoio ao desenvolvimento de soluções avançadas para infraestrutura de conectividade.

“A formação e capacitação de recursos humanos em Open RAN é um dos pilares de atuação do nosso Centro de Competência. E a TIP Academy tem relevância internacional nessa área, com um treinamento projetado para promover a progressão gradual nas habilidades dos alunos, além de um certificado altamente reconhecido no setor de telecomunicações”, ressalta Fuad Abinader, coordenador técnico do Centro de Competência Embrapii CPQD em Open RAN.

O foco desse Centro de Competência, que tem o CPQD como gestor, é o desenvolvimento de tecnologias abertas para a infraestrutura de redes de telecomunicações, de modo a reduzir a dependência de soluções proprietárias – e de poucos fornecedores. Essa estrutura aberta e com componentes desagregados, de fornecedores distintos, facilita e reduz os custos de implantação de redes 4G e 5G tanto por grandes operadoras móveis como também por provedores de serviços (ISPs) e, ainda, por integradores e empresas especializadas em redes privativas.

Difundir o conhecimento sobre as tecnologias – e os benefícios – do Open RAN nesse ecossistema é o principal objetivo do programa Open RAN Journey, que está sendo lançado pelo Centro de Competência. O programa foi estruturado para oferecer capacitações nessa área em vários níveis – do básico ao avançado. A primeira turma, do nível básico, terá início no dia 2 de setembro, com capacidade para 50 alunos. Eniceli Rodrigues, gestora de projetos do CPQD, explica que essa fase da capacitação tem duração de 28 horas, assim distribuídas: 16 horas do curso Desvendando o Open RAN: o futuro das redes móveis, ministrado pela TIP Academy, 8 horas de mentoria pela equipe do CPQD e 4 horas do Módulo Empreendedorismo Tecnológico.

“O curso Desvendando o Open RAN foi desenvolvido pela TIP Academy em função das necessidades de capacitação identificadas pelo CPQD junto a esse ecossistema, visando preparar os alunos para os níveis intermediário e avançado”, afirma Eniceli. As aulas, no modelo EAD, serão assíncronas e em horários flexíveis, e abordarão questões como padronização e iniciativas em Open RAN, casos de uso, interfaces abertas, funcionalidades de Inteligência Artificial e machine learning na arquitetura Open RAN, o RIC (Controlador Inteligente de Rádio) como componente essencial do Open RAN, entre outras.

Já a mentoria tem como objetivo aprofundar o conhecimento adquirido no curso teórico, por meio do compartilhamento de conhecimentos e experiências em aulas previamente definidas, fóruns de discussão, espaço para esclarecimento de dúvidas e estudos de caso. Serão duas horas semanais de mentoria, durante quatro semanas, em dias e horários a serem definidos – as reuniões serão online.

O Módulo Empreendedorismo Tecnológico conclui a capacitação, ampliando a visão dos alunos sobre as oportunidades para desenvolvimento de novos produtos, serviços ou modelos de negócios, proporcionadas pelas tecnologias Open RAN. Com foco na solução de problemas reais da sociedade, a abordagem do empreendedorismo tecnológico visa contribuir para a entrada das tecnologias Open RAN no mercado, de maneira cada vez mais eficiente e escalável.

Ao final da capacitação de nível básico, o aluno passará por uma avaliação que irá definir se está apto para participar dos próximos níveis de formação – intermediário (Open RAN Profissional) e avançado (Open RAN Expert). O público alvo do programa são profissionais de empresas integradoras, operadoras de telecomunicações, pesquisadores e, também, estudantes universitários que tenham cursado ao menos a metade de cursos de graduação nas áreas de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Análise de Sistemas, Engenharia da Computação, Engenharia de Software e áreas afins.