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Apocalipse digital: seu negócio está preparado para a próxima grande ameaça cibernética?

Em um mundo cada vez mais interconectado e tecnologicamente avançado, a vulnerabilidade a desastres naturais e cibernéticos nunca foi tão alta. Empresas e organizações enfrentam desafios significativos ao tentar proteger seus ativos e garantir a continuidade de suas operações. A recuperação de desastres, portanto, emerge como um componente crucial para a resiliência organizacional.

A recuperação de desastres (DR) refere-se ao conjunto de políticas, ferramentas e procedimentos destinados a restaurar operações críticas após a ocorrência de um incidente disruptivo. O objetivo principal é minimizar o impacto do desastre e garantir a rápida retomada das atividades empresariais. Vários incidentes podem causar desastres, desde ataques cibernéticos, falhas de hardware e desastres naturais até erros humanos. Por exemplo, os ataques cibernéticos são cada vez mais frequentes e sofisticados, como o ransomware WannaCry, que afetou sistemas em todo o mundo em 2017. Falhas de hardware também são uma ameaça, como o incidente da Amazon Web Services (AWS) em 2011, que causou uma grande interrupção em muitos sites e serviços.

Desastres naturais, como enchentes, terremotos e furacões, podem devastar infraestruturas e comunidades, exemplificado pela enchente no Rio Grande do Sul em 2024, que resultou em perda de vidas, danos a propriedades e interrupções econômicas significativas. Erros humanos também podem causar grandes interrupções. Um exemplo notável é o incidente do apagão da Amazon Web Services (AWS) em 2017, causado por um erro humano durante uma manutenção de rotina, que resultou em interrupções massivas para milhares de sites e serviços online.

Desastres podem resultar em perda de Dados, interrupção de serviços, danos à reputação e perdas financeiras substanciais. Empresas sem planos robustos de recuperação de desastres podem enfrentar dificuldades significativas para retomar suas operações e podem até mesmo falir. Para mitigar esses riscos, é essencial adotar várias soluções para recuperação de desastres.

Estabelecer políticas claras de recuperação de desastres é fundamental. Essas políticas devem ser revisadas e atualizadas regularmente para garantir que estejam alinhadas com as melhores práticas e as ameaças mais recentes. O Plano de Continuidade de Negócios (BCP) detalha como uma organização continuará a operar durante e após uma interrupção, cobrindo todos os aspectos das operações empresariais e garantindo que funções críticas possam continuar, mesmo que em capacidade reduzida. O Plano de Recuperação de Desastres (DRP) é focado em restaurar sistemas de TI e operações após um desastre, incluindo procedimentos específicos para recuperar dados, reiniciar sistemas e restabelecer a comunicação.

Manter políticas de backup e retenção de Dados é vital, garantindo que os Dados possam ser recuperados rapidamente em caso de perda. A segurança da informação deve ser uma prioridade, protegendo informações contra acesso não autorizado e corrupção de dados com a implementação de firewalls, antivírus e práticas robustas de gerenciamento de senhas. Além disso, definir uma política de comunicação de incidentes é crucial para minimizar a confusão e acelerar a resposta ao incidente, garantindo que os incidentes sejam comunicados de maneira eficaz internamente e externamente.

Para implementar boas práticas, é essencial realizar testes regulares dos planos de DR e BCP, capacitar funcionários sobre como identificar e responder a ameaças potenciais, investir em tecnologias modernas que ofereçam maior resiliência e capacidade de recuperação, como sistemas de backup em nuvem e soluções de cibersegurança avançadas, e colaborar com especialistas em recuperação de desastres e segurança cibernética para fortalecer a postura de resiliência da organização.

Em suma, a recuperação de desastres é uma necessidade imperativa em um cenário global de ameaças naturais e cibernéticas crescentes. Empresas que investem em políticas robustas e práticas eficazes de DR estarão melhor posicionadas para enfrentar e superar quaisquer desafios que possam surgir, garantindo a continuidade de suas operações e a proteção de seus ativos e reputação.

Por Eduardo Spinola, engenheiro consultor de Proteção de Dados da Vortex TI.

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