O cenário da tecnologia no Brasil ganha novo reforço com o lançamento do EmbarcaTech, programa que oferece capacitação profissional em tecnologias de Sistemas Embarcados e aplicações em Internet das Coisas (IoT) em áreas críticas como Educação, Segurança, Indústria e Saúde.
A área de sistemas embarcados – programas escritos para rodar em um hardware específico – oferece um vasto campo de oportunidades para profissionais de tecnologia, tanto no Brasil quanto no exterior. Eles são a espinha dorsal de muitos dispositivos e aplicações usados diariamente, desde eletrodomésticos inteligentes até complexos sistemas automotivos e equipamentos médicos. Com a crescente adoção de tecnologias inovadoras, a demanda por especialistas em sistemas embarcados está crescendo exponencialmente, abrindo um vasto campo de oportunidades de empregabilidade.
Iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coordenada pela Softex, o EmbarcaTech será executado por seis instituições credenciadas pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI) de forma a conferir abrangência e qualidade na formação oferecida. São elas: Instituto Federal do Ceará (IFCE), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Centro de Excelência em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (CEPEDI) e HWBr (Hardware Brasil).
O programa visa capacitar e proporcionar uma residência tecnológica para 600 alunos de TIC e áreas correlatas, possibilitando que eles apliquem o conhecimento adquirido em situações reais, solucionando desafios e desenvolvendo inovações tecnológicas; e fomentar o desenvolvimento de projetos usando tecnologias de IoT.
“Com o EmbarcaTech estamos investindo no futuro da tecnologia no Brasil, proporcionando uma formação sólida e prática que beneficiará não apenas os participantes, mas toda a indústria tecnológica do país. A descentralização da oferta dos cursos do tradicional eixo Sul-Sudeste para o Norte-Nordeste e o Centro-Oeste é crucial para promover a inclusão digital e o desenvolvimento econômico em todas as regiões do Brasil, democratizando o acesso às oportunidades tecnológicas”, ressalta Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O programa está dividido em duas fases principais: uma capacitação inicial e uma residência tecnológica. A primeira fase consiste em uma capacitação intensiva com duração de três meses (160 horas), oferecida através de uma plataforma de Ensino a Distância (EaD) para seis mil alunos. O conteúdo programático contempla um aprofundamento em sistemas embarcados, aplicações em Internet das Coisas (IoT) e estudos de caso em setores como agricultura, indústria, cidades inteligentes (smart cities) e logística. Os alunos que completarem esta fase com sucesso receberão um certificado de conclusão, validando sua capacitação.
A segunda fase é uma residência tecnológica com carga total de 240 horas que se estende por doze meses, destinada aos 600 alunos com melhor desempenho na capacitação inicial. Nesse período, os selecionados contarão com o apoio de uma bolsa de estudos e efetuarão a aplicação prática do conhecimento adquirido em demandas reais de empresas parceiras, desenvolvendo projetos e analisando estudos de caso com especial foco em IoT.
“O EmbarcaTech surge para atender a uma demanda reprimida do mercado de trabalho em tecnologia e engenharia, bem como para acelerar o avanço tecnológico do País por meio da criação de soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios contemporâneos”, destaca Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.
As 6 mil vagas da capacitação inicial serão divididas igualitariamente entre as seis instituições participantes. Desta forma, o programa assegura uma distribuição equitativa de oportunidades, garantindo que estudantes de diferentes regiões possam se beneficiar. Para participar do EmbarcaTech, os interessados devem atender aos requisitos divulgados por cada instituição executora nos próximos meses. Todos os detalhes sobre o processo de inscrição serão divulgados em breve.
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