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Tokenização de pagamentos melhora experiência no e-commerce

Por meio da tokenização, os dados do cartão de crédito, como o seu número completo e até mesmo o dígito de segurança, já ficam salvos nas plataformas de comércio eletrônico

Tokenização de pagamentos melhora experiência no e-commerce

Por mais que seja prático adquirir produtos online, a experiência no e-commerce, por vezes, pode ser muito complexa e tediosa. Isso porque não são raros os casos de o consumidor ter que digitar os dados de seu cartão de crédito repetidamente em etapas diferentes. Segundo estudo recente da Yampi, esses cadastros complexos representam 4,87% dos motivos que levam à desistência das compras online, levando prejuízos aos players. Contudo, existe uma tecnologia no mercado capaz de mitigar esse problema: a chamada tokenização.

Por meio da tokenização, os dados do cartão de crédito, como o seu número completo e até mesmo o dígito de segurança, já ficam salvos nas plataformas de e-commerce. Com isso, todo o processo fica mais simples, pois o token já está ali pronto para uso, de modo que o usuário não precisa preencher um formulário gigantesco com todas as informações, que às vezes precisam ser até redigidas mais de uma vez por conta de erros de conexão ou por exigência dos próprios varejistas.

Ao permitir que o consumidor faça suas compras de forma prática e segura, a tecnologia faz com que os players de comércio eletrônico tenham um retorno maior em vendas, o que contribui para um cenário vantajoso para todos

De acordo com Nathan Marion, gerente-geral da Yuno, orquestradora global de pagamentos, a tokenização deixa toda a experiência de compra online mais otimizada, com processos abreviados e com a aquisição efetuada rapidamente. “Isso garante um cenário em que todos ganham, pois o cliente compra seu produto sem burocracia e o varejista converte maior número de vendas, agregando bastante valor para sua marca”, explica.

O executivo reforça que o abandono de carrinhos é o maior pesadelo do e-commerce e que pode ser evitado pela tokenização. “Isso não é culpa das bandeiras de cartão de crédito, mas elas saem prejudicadas por conta da configuração da maioria das plataformas de comércio virtual, que fazem com que o usuário digite todos os dados do cartão exaustivamente quando vai fazer uma compra. Com a tokenização, isso não é mais necessário”, complementa Nathan Marion.

Mesmo o faturamento do e-commerce estando nas alturas, com R$ 185,7 bilhões no último ano (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), há ainda um outro ponto que preocupa demais os consumidores virtuais e também traz prejuízos para os varejistas: a grande quantidade de fraudes, principalmente no cartão de crédito. De acordo com estudo recente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 31% dos brasileiros já sofreram por conta de golpes nesse método de pagamento. Esse problema também é prevenido pela tokenização.

Como os dados sensíveis do cartão de crédito não ficam mais expostos nas plataformas de comércio virtual, fica um ambiente mais seguro para o cliente, já que as chances de roubos dessas informações são praticamente nulas. Isso garante mais confiança para o varejista, que retém e atrai mais consumidores por proporcionar um ambiente protegido. E isso pode acontecer de duas maneiras: os tokens de bandeira e os de provedor.

Nathan Marion explica melhor sobre cada uma delas. “No caso dos tokens de bandeira ou Network Tokens, o próprio emissor do cartão é quem faz a substituição dos dados dele pelo token juntamente com um TSP (Token Service Provider). Assim, o dado do cartão não é utilizado por nenhum player da cadeia de pagamentos, somente a Bandeira e o Emissor tem acesso. A compra é vista como mais segura pelo Emissor e tende a ter uma taxa maior de aprovação. A bandeira Visa aponta que 50% de suas transações são por meio dessa categoria”.

Já o token de provedor tem uma premissa parecida, porém difere em alguns pontos. “Aqui também acontece de as informações relevantes do cartão não ficarem expostas, porém, elas são criptografadas e tokenizadas por um provedor certificado (PCI DSS), que disponibiliza o token para a plataforma de comércio virtual e, assim, as protege”, explica Nathan Marion, ao reforçar que muitos dos golpes envolvendo cartão de crédito consistem justamente no roubo desses dados e seu posterior uso desenfreado para compras não autorizadas. “No final, o grande prejudicado é o varejista, que além de perder os produtos ainda precisa realizar chargeback para quem teve as informações de cartão roubadas”.

Com isso, o executivo finaliza dizendo que a tokenização é uma tecnologia-chave que pode fazer a diferença no e-commerce, contribuindo com o crescimento contínuo desse mercado. “Ao permitir que o consumidor faça suas compras de forma prática e segura, a tecnologia faz com que os players de comércio eletrônico tenham um retorno maior em vendas, o que contribui para um cenário vantajoso para todos”, finaliza.

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