O mercado global de robótica está crescendo mais rápido que o esperado e deve alcançar US$ 87 bilhões até 2025, de acordo com as novas projeções do The Boston Consulting Group (BCG). Há três anos, a projeção era de US$67 bilhões.
Segundo a nova pesquisa Gaining Robotics Advantage, o alto crescimento da demanda de consumidores finais sustentará um crescimento adicional de US$ 14 bilhões, alcançando US$ 23 bilhões apenas no setor de consumo, uma evolução de 156%.
“Muito do crescimento acelerado virá do mercado consumidor por causa de aplicativos como veículos autônomos e dispositivos para casa”, explica Vlad Lukic, sócio do BCG e coautor do artigo. “O crescimento projetado no setor comercial explica o restante do ajuste – um aumento de 34% para 22,8 bilhões.”
De 2014 a 2015, o investimento privado no espaço de robótica triplicou, de acordo com o BCG. A redução dos juros, que intensifica a queda dos preços, aumentou o avanço e o desenvolvimento de componentes no setor, de uma forma muito maior que observada inicialmente.
Em 2016, a área de robótica vivenciou uma mudança em serviços focados no consumidor, com um grande aumento de companhias do setor focada neste público. Hoje, os robôs podem aspirar e esfregar pisos, limpar calhas, ajudar crianças, fornecer vigilância e segurança doméstica e atuar como acompanhantes e auxiliares de saúde.
Desde 2012, 40% das novas empresas de robótica emergiram no setor de consumo, superando o crescimento nos setores militar, comercial e industrial. O setor militar representou 26% das novas empresas de robótica, o setor comercial 24% e o setor industrial apenas 10%, de acordo com a análise do BCG.
Alison Sander, líder do Center for Sensing & Mining the Future do BCG e coautor do artigo, conta que todos os setores sentirão os efeitos uma vez que os consumidores começam a comprar robôs. “À medida que as pessoas se tornam mais receptivas aos robôs em suas vidas abraçando tudo, desde aspiradores de pó de robôs a trabalhadores remotos no escritório – elas começam a exigir mais desses produtos. Isso atrairá mais capital de investimento e impulsará novos avanços nas capacidades de robótica “.
Mel Wolfgang, sócio do BCG e coautor do artigo, observa que a adição de robótica a uma empresa é uma decisão estratégica e não apenas um investimento de capital. Isso requer repensar e alterar fundamentalmente os níveis dos colaboradores, o mix de produtos, a pegada de fabricação e outros aspectos do modelo de negócios.
“O desafio para as empresas focadas no futuro é descobrir como usar a robótica para obter uma vantagem competitiva. Isso pode significar a identificação da combinação ideal entre trabalhadores humanos e máquinas, ou pode envolver a criação de um modelo de negócio totalmente novo”, diz Wolfgang. “A gestão empresarial precisa atuar para desenvolver um ponto de vista, testar e conduzir aplicativos robóticos e investir em infraestrutura, inclusive para estabelecer as bases para uma cadeia de fornecimento digital no chão da fábrica”.
Leia nesta edição:
MATÉRIA DE CAPA | TIC APLICADA
Campo digitalizado: sustentabilidade e eficiência
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Infra para Conectividade: competição quente
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