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Em mais de 50% dos ataques recentes contra empresas brasileiras, IA Generativa foi usada

Organizações locais enfrentaram um número recorde de violações no ano passado, causando estresse nas equipes de TI

Em mais de 50% dos ataques recentes contra empresas brasileiras, IA Generativa foi usada

A ManageEngine, divisão da Zoho Corporation e um dos fornecedores de soluções de gerenciamento de TI empresarial, anunciou os resultados de sua recente pesquisa que mapeia o cenário atual de cibersegurança na América Latina.

O relatório intitulado ‘The State of Cybersecurity in LATAM 2024’, entrevistou profissionais e tomadores de decisão em cibersegurança de empresas no Brasil, México, Colômbia e Argentina. Os resultados fornecem uma perspectiva regional sobre cibersegurança, o uso de IA em ataques cibernéticos, investimentos no setor e o mercado de trabalho. Além disso, também enfatiza como o Brasil se posiciona sobre esses tópicos em comparação com outros países.

De acordo com a pesquisa, 54% das empresas nacionais enfrentaram mais violações de segurança cibernética em 2023 em comparação com anos anteriores. O aumento no número de problemas de segurança contribuiu significativamente para mais estresse nas equipes de TI brasileiras, com 66% dos entrevistados (o maior entre os países pesquisados) relatando aumento no nível de pressão.

Nossa pesquisa destaca o cenário de cibersegurança em evolução no Brasil, com empresas enfrentando riscos aumentados, mas também demonstrando um compromisso em melhorar sua postura por meio de treinamento e adoção de tecnologias avançadas como a IA

O papel da IA em ataques cibernéticos
A pesquisa também abordou o papel da IA em ataques recentes. Cerca de 55% dos respondentes brasileiros observaram que a IA Generativa foi utilizada para ataques cibernéticos em 2023, um percentual ligeiramente acima da média de outros países (51%). No entanto, a maioria dos entrevistados no Brasil (97%) acredita que a tecnologia será fundamental na defesa contra ataques cibernéticos em 2024, destacando o potencial de dependência da IA em soluções de segurança no futuro.

Aproximadamente 90% dos entrevistados confiam em soluções de cibersegurança habilitadas por IA para fazer mudanças apropriadas em suas defesas de segurança. Além disso, mais de um em cada três empresas (38%) no País utilizam IA em todas as suas soluções de cibersegurança, o percentual mais alto entre os outros países pesquisados.

De acordo com Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine, as empresas brasileiras estão cada vez mais conscientes do desafio em garantir ambientes de trabalho seguros. “Nossa pesquisa destaca o cenário de cibersegurança em evolução no Brasil, com empresas enfrentando riscos aumentados, mas também demonstrando um compromisso em melhorar sua postura por meio de treinamento e adoção de tecnologias avançadas como a IA. À medida que as ameaças continuam a evoluir, as empresas brasileiras se sentem mais preparadas para aproveitar soluções inovadoras para proteger seus ativos digitais e mitigar riscos de forma eficaz.”

Empresas brasileiras não alcançaram conformidade total com proteção de Dados
Apesar dos avanços na conscientização e treinamento em cibersegurança, as empresas brasileiras ainda enfrentam desafios para alcançar plena conformidade com as regulamentações locais e internacionais de proteção de Dados. Embora 81% dos entrevistados afirmem que suas empresas estão totalmente em conformidade, uma parcela significativa (14%) expressou a intenção de alcançar essa meta até o final de 2024, demonstrando que muitas companhias ainda têm um longo caminho a percorrer. Para elas, os desafios incluem atender aos requisitos específicos de conformidade de seu setor de negócios (41%), garantir controle adequado ao compartilhar Dados com parceiros (38%) e lidar com as dificuldades de elaboração de um relatório de conformidade (34%).

Kishore Kumaar, gerente Nacional da ManageEngine no Brasil, comenta que os desafios enfrentados pelas empresas brasileiras em relação às regulamentações de proteção de Dados são evidentes. “Embora uma parcela substancial dos entrevistados afirme que suas empresas estão em conformidade, a parcela que busca alcançar plena conformidade até o final de 2024 indica que ainda há muito trabalho a ser feito. É essencial que empresas especializadas forneçam soluções abrangentes e personalizadas que ajudem as empresas a alcançarem um nível mais elevado de cibersegurança e conformidade regulatória”, conclui.

Ronaldo Lemos, influenciador e presidente da Comissão de Tecnologia e Inovação da OAB analisou os resultados da pesquisa e destacou o investimento das empresas brasileiras no combate às ameaças “Achei muito pertinente esta pesquisa ter sido feita com líderes do setor de TI das empresas no Brasil e na América Latina. Muita coisa me chamou atenção na análise. Por exemplo, a presença da Inteligência Artificial em ciberataques. O Brasil está na liderança com relação a outros países, sendo que este tipo de ataque foi detectado por 54% dos entrevistados na pesquisa, mas ao mesmo tempo, o País também está combatendo os ataques com a utilização da Inteligência Artificial, portanto, utilizando a tecnologia para obter benefícios no combate, o que é extremamente positivo”, pontuou. Para Ronaldo, a saúde mental dos trabalhadores do setor também é outro ponto de alerta mostrado no levantamento que merece destaque. “O aumento no nível de estresse dos profissionais de TI está diretamente ligado ao maior número de ameaças. No Brasil, 66% afirmou que o nível de estresse aumento nos últimos anos, o que é um cenário bastante preocupante.”

Metodologia
A pesquisa, encomendada pela ManageEngine e conduzida pela Dimensional Research, abrangeu quatro países da América Latina: Brasil, Argentina, Colômbia e México. O estudo entrevistou 705 profissionais de cibersegurança e líderes de TI que trabalham em organizações que variam de pequenas empresas a grandes corporações. Seu objetivo foi investigar os principais desafios de cibersegurança enfrentados pelas empresas e explorar como a inteligência artificial impacta seus esforços para detectar e prevenir ciberataques. Outros tópicos da pesquisa incluíram o treinamento das equipes responsáveis pela cibersegurança e a resiliência das empresas ao enfrentarem ataques. A pesquisa foi conduzida por meio de um painel online em janeiro de 2024.

Serviço
manageengine.com/br

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