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Red Hat e Illuminas lançam relatório sobre modernização de aplicações

Em sua segunda edição, estudo busca compreender o contexto das aplicações de tecnologia modernas, como migração para a Nuvem, pipelines de CI/CD e boas práticas de cibersegurança

Red Hat e Illuminas lançam relatório sobre modernização de aplicações

A Red Hat e o instituto de pesquisas Illuminas apresentaram a última edição do relatório State of Application Modernization, um estudo que busca compreender o contexto das aplicações de tecnologia modernas, como migração para a Nuvem, pipelines de CI/CD e boas práticas de cibersegurança. O relatório ouviu 1 mil empresas que têm o inglês como a língua de negócios, metade localizada nos Estados Unidos e o restante dividido entre Reino Unido e na região da Ásia-Pacífico. Divididos igualmente entre tomadores de decisões e profissionais técnicos (desenvolvedores back-end e arquitetos de softwares), os entrevistados destacam a áreas de segurança, confiança e escalabilidade como impulsionadores da inovação.

Para 70% dos respondentes, pelo menos alguma dessas três áreas tiveram resultados satisfatórios no último ano. No contexto de segurança, 58% observaram benefícios ao aprimorar aplicações, enquanto os quesitos de confiança e escalabilidade atingiram, respectivamente, a marca de 52% e 53% de satisfação. No âmbito dos projetos de modernização de soluções e aplicativos, essas métricas representam um sinal positivo para empresas e produtores de inovações, uma vez que 98% dos ouvidos relataram ter algum tipo de progresso nesses campos.

No geral, a maioria das organizações já está usando IA para dar suporte à modernização de aplicações e a atividade está bem consistente em todas as regiões

O grande percentual de sucesso para essas três áreas aponta para uma mudança epistemológica sobre a definição de “modernizar aplicações”. Afinal, se quase a totalidade dos entrevistados foi beneficiada com o uso de softwares, ferramentas e APIs, provavelmente o conceito deve ser mais abrangente do que a pesquisa sugeriria. Outro exemplo de como o mercado necessita estar atento a essas sutilezas é o número de 68% dos respondentes que disseram ter melhorado seus pipelines de CI/CD (integração e entrega contínua), percentual expressivamente maior do que a registrada em 2021, quando a conteinerização de cargas de trabalho estava no topo da lista de prioridades e a melhoria do quesito CI/CD estava quase no fim.

Com a chegada de novas disciplinas nos setores de TI, como a Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquina (AI/ML) é razoável supor que as modernizações das bases de dados e aplicações foram ampliadas não só para dentro dos ambientes TI (Nuvem, on-premises, Edge) como também para as práticas empresariais que agora dispõem de uma mentalidade progressiva e resiliente, a qual busca integrar novas tecnologias em suas jornadas digitais.

Como organizações estão se modernizando?

Estratégias de modernizar aplicações são diversas e normalmente requerem vários passos para serem implementadas. Atualmente, organizações planejam sua jornada digital por meio de seis Rs: Retirar, Reter, Rehost, Replataformar, Refatorar e Recomprar. A primeira tática se trata de aposentar aplicações desnecessárias; a segunda, manter aplicações fundamentais até não ser mais necessário renovar a inscrição; a terceira, transportar essas aplicações para o ambiente de Nuvem ou dos Data Centers físicos (on-premises); a quarta, otimizar o uso dessas aplicações durante a migração; a quinta, promover uma nova arquitetura para essas ferramentas e inovações a fim de torná-las nativas de cloud; e por fim, trocar licenças proprietárias pelas de Software as a Service (SaaS).

No entanto, não existe uma única abordagem dominante entre organizações. A estratégia mais empregada foi a da replataformização, atingindo 20% dos respondentes, enquanto as demais categorias oscilaram entre 10% e 19%. Em outras palavras, o planejamento digital de empresas depende dos softwares e aplicações presentes dentro das empresas, da sofisticação prévia da organização e da visão de negócios de tomadores de decisões.

Em tempo, apesar das diferentes estratégias de atualização de aplicações, a segurança corporativa é uma área de constantes investimentos. Apenas 15% dos entrevistados planejam ir direto para a refatoração. Mas isso não significa que a prática esteja fora de questão no futuro. Na verdade, 47% planejam replataformar e depois refatorar aplicativos. Outros 38% planejam rehospedar, depois replataformar e só então refatorar. (Entre as organizações que descrevem a modernização de suas aplicações como um processo contínuo, esta última categoria chega a 52%).

Desafios da modernização de aplicações

A complexidade de processos de tecnologia está entre os principais desafios organizacionais, com 48% dos entrevistados identificando o obstáculo como mais urgente. Nos estágios iniciais da modernização de aplicações, ele é ainda maior: 58%. Nas fases iniciais, determinar a abordagem correta também estava no topo da lista, com 55%. No entanto, as empresas estão tomando medidas para enfrentar os desafios enfrentados tanto a nível organizacional como individual.

Não à toa, os resultados quantitativos da pesquisa enfatizam um planejamento adiantado, o desenvolvimento orientado por API, a construção de um caso de negócios, a implementação de práticas DevOps e uma abordagem sistemática com pesquisa/adoção de ferramentas no topo da lista quando se trata de ações que organizações estão realizando em resposta aos desafios da modernização. Um tomador de decisões de TI baseado nos EUA disse a chave da transformação digital está em “estabelecer objetivos e metas para o processo de modernização; uma equipe de modernização dedicada; e conduzida uma avaliação abrangente do atual portfólio de aplicações”

A IA tem um papel fundamental na transformação

Seria uma surpresa se a Inteligência Artificial não fosse alçada como uma importante aliada na transformação de tantas áreas de TI. Mais de 75% das organizações pesquisadas estão usando a IA para apoiar o processo de modernização de aplicações. O uso da tecnologia para atualizar seu ambiente de tecnologia é o mais comum entre os entrevistados (53%), mas um número significativo (42%) também está empregando a inovação em aplicações já existentes para modernizá-las.

A otimização do desempenho é o caso de uso mais comum por uma margem significativa. No entanto, a automação de tarefas manuais em geral e de testes/controle de qualidade também são funções importantes para a disciplina. A assistência direta na elaboração de código de programas, por outro lado, parece ainda ser relativamente incipiente e foi menos citada do que outros usos, apesar do burburinho (e às vezes da polêmica) em torno de grandes modelos de linguagem (LLM) em muitos círculos de desenvolvedores.

No geral, a maioria das organizações já está usando IA para dar suporte à modernização de aplicações e a atividade está bem consistente em todas as regiões.

 

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