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Modular Data Centers lança programa de Canais e busca parceiros

Impulsionado pela onda da IA generativa, que exige grande poder de processamento, o setor de Data Centers está aquecido, abrindo oportunidades para empresas especializadas

Modular Data Centers lança programa de Canais e busca parceiros

Com a onda de IA generativa, o mercado de Data Centers está sendo muito demandado, pois essa aplicação exige muito poder de processamento. Os provedores de serviços querem rapidamente ampliar suas instalações para aproveitar o momento, enquanto algumas empresas pensam em construir essa infraestrutura localmente. Quem está surfando nessa onda é a Modular Data Centers, que tem como clientes empresas como a Scala Data Centers e a Vertiv. Atualmente, a Modular tem uma planta de cerca de 50 mil m² em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, dividida em armazéns e linhas de produção, onde realiza preparação, integração, teste e montagem. Nesta entrevista, Marcos Paraíso, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Modular Data Centers, conta que no início do ano lançou seu primeiro programa de Canais e está em busca de parceiros.

Como nasceu a Modular Data Centers?

A Modular tem cerca de dois anos e nasceu após a compra de uma outra empresa bem menor que já fazia Data Centers modulares há 15 anos, mas atuava em um mercado mais tradicional, utilizando contêineres. O foco da Modular é suprir uma necessidade muito específica que o mercado está vivendo atualmente, que é a diferença entre a velocidade dos serviços digitais que dependem de Data Centers e o tempo que leva para que eles sejam instalados. O ChatGPT, por exemplo, teve 1 milhão de usuários em apenas cinco dias. Para treinar um sistema como ChatGPT é preciso um Data Center de grande escala, que leva entre um ano e meio a dois anos para ser construído. A Modular consegue fazer isso em um tempo muito menor, de forma a conseguir atender a demanda que o mercado vem exigindo.

Como foi o início das operações?

Começamos focando um problema muito específico, que é como os provedores de serviço de colocation ou uma empresa que vende Nuvem pública conseguiriam construir um Data Center de forma bem mais rápida modularmente, mas com uma experiência muito parecida com um ambiente de uso tradicional. Fizemos exatamente isso. No primeiro ano gastamos um bom tempo com o nosso primeiro cliente, que foi a Scala Data Centers, desenvolvendo um produto focado em Data Centers Edge. Segundo eles mesmos dizem, o site da Scala no Rio de Janeiro foi entregue com um tempo 60% menor em comparação a um projeto tradicional. Já entregamos 18 Data Centers desse tipo, com cerca de 600 KW de capacidade, que podem ser compostos por até sete blocos de 7,2 MW. Com a Scala, estamos fazendo seis sites na América Latina, três no Brasil e três fora, no Chile, México e Colômbia. Conseguimos entregar o que eles e os seus clientes queriam. São clientes muito exigentes, alguns são grandes provedores de Nuvem e de mídias sociais, e que não aceitariam qualquer tipo de produto.

A Modular atua com parceiros no mercado?

Atuamos basicamente em quatro segmentos: Edge Data Centers, quando se quer um Data Center na base de uma torre de Telecom para processamento no local ou como ponto de conectividade para satélites. Outro é um monobloco que integra vários racks. Há também salas específicas, como salas elétricas, e também comercializamos componentes para Data Centers tradicionais. Contamos com parceiros para atuarmos no mercado para identificar demandas. São empresas do segmento, muitas atuam em missão crítica, focadas em Data Centers. No início do ano lançamos nosso programa de Canais, a ideia é trabalhar com 10 a 20 canais especializados. Temos parceiros que são integradores, que fazem projetos e instalações, até revendedores, que comercializam componentes e equipamentos. Algumas empresas de TI também estão vendo oportunidades neste segmento.

Como é a parceria com a Vertiv?

Temos uma parceria com a Vertiv em duas mãos: de um lado somos grandes clientes deles, de outro, somos provedores de soluções modulares de Data Centers. Somos os fabricantes dos módulos que saem com a marca Vertiv. Conversamos muito com eles também na área de desenvolvimento de projetos específicos. No ano passado, fechamos uma parceria regional com a Vertiv cobrindo Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru.

Quais os planos para este ano?

Fechamos o ano passado com vendas em torno de 12 MW de capacidade – não contabilizamos os resultados em número de módulos, mas em capacidade. Para 2024, estamos pretendendo pelo menos dobrar essa capacidade vendida, com 24 MW. Estamos buscando parceiros que nos ajudem a alcançar essa meta até o fim do ano.

 

 

 

 

 

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