book_icon

Estudo da Microsoft mostra como as MPMEs brasileiras estão usando a IA

O estudo entrevistou 300 pessoas do Brasil, sendo a maioria gestores de empresas com até 250 funcionários e de diversos setores da economia

Estudo da Microsoft mostra como as MPMEs brasileiras estão usando a IA

Líderes de micro, pequenas e médias empresas de diversos setores da economia passaram a olhar com mais atenção para tecnologias de Inteligência Artificial (IA) no último ano, revela estudo encomendado pela Microsoft para a Edelman Comunicação. O levantamento traça um panorama de como as MPMEs estão vivendo as Transformações Digitais e qual papel a IA está desempenhando em seus negócios. 74% das entrevistadas afirmaram que estão usando a IA sempre ou muitas vezes, sendo que 90% delas busca adotar essa tecnologia atualmente.

O levantamento anual está em sua 4ª edição e, este ano, lançou o olhar para IA buscando tendências, desafios e oportunidades desse universo em constante evolução. Os dados confirmaram a IA como a grande tendência em tecnologia do momento, independentemente do tamanho da empresa. No geral, as MPMEs estão progredindo bastante em seu no uso – 59% disseram que avançaram na adoção da tecnologia, proporção que é maior em empresas do ramo de tecnologia, como as de telecomunicações, que se destacaram neste indicador com 85% respondendo que progrediram “bastante” ou “muito” na adoção de IA.

Entre as medidas mais comuns de adaptação a IA relacionadas à processos para evitar ameaças cibernéticas estão treinamentos (61%), aquisição de tecnologias de segurança com IA embarcada (54%) e a contratação de especialistas externos (33%)

Quando a comparação é entre as empresas que são “nativas digitais” e “não nativas digitais”, o progresso na adoção de IA é ainda maior, 84% das nativas digitais afirmaram que já estão usando a tecnologia. Nesta comparação, 78% dos líderes das empresas nativas digitais disseram que têm a inteligência artificial como prioridade na empresa, contra 53% das não nativas digitais.

Investimentos

Em relação aos investimentos, 47% das empresas disseram que estão investindo em IA, em 2022 essa porcentagem era de apenas 27%. Em 2023, a IA perdeu apenas para as tecnologias de armazenamento em Nuvem, que recebeu investimento de 56% das MPMEs, contra 45% do ano anterior. “Para que as empresas possam aproveitar os benefícios da IA, é necessário que suas aplicações estejam na nuvem, como mostram os dados na priorização desses investimentos. Além disso, ainda que algumas empresas já usassem IA, a tecnologia estava aplicada para questões específicas, como atendimento ao cliente, por exemplo. Agora, com a IA generativa, e o lançamento do Copilot solução de IA generativa focada em liberar a criatividade, desbloquear a produtividade e aprimorar as habilidades das pessoas, que está presente nos aplicativos do Microsoft 365, como Teams, Outlook, Word , existe um leque de novas oportunidades para otimização, apoio à produtividade e criatividade que podem ser exploradas pelas organizações.”, afirma Andrea Cerqueira, vice-presidente de Vendas Corporativas da Microsoft Brasil.

O Copilot é o aplicativo da Microsoft que usa IA generativa e grandes modelos de linguagem (LLM) para ajudar os usuários no desempenho de tarefas complexas como: desenvolver um texto, criar apresentações e resumir caixa de entrada de e-mails e reuniões. A solução está disponível para as principais produtos e serviços Microsoft, desde o bate-papo com IA no Bing, que está mudando a forma como as pessoas pesquisam na Internet até o Microsoft 365 Copilot, GitHub Copilot X, Dynamics 365 Copilot, Copilot no Microsoft Viva e Microsoft Security Co-piloto.

Além de IA e Nuvem, entre 2022 e 2023, algumas prioridades de investimento mudaram para as MPMEs: 47% das empresas disseram estar investindo em hardwares (notebooks e outros periféricos), contra 53% no ano anterior. Já em relação aos softwares de colaboração virtual, enquanto 34% declaravam estar dando atenção ao tema no ano anterior, em 2023, esta porcentagem subiu para 44%. As empresas também estão mais atentas à segurança cibernética, em 2022, 39% das empresas disseram investir em soluções nessa frente, em 2023, esse dado passou para 43%.

Em 2023 subiu para 74% o número de MPMEs que passaram a usar Inteligência Artificial, contra 61% no ano anterior. Já entre os que, no momento, ainda não investem em IA, 19% disseram que pretendem começar investir em 2024. Segundo Andrea Cerqueira, esses dados mostram um o aumento da maturidade digital das MPMEs.

No geral, 89% dos líderes e 78% dos funcionários estão otimistas e veem um impacto positivo da IA nos negócios e no seu trabalho. Neste contexto, 84% das empresas estão incentivando os funcionários a usarem IA. Para quase metade das empresas (47%) a aquisição e adoção de tecnologias é uma prioridade quando se trata de inteligência artificial, já 40% também buscam desenvolvimento de soluções próprias e a otimização de dados para inteligência comercial.

Onde e como as MPMEs aplicam IA

As principais motivações das empresas em investir em IA foram: melhorar a experiência do cliente (61%), ganho de eficiência, produtividade e agilidade (54%) e garantir a continuidade do negócio (46%). A maioria das empresas pesquisadas disseram usar IA como assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%). A segunda forma de aplicação mais comum da IA para empresas desse segmento, segundo a pesquisa, é como uma ferramenta para agilizar o trabalho (64%) e 43% já estão usando para gerar conteúdo de textos ou imagens.

Olhando para o futuro, além de atendimento ao cliente, 39% dos respondentes enxergam potencial da IA na área de TI; 30% nos times de Comunicação e Marketing; e 27% nos departamentos de Finanças e Administração. Outras áreas das empresas também foram citadas como: Vendas (27%), Recursos Humanos (25%), Operações e Produção (20%) e Jurídico (6%). Porém, já existem empresas com uma visão mais ampla da utilização da IA, as quais 16% disseram que já aplicam IA em todos os departamentos. Na contramão do mercado, há alguns líderes (4%) que disseram que não usam e não têm a intenção de usar a tecnologia.

Custo-benefício

Entre as empresas que já usam IA, os principais benefícios percebidos foram o ganho de eficiência e produtividade (72%), melhoria no atendimento ao cliente (58%) e redução de custos 46%. Ainda, 41% das empresas disseram usar inteligência artificial para desenvolver novos produtos, 33% usam dados na tomada de decisão e 31% para reduzir erros humanos. Nestas empresas que aderiram à IA, houve também a percepção de 91% de melhora na qualidade do trabalho, além de 90% na satisfação do cliente e 88% na motivação e engajamento de funcionários.

“As tecnologias de inteligência artificial evoluíram para trazer mais qualidade de vida para os trabalhadores. Este estudo mostra que, para 77% da MPMEs, o uso de IA fez com que os funcionários se concentrassem em trabalhos mais criativos e relevantes. “Esse dado vai ao encontro da visão da Microsoft para a inteligência artificial, que vê a tecnologia como Copiloto do dia a dia de trabalho, reduzindo o tempo gasto com tarefas morosas e repetitivas”, explica Andrea.

Ainda que a percepção do uso de IA pelas empresas seja positiva, 46% delas relataram dificuldades relacionadas a custo e acesso à tecnologia, além de desafios com a contratação de talentos com habilidades em IA (36%), a capacitação de talentos atuais (36%), privacidade de dados (34%) e segurança cibernética (23%).

Capacitação de pessoas

Em relação a qualificação da força de trabalho, ao serem questionadas sobre quais as prioridades de investimentos em IA relacionadas a recursos humanos, 49% disseram investir na atração de talentos externos com habilidades de inteligência artificial; 37% investem em treinamentos do quadro atual de funcionários e apenas 7% estão fazendo os dois ao mesmo tempo.

Para Andrea Cerqueira o principal ponto que as MPMEs precisam estar atentas é no fator humano. “A IA é um assistente do trabalho e que amplia a produtividade dos funcionários. Mas, como todas as novas ferramentas, é necessário aprender a utilizar essa tecnologia. Seja qual for a função, a curto e médio prazo, todas as pessoas de todos os setores vão precisar aprender a dominar essa tecnologia, por isso a capacitação e qualificação da força de trabalho devem ser incluídas nas estratégias de aquisição da solução”, afirma.

Existe um alto índice de satisfação com o uso da IA dentro das companhias, 94% das empresas entrevistas afirmaram que veem um impacto positivo da inteligência artificial na produtividade do trabalho, 91% também disseram que houve uma melhora na qualidade. A tecnologia também impactou positividade o nível de satisfação dos funcionários para 88% dos entrevistados.

“O Copilot e novas ferramentas de IA generativa baseadas no Azure, como o Azure OpenAI Service, vieram para democratizar o acesso à tecnologia, pois são simples de usar e podem ser operadas por qualquer pessoa, independente da qualificação técnica. Mas é importante que oferecer capacitação adequada para que os colaboradores possam tirar proveito dessa tecnologia. Temos diversos cursos sobre o tema que estão disponíveis gratuitamente na plataforma Microsoft Conecta+ ”, explica Andrea.

Cibersegurança

As ameaças de cibersegurança relacionadas à IA nas empresas ainda são incipientes, segundo o estudo, apenas 16% das MPMEs relataram incidentes ligados a este tipo de tecnologia. Porém, quando se trata de políticas internas para o uso da tecnologia, 40% das empresas disseram possuir alguma diretriz, 45% alegaram confiar nos critérios dos próprios funcionários e 10% afirmam não ter nenhum tipo de orientação interna aplicada às ferramentas de IA, já 5% proíbem o uso da tecnologia.

Entre as medidas mais comuns de adaptação a IA relacionadas à processos para evitar ameaças cibernéticas estão treinamentos (61%), aquisição de tecnologias de segurança com IA embarcada (54%) e a contratação de especialistas externos (33%). “Quando uma tecnologia evoluí, também surgem novas formas de ameaças cibernéticas e atuar na mitigação desses riscos precisa fazer parte das estratégias e investimentos das empresas. É fundamental estabelecer políticas internas claras para garantir a proteção de dados e ter ferramentas de proteção eficientes e inteligentes que acompanhem a evolução da IA, bem como garantir o uso ético e responsável das soluções”, reforça Andrea Cerqueira.

 

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.