O comércio e consumo seguem em uma era predominantemente digital, que vem moldando comportamentos e criando um perfil de consumidor cada vez mais consciente e exigente.
Com o avanço nas modalidades de e-commerce e – com prazos de atendimento mais curtos, uma grande variedade de produtos, exigência de altos níveis de serviços e entregas cada vez mais pulverizadas -, a digitalização da cadeia de suprimentos nunca esteve tão relevante.
“Quando bem executada e com um objetivo e planejamento bem definidos, a digitalização traz maior precisão, transparência e agilidade nos processos, mudando a forma como as etapas de logística são conduzidas e como a cadeia de suprimentos é gerenciada, incluindo o setor de transportes, tão significativo neste momento”, comenta Ana Dividino, vice-presidente de Negócios da Softtek Brasil.
Diante de um mercado com novas soluções desenvolvidas constantemente para aprimorar o processo de gestão, cada vez mais empresas estão conseguindo melhorar a eficiência, reduzir custos, aumentar a produtividade e, consequentemente, melhorar a satisfação do cliente.
“Desde que haja uma avaliação cuidadosa das necessidades e recursos de uma organização antes de implementar qualquer tecnologia, as chances de obter sucesso e adquirir competitividade que a faça se destacar de seus concorrentes são bem altas. Afinal, a tendência de investimento em tecnologia na cadeia de suprimentos e transportes é muito elevada e, por isso, é recomendado que empresas comecem o quanto antes a planejarem seus projetos de transformação digital neste setor”, explica a executiva.
Tecnologia em destaque
Levantamento da IBM Institute for Business Value (IBV) feito com 1,5 mil gestores de Supply Chain aponta que 47% deles introduziram novas tecnologias de automação nos últimos dois anos para adicionar previsibilidade, flexibilidade e inteligência às operações da cadeia de suprimentos e transportes.
Apesar disso, o avanço tecnológico para as empresas deste setor do enfrenta alguns desafios, como o alto valor necessário para investimentos, já que o custo em tecnologia pode ser oneroso, e a resistência a mudanças, pois algumas empresas podem ser relutantes em migrar para novas tecnologias, por medo de que elas sejam disruptivas ou que não sejam compatíveis com suas operações existentes.
“As oscilações do mercado atingem de maneira crítica os processos logísticos e, por isso, ter um plano de ação eficaz é uma das estratégias para tornar a cadeia de suprimentos resiliente às mudanças”, diz Ana.
Segundo a executiva, as principais tendências tecnológicas para o setor logístico de transportes em 2024 são:
Automação e robótica
Em um setor no qual a agilidade é crítica, adotar processos automatizados torna-se cada vez mais necessário.
Nesse sentido, a automação e a robótica estão transformando a maneira como o transporte é realizado, se firmando como uma tendência que deve se intensificar em 2024.
“Uma aplicação prática dessa tecnologia atualmente é a possibilidade da utilização de robôs móveis para promover o transporte de mercadorias em seus centros de distribuição. Isso permite a otimização dos processos e o ganho de eficiência da companhia. Em paralelo, a robótica possibilita um maior giro de estoque e a entrega ainda mais rápida em pedidos realizados no website, por exemplo”, explica Ana.
Inteligência artificial (IA)
A Inteligência Artificial (IA) é o campo de desenvolvimento de sistemas capaz de transformar a forma como interagimos com a tecnologia, permitindo criar, projetar, compreender e gerar soluções e conteúdos com implicações significativas para setores, empresas e consumidores.
“No centro de muitas tecnologias aplicadas a diversos setores, no segmento de Transportation a IA também vem ganhando um impacto significativo ao ser utilizada para melhorar a eficiência das operações, a segurança e a tomada de decisão. Para exemplificar, a IA pode ser usada para otimizar rotas, prever a demanda e até prevenir acidentes”, complementa a executiva.
Sustentabilidade
Caminho sem volta para os negócios do presente e do futuro, as boas práticas associadas à agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) também é uma tendência em alta no setor de logística de transporte.
O Programa Despoluir, que é uma iniciativa conjunta da Confederação Nacional do Transporte – CNT, do Serviço Social do Transporte – SEST e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT, defende, inclusive, que as ações estratégicas relacionadas às tecnologias e energias limpas para os motores dos veículos são fundamentais para o desenvolvimento da atividade transportadora.
“Em consonância com uma tendência mundial, muitas empresas de Transportation estão investindo em tecnologias que reduzem o impacto ambiental do transporte, como veículos elétricos e combustíveis alternativos. Iniciativa essa que, além de minimizar impactos ambientais, contribui com a redução de custos e aumento da eficiência operacional”, ressalta Ana.
Tecnologia de rastreamento avançada
A tecnologia de rastreamento avançada está permitindo que as empresas tenham uma visibilidade mais completa de suas operações de transporte. E, segundo Ana, tal tecnologia pode ser usada para melhorar a eficiência, a segurança e o atendimento ao cliente.
“Estar atento às tendências é crucial para melhorar a tomada de decisão de líderes e gestores. Por isso, conhecer as tecnologias que já estão sendo adotadas e aquelas apontadas como promissoras por especialistas é fundamental na hora de avaliar qual investimento é o mais adequado para a realidade de cada empresa”, conclui.
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