É ponto de comum acordo – ou, ao menos, deveria ser – que o gerenciamento de projetos é uma parte essencial da evolução e o crescimento de qualquer empresa, independentemente de porte ou segmento de atuação. Afinal, é através da organização e execução de projetos promissores que líderes e gestores encontram melhorias e colocam o negócio em sinergia com o que o mercado exige. Hoje, por sinal, também é necessário pensarmos no que a sociedade exige, na medida em que todos os olhares estão voltados para pautas sensíveis, como a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Não por acaso, o ESG (Environmental, Social and Governance) é um conceito tão debatido no ambiente corporativo. Utilizando 2024 como referência, a tendência é de que, cada vez mais, a necessidade de adaptação de práticas e projetos a demandas sustentáveis surgirá como requisito obrigatório e de caráter inadiável, sob o risco de inconsistências e hábitos ruins que já não convergem com os tempos que vivemos. Sem dúvidas, o momento é de mudanças.
Isso posto, pela sustentação de um gerenciamento de projetos capaz de acompanhar esse movimento de conscientização, o PMO (Project Management Office) assume um papel determinante entre as empresas brasileiras. Nenhuma iniciativa do tipo, se não respaldada por processos devidamente estruturados e supervisionados, terá condições de atender às expectativas depositadas.
PMO na liderança da carga de sustentabilidade nos negócios
Se o compromisso com a sustentabilidade é uma missão a ser compartilhada por todas as empresas, sem exceções, também é verdade que essa não é uma transição simples, tampouco um processo realizado da noite para o dia. Outro risco que deve ser mensurado é a falta de materialidade das ações conduzidas, que pode ocasionar o que entendemos por greenwashing: conceito que aponta para a prática de discursos vazios, que mais puxam para a propaganda do que projetos efetivamente positivos com o meio ambiente. De certo, nenhum gestor deseja correr esse risco, que é extremamente nocivo à reputação da marca, além do mau uso de um tema caro à sociedade.
O PMO, enquanto uma estrutura responsável por gerir e integrar todos os projetos, atribuindo visibilidade e controle sobre as engrenagens que transformam teoria em realidade, é a base para que esse pilar de sustentabilidade seja construído com a excelência esperada. E os motivos são diversos.
Projetos direcionados para programas ecologicamente corretos precisam de um amparo extenso, desde orientações jurídicas, readequação de infraestrutura à implantação de novas ferramentas internas. A comunicação, no fim da cadeia, deve reproduzir esses princípios entre os colaboradores e com o público consumidor. Uma estrutura especializada, seja ela permanente ou temporária, pode servir como uma espécie de espinha dorsal, de modo a assegurar que todos os departamentos envolvidos permaneçam na mesma página.
Categoricamente falando, isso proporciona maturidade para que a empresa não só reconheça práticas indicadas ao projeto, como tenha condições estratégicas de tomar as melhores decisões, de forma consciente e embasada por referenciais seguros. É fundamental, vale mencionar, que o PMO esteja em sintonia com as necessidades do negócio e sua cultura, com uma metodologia personalizada, ágil e que agregue valor à companhia.
Por fim, se, em 2024, políticas verdes tendem a pautar o gerenciamento de projetos em inúmeras organizações – e isso é uma ótima notícia –, não há como negar o protagonismo do PMO em trabalhar por projetos verdadeiramente compatíveis com a agenda de sustentabilidade. Aos gestores, o momento é de diagnosticar oportunidades e contar com operações otimizadas, deixando um passado de ineficiência para trás. O planeta agradece, a sociedade agradece e, claro, as empresas poderão colher frutos dessa que é uma iniciativa indiscutivelmente necessária nos dias atuais.
Por Ricardo Ferreira, líder de Operações na Actionsys.
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