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Microservice aposta em migração para Nuvem

Empresa pivotou nove vezes seu negócio e colhe os resultados da jornada Cloud

Microservice aposta em migração para Nuvem

Nascida em 1966, na era da microfilmagem de cheques, aplicação criada nos Estados Unidos, em 1929, com o objetivo de preservar documentos e diminuir grande volume de papéis nos bancos americanos, a Microservice surgiu como especialista brasileira na área. Expert em microfilmagem e no melhor modelo para o armazenamento de dados em forma de imagem, logo ela percebeu que com o surgimento dos sistemas digitais, o seu mercado estava prestes a acabar.

“Entendemos que como empresa, o nosso produto ia acabar, não adiantava ficar com ele. Era preciso olhar outras oportunidades de diversificação”, recorda Isaac Hemsi, CEO da Microservice, integrante da segunda geração da empresa familiar.

Os ganhos com a Nuvem aconteceram somente a longo prazo, mas foram muitos. Nunca mais a empresa precisou fazer uma parada sequer para substituir um servidor

“Como empresa, sempre buscamos nos diversificar, o que nos deu essa abertura para não ficarmos em um só mercado, mas para olhar para as novas oportunidades”, continua Isaac.

A empresa trabalha com materiais fotossensíveis, sendo parceria Canon e Fujifilm, também atua com materiais de escritório, embalagens para o mercado de lácteos, produtos alimentícios, produtos para o mercado de saneantes, higiene, limpeza e cosméticos, além de contar com serviços completos em estocagem, logística e distribuição física.

A diversificação dos negócios foi acontecendo no decorrer do tempo. Em Itupeva (SP) fica a fábrica de saneantes e cosméticos e o Centro de Distribuição de Produtos para Escritório e Lácteos, que atende todo Brasil. No bairro do Butantã ficam localizados os escritórios administrativos, de marketing e de vendas. E em Manaus, uma indústria, mantida desde 1992, com mais de 32 mil m2 de área construída, onde opera a fábrica de injetados plásticos e extrusão plástica.

A década de 80 foi uma divisora de águas para a empresa. Sempre atenta às oportunidades e acompanhando as mudanças tecnológicas, o trabalho com produtos analógicos como filmes, deu lugar ao mercado de discos ópticos, CDs e posteriormente aos DVDs. Surgia assim, a primeira fábrica de discos ópticos do Hemisfério Sul, numa época em que haviam pouquíssimas fábricas no mundo. Foi um sucesso, inaugurada em 1987, ela permaneceu com sua produção até maio de 2012.

“Foi também um grande desafio, fomos os pioneiros em absorver essa tecnologia que não existia dentro do Brasil. Não havia fábricas nacionais desse tipo por aqui, muito menos equipamentos, tudo era importado. Apesar disso, conseguimos formar profissionais, muitos deles estão com a gente até hoje, e assim pudemos absorver essa tecnologia. O que nos trouxe muito ensinamento e nos preparou para novos desafios. É como dizemos, quem monta uma fábrica de CD, pode montar qualquer coisa”, diz Isaac.

Esse mesmo espírito inovador fez com que o investimento em tecnologia fosse uma constante dentro da empresa. Em 2005, uma mudança de endereço mostrou que era preciso dar início a jornada para a Cloud. Na ocasião, a empresa contava com uma fábrica de discos ópticos em Manaus e outra fábrica em São Paulo, e foi justamente esta última que motivou essa jornada.

Tudo aconteceu quando o site de São Paulo estava mudando de endereço e o grande desafio era transportar seus servidores para o novo prédio. O que parecia simples, mostrou-se um desafio, era preciso desligar os equipamentos de um lugar para ligá-los em outro, mas sem deixar de lado os compromissos com os clientes, que eram imensos. A empresa fazia a distribuição de discos e deveria cumprir o calendário de lançamentos dos produtos, que deveriam chegar às lojas pontualmente em datas pré-determinadas.

A solução foi criar uma nova contingência no novo endereço em São Paulo, antes da mudança. O que significava investir em novos servidores. O episódio foi a motivação para a migração para a Cloud Computing, que aconteceu de fevereiro de 2015 a junho de 2016 e levou a novos desafios. “Tínhamos várias bases de dados em várias plataformas diferentes, que não conversavam entre si, então precisamos fazer um Housekeeping, padronizar e limpar nossa base para subir na Nuvem de forma organizada. Apesar dos custos, a visão empreendedora da nossa direção possibilitou a migração”, lembra Silvana Saraiva, Controller da Microservice.

Migrar uma plataforma para a nuvem oferece diversas vantagens, principalmente a eficiência operacional através da elasticidade e gestão de custos

A mudança também já era vista como uma exigência do mercado. Depois de muita conversa e de uma análise criteriosa da diretoria, a empresa escolhida para essa missão foi a Ativy Digital. “O que chamou a nossa atenção para essa escolha foi a parceria e a transparência na informação. É preciso ter essa confiança nos parceiros”, diz Silvana, que lista como os principais ganhos da migração para a Cloud: a disponibilidade, escalabilidade e o acesso remoto. Segundo ela, os ganhos com a Nuvem aconteceram somente a longo prazo, mas foram muitos. Nunca mais a empresa precisou fazer uma parada sequer para substituir um servidor e nunca teve uma invasão ou perda de dados. A Cloud possibilitou manter vários sistemas integrados, além de vários parceiros.

“Migrar uma plataforma para a nuvem oferece diversas vantagens, principalmente a eficiência operacional através da elasticidade e gestão de custos. Desta maneira, o go to market é reduzido em até 60% quando comparado com infraestrutura on-premises“, explica Vinícius Pontes, CTO da Ativy Digital.

“A mudança do mindset foi fundamental para a jornada da Microservice para a Cloud. Não adianta migrar para a Cloud cheio de penduricalhos, você tem que pensar diferente quando se vai para Cloud, tem que pensar fora da caixa. Muitas vezes criamos um Data Center com amor, como se fosse um filho, mas quando se toma a decisão de ir para a Nuvem, tem que se desapegar”, reforça a Controller.

Para Isaac, o gestor tem que estar convencido que esse é o melhor caminho, porque caso não esteja, é melhor nem começar. “Mas se ele estiver convencido é preciso saber que haverá barreiras e desafios, o importante é não desistir. Para nós, apesar de tudo isso, a mudança sempre foi muito bem-vinda”, finaliza o CEO.

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