Prevenção proativa, experiência do usuário e dos profissionais da saúde e interoperabilidade estão entre as principais novidades tecnológicas voltadas para organizações de saúde, apresentadas pelo médico argentino Dr. Diego Rodrigo Pereyra em recente visita ao Brasil.
O setor da saúde figura entre os mais receptivos à inovação e adoção de novas tecnologias. A aceleração digital do segmento, impulsionada sobretudo pela pandemia da covid-19, segue a passos largos em direção à maturidade digital, com a introdução de novas tendências tecnológicas a cada ano, além da evolução de aplicações já existentes.
Em recente visita ao Brasil, o argentino Diego Rodrigo Pereyra, médico do maior hospital de Buenos Aires, especialista em inovações tecnológicas em saúde e consultor da Softtek Brasil, multinacional mexicana líder no setor de TI na América Latina, visitou alguns dos principais hospitais de São Paulo, onde apresentou cases de inovação na área médica por meio de iniciativas de aceleração digital.
“A adoção de ferramentas tecnológicas tem um grande impacto estratégico nos processos de negócio do setor da saúde, além de agregar alto valor comercial. Os impactos da transformação digital nas organizações de saúde beneficiam não somente o negócio em si, seja nas operadoras ou hospitais, mas sobretudo o paciente, que deve ser a prioridade máxima”, explica Diego.
Confira abaixo algumas das principais tendências apontadas por Diego, com base em experiências exitosas já aplicadas para organizações de saúde nas áreas de prevenção, melhora da experiência do paciente, melhora da experiência dos profissionais de saúde e redução de custos.
Prevenção Proativa
A tecnologia pode ser uma grande aliada na etapa de prevenção, sobretudo através do uso de Dados e de plataformas digitais.
Segundo o estudo Global Consumer Study 2022-2023, realizado pelo ReMark Group, 70% dos usuários estão dispostos a compartilhar seus Dados sobre hábitos e atividades, se isso resultar em benefícios e descontos em seus serviços e seguros de saúde.
Além disso, levantamento realizado pela Zebra Technologies aponta que 57% dos usuários já utilizam tecnologia móvel para monitorar sua saúde.
“A implementação de plataformas digitais para a criação de produtos personalizados é uma ótima opção tecnológica dentro do pilar de prevenção. Isso porque, além de ser de fácil acesso e uso para o paciente, ela pode utilizar a gamificação para incentivar o cumprimento de metas e objetivos que podem estar relacionados, por exemplo, a cuidados com alimentação, práticas de bem-estar, parar de fumar e controle de pressão arterial, glicemia, colesterol e obesidade, por exemplo”, recomenda Diego.
Experiência do usuário e dos profissionais da saúde
Aliás, cada vez mais populares, a implementação de aplicações tecnológicas personalizadas também pode ser um grande trunfo no quesito experiência do usuário. Isso porque o consumidor atual está cada dia mais consciente e exigente. Por isso, ainda que no universo digital, as interações devem ter uma conotação mais pessoal possível.
“Como exemplo prático, ressalto as infinitas possibilidades de aplicativos existentes no mercado e que abrangem as mais diversas etapas na jornada do paciente e consumidor, que abrangem, por exemplo, aplicativos para a checagem de sintomas, prescrição de medicamentos e aderência em tratamentos”, comenta Diego.
Apesar de cada vez mais comuns, levantamento realizado pela KPMG aponta que 79% dos líderes empresariais de saúde reconheceram que a experiência do paciente/cliente em suas organizações “precisavam de melhorias”.
“Destaco aqui a importância de contar com soluções robustas e que facilitem a jornada do usuário para que não tenham o efeito contrário e não compliquem ou prejudiquem o processo”, observa o especialista.
Para além da experiência do usuário, a tecnologia pode contribuir também na melhora da experiência dos profissionais da área da saúde.
“Dentre as tendências tecnológicas de sucesso neste quesito, ressalto o uso de soluções de Realidade Aumentada e Virtual no treinamento de médicos, bem como o uso de plataformas colaborativas”, exemplifica Diego.
Interoperabilidade e redução de custos operacionais
Estudo do Google Cloud aponta que 87% dos médicos afirmam que a interoperabilidade deve ser a máxima prioridade nas aplicações tecnológicas em um curto prazo.
“Hoje, existem softwares desenhados especificamente para atender as necessidades do setor da saúde. Mas, um dos principais fatores a serem considerados deve ser a interoperabilidade, fator extremamente importante, já que possibilita a integração com outros módulos. Um bom exemplo são os prontuários eletrônicos modulares e interoperáveis, que promovem mais agilidade e segurança para a jornada do paciente, além da redução de custos operacionais”, completa o médico.
Ainda segundo Diego, a redução de custos operacionais é um dos pontos altos da adoção de tecnologia no setor da saúde e ocorre, sobretudo, por meio da automatização de etapas, como em um Onboarding Digital do paciente, por exemplo.
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