Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em parceria com o DataFolha, a Black Friday deste ano deve movimentar cerca de R$ 15 bilhões e o cartão de crédito deve ser o meio de pagamento favorito para 44% dos consumidores.
Para Wesney Silva, líder de segurança da Nava Technology for Business, nesse período do ano, historicamente, é observado um aumento significativo no acesso às plataformas digitais e, assim, empresas enfrentam muitos desafios, como sistemas de e-commerce desprotegidos, gaps de capacidade na infraestrutura digital, campanhas falsas e grupos que cometem os mais variados crimes cibernéticos (desde as tradicionais invasões aos sistemas para subtrair Dados, passando pelos ataques cujos objetivos são tirar sistemas do ar e ataques que muitas vezes passam longe das análises de riscos: a cadeia de logística).
Outro ponto que algumas vezes passa despercebido nas análises de riscos corporativas são os clientes. “Levando em consideração que os consumidores são o elo mais fraco de toda a cadeia de consumo, as companhias devem se prevenir o máximo possível para evitar problemas com a experiência da compra e, consequentemente, ter a sua imagem impactada de forma negativa. Dessa forma, reforçar a segurança digital é primordial”, ressalta o executivo.
Entre os principais cuidados que as companhias devem ter com os meios de pagamento no e-commerce durante o mês da Black Friday, Wesney Silva destaca:
Orientar os consumidores: é de extrema importância ressaltar a orientação básica aos consumidores para prestar atenção nos sites que estão acessando e verificar se o que está sendo acessado é realmente o domínio pertencente à empresa.
Mecanismos de validação: é importante oferecer mecanismos de validação para o consumidor verificar se as informações de pagamento estão corretas e válidas: se o boleto emitido é válido, se o nome da empresa está correto no PIX, se a URL utilizada na transação via cartão de crédito é a original, se utiliza gateways de pagamento confiáveis e certificados pela organização global PCI (Payment Card Industry), entre outras formas.
Centrais de atendimento: caso os consumidores enfrentem problemas ou tenham dúvidas no pagamento, é minimamente esperado que a empresa disponibilize centrais de atendimento para que possam auxiliá-los.
Segurança tecnológica: além de tomar as medidas técnicas necessárias para proteger, especialmente, as transações de pagamentos, é importante consultar uma empresa especializada para verificar se existe algum tipo de falha na segurança da plataforma de e-commerce. Também é recomendado que sejam estudadas formas de validação das compras efetivamente, evitando que as empresas que vendem eletronicamente tenham dispêndios desnecessários com compras falsas.
Dados seguros: as empresas devem armazenar em seus bancos de Dados apenas as informações estritamente necessárias para o negócio e, consequentemente, proteger e criptografar as que forem colhidas, pois um suposto vazamento de Dados dos consumidores, além de destinar informações a criminosos que podem gerar compras indevidas, pode expor a empresa a receber uma multa pesada por conta da LGPD.
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