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Após um ano no Brasil, 5G ainda tem um longo caminho a percorrer

Para a Huawei, o mercado 5G tem muito a oferecer e o foco das operadoras, no momento, é ampliar a cobertura em todo o território nacional

Após um ano no Brasil, 5G ainda tem um longo caminho a percorrer

Com um ano do início da instalação das redes 5G no Brasil, há ainda um longo caminho para que a sociedade aproveite todos os seus benefícios. Essa foi a avaliação de Carlos Roseiro, diretor de Negócios da Huawei, no Painel Telebrasil Summit, evento da Conexis que reuniu operadoras de telefonia, entidades e fornecedores de tecnologia na semana passada.

“Antes de pensarmos no futuro, é necessário fazer um balanço do que o 5G já entregou”, abriu o executivo. Em sua análise, ele tomou como base os três modelos de negócios estabelecidos pela União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês) para a quinta geração de conectividade móvel: Enhanced Mobile Broadband (eMBB), Ultra-Reliable and Low Latency Communication (URLLC) e Massive Machine Type Communications (MMTC).

Não adianta levar a conectividade e não monitorar o desempenho do sistema. Se uma fibra se rompe, por exemplo, temos condições de descobrir o local exato, com rápido restabelecimento do serviço

“De um modo geral, em termos de eMBB, o 5G entrega uma excelente experiência de usuário, diminui o custo por gigabyte e oferece um ótimo retorno sobre o investimento. Podemos avaliar como um case de sucesso no mundo, que continua expandindo”, disse o executivo, lembrando que, no Brasil, as redes ainda estão em crescimento. “Mesmo com pouco tempo no país, percebemos que o mercado está satisfeito e entende o potencial de negócios do 5G. Por isso, temos que focar na ampliação das redes e na oferta de dispositivos móveis mais baratos”, afirmou.

No caso do URLLC, a realidade é um pouco diferente e há caminhos a serem explorados em serviços que exigem latência ultrabaixa e confiável. É o caso das redes privativas voltadas para indústrias, que podem gerar excelentes ganhos de produtividade e eficiência. “É um caminho que as indústrias ainda precisam percorrer para manter a competitividade de seus negócios”, disse Roseiro. “O entretenimento, em especial o consumo de games e de vídeo, tem mostrado excelente adesão, visto que os usuários naturalmente buscam serviços com baixa latência”, completou.

O executivo ressaltou também os benefícios do Open Gateway, programa da Global System for Mobile Communications Association (GSMA) que visa oferecer APIs abertas e ajudar desenvolvedores a aprimorar e implantar aplicativos voltados para o 5G. “É uma excelente oportunidade para o surgimento de negócios exclusivos para essa conectividade”, afirmou.

A massiva comunicação entre máquinas (MMTC), ou seja, a Internet das Coisas (IoT) com milhões de dispositivos conectados, ainda não chegou. “É um modelo de negócios a ser explorado”, avaliou. “Isso mostra que ainda temos muito espaço para trabalhar com o 5G de modo a aproveitar todo o seu potencial”, finalizou.

O caminho para a Transformação Digital da educação

Um exemplo de setor que deve se beneficiar muito com o 5G é a educação. “Na China, houve um plano de 10 anos que visava a conectividade massiva de todas as escolas do país, levando recursos multimídia, interatividade e novas formas de aprendizado aos alunos. O plano foi cumprido”, disse Ricardo Mansano, CTO de Governo da Huawei, em sua fala no debate Políticas públicas e parcerias para conectividade em escolas.

“No Brasil, temos muitos desafios. Porém, acreditamos que o trabalho conjunto entre governos, instituições públicas e privadas e empresas pode fazer avançar a transformação digital das escolas brasileiras”, afirmou.

A chave está, como no exemplo chinês, no planejamento a longo prazo e na integração das ações que levem em consideração todo o território nacional. “Os projetos não podem ser feitos só no curto prazo com investimentos isolados. Organizar esse ecossistema pode garantir oportunidades a todos os estudantes brasileiros”, explicou.

O executivo também ressaltou a importância do treinamento dos professores para o uso das novas tecnologias e para o desenvolvimento de novas ferramentas educacionais. “Na China, já é possível medir o grau de aprendizado de um aluno por meio da Inteligência Artificial, que customiza exercícios e atividades extracurriculares de acordo com a necessidade individual de cada aluno”, revelou.

Por fim, igualmente importante nesse planejamento é a manutenção e atualização das redes. “Não adianta levar a conectividade e não monitorar o desempenho do sistema. Se uma fibra se rompe, por exemplo, temos condições de descobrir o local exato, com rápido restabelecimento do serviço”, explicou. “Uma visão integrada e planejada pode revolucionar a educação no país, base para o sucesso de seu desenvolvimento econômico e social nos próximos anos”, reforçou.

Serviço
www.huawei.com/br

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