Para formar mais talentos para o setor de tecnologia, conexão com a realidade é diferencial

Transformar um sistema de controle de estoque de uma empresa em uma partida de futebol é umas das estratégias para conectar os jovens que querem aprender a trabalhar na área de Tecnologia. Com essa metodologia que aproxima o ensino para a realidade do aluno, o Instituto da Oportunidade Social (IOS) – que atua na formação e empregabilidade de jovens para o mercado de trabalho, por meio de cursos gratuitos, tem conseguido aumentar as chances de empregos de mais de 43 mil jovens que já formou em 25 anos de atuação. Desse total, cerca de 60% afirmam que conseguiram emprego após a formação no IOS.

De acordo com um estudo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) a falta de profissionais qualificados para atuarem no setor de tecnologia vai gerar um impacto econômico na América Latina de cerca de US＄50 bilhões até 2025. Em cerca de cinco anos, quase 800 mil novos postos de trabalho em Tecnologia serão abertos no Brasil, que formam apenas cerca de 53 mil profissionais por ano na área. Isso deverá abrir um déficit de mais de 500 mil profissionais para o setor.

O método do IOS está distante dos chamados “cursos rápidos” que prometem qualificar jovens em curtíssimo espaço de tempo nas tecnologias atuais e nas demandas pelo mercado. Segundo Carla Machado, Coordenadora Educacional do IOS e mestre em Educação pela USP, para apresentar um conteúdo tão extenso e complexo é fundamental uma formação de base sólida, além do complemento do ensino de Matemática. “Sem isso, é impossível fazer um aluno aprender e lidar com novas tecnologias, como Inteligência Artificial, por exemplo”, reforça a coordenadora.

A metodologia tem tanta aderência por parte dos alunos que o IOS vem conseguindo manter indicadores de evasão. Segundo os dados da Brasscom, no Brasil, 69% dos universitários de Tecnologia desistem do curso.

Outra vantagem da metodologia está relacionada com a saúde mental dos jovens. O excesso de conteúdos complexos acaba desmotivando os alunos e contribuindo para o aumento de casos de Burnout, de acordo com o IOS. O diferencial da metodologia do IOS é adaptar para que os jovens possam absorver o ensinamento de forma sadia.

A superintendente do IOS, Kelly Lopes, aponta algumas frases repetidas e desatualizadas sobre os jovens no mercado de trabalho e que precisam ser ressignificadas, como:

“Os jovens precisam de ajuda” deve ser substituída por “os jovens podem ajudar”​;
“O jovem vai se desenvolver” deve ser substituída por “estamos nos desenvolvendo a todo momento”​;
“Dar oportunidade” deve ser substituída por “criar oportunidades juntos”​

“Ao invés de buscar super profissionais no mercado, as empresas precisam colaborar com a formação desses jovens, de forma mais ágil que aquela oferecida pelo ensino padrão e de forma segura, saudável e eficiente. As ONGs têm a expertise para realizar uma qualificação adequada, mas é preciso que as empresas abram as portas para esse jovem talento”, destaca a superintendente do IOS.

Sobre o IOS

Comprometido com a empregabilidade de jovens e pessoas com deficiência que tenham menor acesso às oportunidades do mercado de trabalho, desde 1998 o IOS desenvolve projetos de formação profissional gratuita em temas variados. “Administração” e “Tecnologia” compõem a grade de cursos, além do enfoque comportamental. Está entre as melhores ONGs do mundo de acordo com o ranking TheDotGood e qualificado como Entidade Beneficente de Assistência Social certificada pelo CEBAS, o IOS já formou mais de 43 mil profissionais para os setores de Tecnologia da Informação, Administração, RH e Atendimento ao Varejo. A instituição é mantida por empresas privadas como a Totvs – sua fundadora e principal mantenedora -, Dell, Microsoft e Zendesk. Juntam-se a este grupo empresas que realizam doações via Incentivo Fiscal, como a BASF, Brasilprev, BRQ, CTG, IBM, Instituto Center Norte, Mercado Livre, 99 App, Clear Corretora, entre outras.