Novas ferramentas colaboram para a digitalização da indústria, trazendo eficiência, produtividade e competitividade ao segmento. A Indústria 4.0 tem sido um tema amplamente discutido no mundo empresarial, especialmente por conta do impacto que a Transformação Digital tem trazido para a produção industrial e o mercado em sua totalidade. De acordo com um relatório produzido pela Fact.MR, as projeções são de que a demanda por Transformação Digital possa chegar à casa dos US$ 2,3 trilhões até 2032, representando um crescimento médio anual de 14,2%.
Dentro deste contexto, a adoção de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), impressoras 3D e 4D, automação por meio de sistemas de gestão e a análise de dados têm sido fundamentais para aprimorar a evolução e a produtividade da indústria. A popularização dessas tecnologias, dentre outras disponíveis na atualidade, oferece diversas oportunidades através de um viés estratégico e operacional para as empresas. No entanto, para aproveitar todas as contribuições destas inovações, é necessário enfrentar os ônus e bônus de cada uma das operações que marcam a rotina industrial.
Oportunidades da Indústria 4.0 para a eficiência e produtividade industrial
A Indústria 4.0 oferece inúmeras oportunidades inovadoras para melhorar a eficiência e a produtividade das indústrias, já sendo realidade mesmo nos pequenos negócios. A digitalização de processos e introdução de novas tecnologias pode fornecer informações valiosas sobre o desempenho dos processos produtivos, dar mais segurança e qualidade ao que se está fabricando e, também, aumentar a produtividade dos profissionais da área. Isso torna a indústria mais competitiva dentro deste mercado tão acirrado e volátil. As novas tecnologias apoiam a empresa no nível estratégico, tático e operacional.
A automatização de rotinas por meio de um ERP, por exemplo, favorece a redução de custos e ganho de produtividade, uma vez que a visão do gestor se torna mais estratégica e o cotidiano do colaborador passa a ter uma comunicação atualizada e assertiva. É um salto na eficiência por toda a cadeia de produção.
A análise de Dados, por sua vez, pode ser utilizada para otimizar o desempenho das máquinas e equipamentos, além de respaldar a previsão de demanda e, consequentemente, a gestão do estoque. Já, a IoT também tem condições de ser empregada para monitorar a efetividade das máquinas em tempo real, possibilitando que as equipes tomem decisões mais assertivas, seja para solucionar pendências ou indicar melhores caminhos estratégicos.
Transformação Digital na Indústria 4.0: Tecnologias impulsionadoras da eficiência e inovação
Para adentrarmos ainda mais neste universo, podemos citar a popularização do uso por conta da efetividade dos sistemas MES, que entregam informações precisas e, assim, permitindo o gerenciamento integrado com o maquinário e em tempo real da produção, bem como a identificação e rastreamento inteligente de produtos e materiais.
Paralelamente, atuando na área comercial, e-commerces e marketplaces estão se beneficiando da integração de soluções tecnológicas específicas e ampliação do uso por parte dos consumidores, proporcionando uma experiência conveniente aos consumidores e facilitando as operações comerciais, de produção e logísticas por parte da indústria, sobretudo quando as soluções encontram-se integradas ao sistema de gestão ERP.
Além disso, as impressoras 3D e 4D têm apoiado o setor de pesquisa e desenvolvimento, além da produção, revolucionado a prototipagem e o criação de produtos, levando a soluções mais aderentes às necessidades do público e, em algum grau, até economia para a indústria, uma vez que o tempo de teste e inserção do novo produto ao mercado pode ser reduzido. Essas tecnologias permitem a criação rápida e precisa de modelos, abrindo novas possibilidades de design e funcionalidade por meio da impressão 3D e 4D. O uso do Big Data na Indústria 4.0 também desempenha um papel crucial ao armazenar e otimizar todo o volume de dados gerados e, quando filtrados e organizados devidamente, os dados viram informações que fornecem insights valiosos para decisões estratégicas.
Já a aplicação de metodologias ágeis (que não são uma tecnologia digital, mas são maneiras de se lidar com projetos e as questões atuais do mercado moderno), impulsionam a flexibilidade, a colaboração e a entrega contínua, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às demandas do mercado e promovam a inovação de forma eficiente.
Soluções financeiras, como o EDI e open banking, facilitam as transações da empresa e rotina do setor financeiro. Importante destacar que a qualificação de pessoas se torna essencial para garantir o uso eficaz das tecnologias e impulsionar o sucesso da Indústria 4.0.
Desafios e a competitividade na Indústria 4.0
Apesar das inúmeras oportunidades oferecidas, existem alguns desafios que precisam ser enfrentados. Um deles é a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação profissional. Para implementar plataformas alinhadas com o potencial por trás da Transformação Digital e os objetivos da fábrica, é preciso ter bons critérios para a escolha de fornecedores, que ofereçam capacidade técnica, suporte e segurança, além de profissionais capacitados para operar e manter essas tecnologias funcionando adequadamente.
Outro desafio é a questão da cibersegurança. Com a crescente conectividade da indústria, também aumentam os riscos de ataques virtuais direcionados para a integridade de dados e processos. Por isso, é fundamental selecionar parceiros que adotem medidas de segurança para garantir que todas as informações movimentadas e armazenadas permaneçam em um ambiente seguro, sem margem para imprevistos indesejáveis.
Por fim, entendo ser possível concluir que cada processo utilizado na adoção das tecnologias que fazem parte do movimento da Indústria 4.0 pode impactar diretamente a competitividade das indústrias, uma vez que eles permitem que as empresas atuem com mais eficiência e produtividade. Com todos os fatores listados acima, que servem de referência para a criação de produtos e serviços compatíveis com as necessidades do mercado, não há mais como desconectar a presença tecnológica de uma gestão industrial amplamente funcional, capaz de render bons frutos internos e uma relação de valor com clientes, fornecedores e parceiros.
Por Thiago Leão, diretor Comercial da Nomus.
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