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Mulheres são as mais afetadas pelas demissões no setor de Tecnologia

O setor de Tecnologia  passa por um momento desafiador e as mais impactadas são as mulheres, que já são minoria na área 

Mulheres são as mais afetadas pelas demissões no setor de Tecnologia

Nos últimos anos, a indústria de Tecnologia teve avanços em relação à diversidade e inclusão de suas equipes de trabalho. Entretanto, estudos recentes mostram que as minorias têm sido desproporcionalmente afetadas pelas demissões que estão acontecendo no Setor.

De acordo com o site Layoffs.FYI, embora cerca de 45% dos trabalhadores demitidos na última onda de cortes em tecnologia fossem mulheres, o maior problema ainda é a diferença de gênero que existe na área: as mulheres representam menos de um terço dos profissionais nessa indústria e ocupam menos de 25% dos cargos técnicos e de liderança, segundo um estudo da Deloitte de 2022. Ou seja, o impacto das demissões está causando um grande retrocesso na questão de diversidade e inclusão das empresas. Além disso, outro estudo, realizado pela Paychex, revela que quase 75% das mulheres que trabalham com tecnologia temem ser demitidas.

A prática de demitir os profissionais mais novos na empresa, também conhecida como  last in, first out, é outra ação que afeta, de forma desproporcional, àqueles que enfrentam barreiras para conseguir uma vaga, muitas vezes devido a vieses e discriminações, como é o caso das mulheres. Isso ocorre em um momento em que as organizações deveriam investir em políticas que fomentem a diversidade.

“É importantíssimo que as empresas da indústria tecnológica mantenham seus compromissos com a inclusão de mulheres e outros grupos minoritários em suas equipes de trabalho, para não retrocedermos nos avanços conquistados até agora”, explica Júlia Diniz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Laboratória no Brasil.

Vale lembrar que a falta de diversidade no setor de Tecnologia não só afeta as mulheres e minorias, mas também tem implicações importantes para todos os usuários e usuárias. Muitos estudos confirmam que as empresas de criações tecnológicas que não possuem uma força de trabalho diversa só contribuirão para o aumento das desigualdades já existentes na sociedade, por meio de produtos e serviços enviesados.

No entanto, equipes compostas por profissionais de diferentes gêneros, nacionalidades, raça e contextos sociais, podem criar soluções tecnológicas que realmente respondam às necessidades de uma grande variedade de pessoas. Isso é especialmente relevante hoje com a Inteligência Artificial, já que a participação de mulheres e outros grupos minoritários são a chave para a criação de ferramentas inclusivas.

“As empresas devem estabelecer parâmetros de diversidade e inclusão em suas estratégias de avaliação e demissões, e estabelecer objetivos para manter as proporções de colaboradores, que integram grupos minoritários”, finaliza Júlia.

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