Empresas de médio porte impulsionam crescimento da SAP no Brasil, diz ISG

O programa RISE with SAP provou ser especialmente bem-sucedido para novos clientes e empresas de médio porte no Brasil que estão comprometidos com uma adoção limpa do SAP S/4HANA, de acordo com um novo relatório de pesquisa publicado nesta quarta-feira (7/6) pelo Information Services Group (ISG), empresa global de pesquisa e consultoria em tecnologia.

O relatório ISG Provider Lens SAP Ecosystem de 2023 para o Brasil constata que, para clientes de médio porte que executam a solução SAP ERP Central Component (ECC), o RISE with SAP, uma solução unificada de ERP como serviço, oferece reduções de custo significativas. Enquanto isso, grandes clientes corporativos com uma licença perpétua SAP ECC ou SAP S/4HANA estão encontrando dificuldades para definir a melhor abordagem de projeto para acomodar suas necessidades de negócios e ainda atender RISE com os termos da SAP.

“Muitas das maiores empresas do Brasil estão adotando uma abordagem de esperar para ver antes de adotar o S/4HANA”, disse Bill Huber, sócio de Plataformas e Soluções Digitais do ISG. “Eles estão ganhando mais tempo para avaliar todas as implicações de licenciamento”, observou.

Quando foi lançado em 2021, o programa RISE with SAP inicialmente teve um efeito inibidor nos provedores de serviços de infraestrutura SAP, diz o relatório do ISG. Muitos provedores assumiram erroneamente que as empresas adotariam o programa e transfeririam voluntariamente a responsabilidade de gerenciar suas infraestruturas para a SAP. Esses provedores suspenderam seus investimentos ou planejam se desfazer totalmente do fornecimento de serviços de infraestrutura SAP, diz o ISG.

Isso acabou sendo um erro de cálculo. De acordo com o relatório do ISG, as empresas no Brasil têm resistido a alguns dos termos da SAP e relutam em depender exclusivamente da SAP para dar suporte à sua plataforma principal. Embora a SAP tenha melhorado desde então seus SLAs para o programa RISE with SAP, seu tempo de resolução e disponibilidade de serviço ainda estão abaixo do nível de provedores de serviços gerenciados certificados em Nuvem, constata o ISG.

Quando se trata de escolher serviços gerenciados, existem dois tipos básicos de empresas no Brasil, diz o relatório. Há os que se preocupam principalmente em manter os custos baixos e os que reconhecem o valor das ferramentas que melhoram os processos e a qualidade do serviço e estão dispostos a pagar mais por elas. Os provedores de serviços gerenciados no Brasil estão respondendo de acordo. Enquanto alguns ainda se concentram em ofertas de baixo custo, outros estão desenvolvendo plataformas de gerenciamento automatizadas que usam IA para acelerar e melhorar o suporte, diz o ISG.

“O mercado de serviços de aplicativos tornou-se muito competitivo no Brasil”, disse Jan Erik Aase, sócio e líder global do ISG Provider Lens Research. “Ao considerar um provedor de AMS, as empresas devem avaliar cuidadosamente seus catálogos de serviços e automação”, completou.

O relatório também examina como a Business Technology Platform (BTP) baseada em Nuvem da SAP pode oferecer aos clientes mais opções de integração com aplicativos nativos de Nuvem.

O relatório ISG Provider Lens SAP Ecosystem 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 44 provedores em quatro quadrantes: SAP S/4HANA System Transformation – Large Accounts, SAP S/4HANA System Transformation – Mid Market, Managed Application Services for SAP ERP and Managed Platform e Cloud Services para SAP ERP.

O relatório nomeia Accenture, Atos, Capgemini, NTT DATA, Softtek, T-Systems e Wipro como líderes em três quadrantes cada, enquanto Infosys e Tech Mahindra são nomeados como líderes em dois quadrantes cada. BCI Consulting, Essence, IBM, Kyndryl, Megawork, MIGNOW, Numen, Stefanini e TIVIT são nomeados Líderes em um quadrante cada.

Além disso, Globant, Meta, MIGNOW e T-Systems são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em um quadrante cada.

Serviço
www.isg-one.com