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Especialista aponta que retorno ao trabalho presencial aquece mercado de coworkings

Bruna Lofego explica por que o “novo normal” nas empresas é ponto a favor de quem quer apostar em um escritório compartilhado

Especialista aponta que retorno ao trabalho presencial aquece mercado de coworkings

O ano de 2023 marca o retorno ao trabalho presencial em diversas empresas. Segundo levantamento recente do InfoJobs, nas vagas de emprego divulgadas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, o modelo remoto representa somente 2,48%, e as vagas com modelo presencial somam 94,82%.

Segundo a especialista em coworking Bruna Lofego, muitas empresas fecharam as suas principais sedes por conta da pandemia, como forma de reduzir custos, durante o momento em que o mundo todo se viu forçado a aderir ao modelo remoto. Mas agora, com o fim da crise sanitária, as empresas querem que os funcionários voltem ao presencial pelo menos 3 vezes na semana, e estão enfrentando dificuldades em encontrar espaços que comportem todos os funcionários.

“As empresas estão voltando para o antigo modelo e trazendo os colaboradores de volta ao escritório, pelo menos alguns dias da semana, e buscam alguma solução para substituir os espaços que foram fechados. O coworking – são espaços compartilhados com outras empresas – pode ser a solução para esse desafio, pois permite acomodar um grande número de funcionários, de forma rotativa, sem onerar demais a empresa com altos custos de aluguel e outras despesas”, resume Bruna.

Em termos de rentabilidade, um coworking é um negócio mais estável, considerando a quantidade de membros que utilizam o espaço e pagam uma taxa, sendo ela mensal ou semanal, tornando-se uma fonte de renda previsível

Pensando nisso, Bruna aponta cinco razões para investir em um coworking nesse momento de pós-pandemia:

Utilizar um imóvel que esteja ocioso
Por muitas vezes, o proprietário pode estar com um imóvel parado apenas gerando custos, quando optamos por abrir um coworking, temos a oportunidade de gerar lucros a partir de um baixo investimento, em um espaço que possa estar tendo dificuldades de ser alugado ou enfrentando problemas com locatários.

“Ao optar por um coworking, é possível utilizar a estrutura existente do imóvel, reduzindo os custos com reformas e adaptações significativas. Isso torna o investimento inicial mais acessível, possibilitando que empreendedores com recursos financeiros limitados possam iniciar seu próprio coworking”, explica Bruna. Ela ressalta que essa abordagem econômica é um dos atrativos deste modelo de negócio, permitindo que mais pessoas tenham a oportunidade de empreender no setor de coworking.

Baixo investimento inicial
Montar um coworking tem um baixo investimento em relação a outros tipos de negócio, que exigem infraestrutura mais complexa e um investimento mais alto. “Um coworking é relativamente mais simples, que pode começar com móveis mais acessíveis, que não exige investimento em uma grande quantidade e diversidade de itens como, por exemplo, um restaurante”, resume a especialista.

Segundo ela, além do espaço físico, mesas e cadeiras de escritório, uma boa rede de internet, que suporte diversos usuários simultaneamente, e uma área de convivência comum, com copa para refeições e banheiros bastam para iniciar um coworking. “A estrutura do coworking não exige tanto esforço, e o empreendedor pode ir adicionando outros serviços gradativamente”, sugere Bruna.

Possibilidade de receita recorrente
Em termos de rentabilidade, um coworking é um negócio mais estável, considerando a quantidade de membros que utilizam o espaço e pagam uma taxa, sendo ela mensal ou semanal, tornando-se uma fonte de renda previsível.

“O empreendedor consegue calcular melhor seu faturamento e lucratividade, pois embora sempre haja entradas e saídas são contratos a médio e longo prazo. É diferente de uma loja, por exemplo, em que o número de clientes pode variar de forma significativa dependendo do mês, data comemorativa próxima, etc”, explica.

Ampla variedade de clientes em potencial
Ao contrário do que se pode pensar, os coworkings não são exclusivos para startups. Eles têm a capacidade de atender a uma ampla gama de clientes, desde grandes corporações até startups e profissionais autônomos. “É um mercado flexível e democrático, onde é possível combinar contratos para espaços corporativos, salas privativas para profissionais como psicólogos e estações de trabalho para startups e até mesmo pessoas físicas”, destaca a especialista.

Segundo a empreendedora, os segmentos que têm aderido a esse tipo de espaço são bastante diversos. Alguns dos setores que mais buscam coworkings são saúde, estética, tecnologia, vendas e jurídico. “Embora esses sejam os mais procurados, a diversidade de clientes está aumentando cada vez mais. Um coworking tem a capacidade de se adaptar a diversas necessidades e atender bem a todos”, resume Bruna.

Possibilidade de expansão
Com o coworking já estabilizado, há grande chance de que o negócio cresça, possibilitando melhorias que podem trazer ainda mais destaque no mercado. “As pessoas sempre buscam usufruir do que há de melhor e mais moderno, e não é diferente no coworking. É um negócio que tende a atingir seu ponto de equilíbrio relativamente rápido e, dessa forma, o empreendedor pode considerar crescer o negócio, abrindo novas unidades ou adicionando novas facilidades e serviços. As possibilidades incluem desde salas privativas para profissionais liberais até escritórios virtuais, abrindo ainda mais a gama de clientes em potencial”, finaliza.

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