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Check Point adverte: malware que rouba credenciais é a principal ameaça no Brasil

Em abril, o ranking de ameaças do Brasil teve como principal malware o Qbot, pelo quinto mês consecutivo na liderança, com impacto de 19,10%, um índice que foi mais que o dobro do impacto global (7,48%)

Check Point adverte: malware que rouba credenciais é a principal ameaça no Brasil

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software, publicou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de abril de 2023. No mês passado, os pesquisadores descobriram uma campanha substancial de malspam Qbot distribuída por meio de arquivos PDF maliciosos anexados a e-mails e em vários idiomas. Enquanto isso, o malware da Internet das Coisas (IoT), o Mirai, entrou no índice mensal pela primeira vez em um ano, depois de explorar uma nova vulnerabilidade nos roteadores TP-Link.

No ranking do Brasil, o Mirai aparece em oitavo lugar com 3,87% de impacto (o impacto global é de 2,45%). Este malware rastreia dispositivos IoT vulneráveis, como câmeras da web, modems e roteadores, e os transforma em bots. A botnet é usada pelos operadores do Mirai para realizar ataques massivos de negação de serviço distribuído (DDoS). O botnet Mirai surgiu pela primeira vez em setembro de 2016 e rapidamente se destacou devido a alguns ataques em larga escala, incluindo um ataque DDoS massivo usado para deixar todo o País da Libéria offline; foi responsável por um outro ataque DDoS contra a empresa de infraestrutura de Internet Dyn, que fornece uma parcela significativa da infraestrutura de Internet dos Estados Unidos.

Também houve mudança nos setores mais impactados, com a saúde ultrapassando o governo como o segundo setor mais explorado em abril no mundo – no Brasil ficou em quarto lugar na lista 

Com relação ao malware Qbot, um cavalo de Troia sofisticado que rouba credenciais bancárias e digitação de teclado, os brasileiros não podem baixar a guarda. O Qbot aparece na liderança da lista nacional há cinco meses consecutivos e mantém o alto impacto nas organizações no Brasil com índices de 19,10% em abril, de 21,63% em março, de 19,84% em fevereiro, de 16,44% em janeiro e de 16,58% em dezembro de 2022. São todos índices superiores aos do ranking mundial, os quais se mantêm praticamente o dobro em relação aos respectivos globais.

A campanha do Qbot, vista em abril, envolveu um novo método de entrega no qual os alvos recebem um e-mail com um anexo que contém arquivos PDF protegidos. Após o download, o malware Qbot é instalado no dispositivo. Os pesquisadores da CPR encontraram instâncias do malspam sendo enviadas em idiomas diferentes, o que significa que as organizações podem ser segmentadas em todo o mundo.

Quanto ao retorno do Mirai, em abril, um dos malwares de IoT mais populares, os pesquisadores descobriram que ele estava explorando uma nova vulnerabilidade de dia zero CVE-2023-1380 para atacar roteadores TP-Link e adicioná-los à sua botnet, que foi usada para facilitar alguns dos ataques DDoS distribuídos mais difíceis já registrados. Essa última campanha segue um extenso relatório publicado pela Check Point Research (CPR) sobre a prevalência de ataques IOT.

Também houve mudança nos setores mais impactados, com a saúde ultrapassando o governo como o segundo setor mais explorado em abril no mundo – no Brasil ficou em quarto lugar na lista. Ataques a instituições de saúde foram bem documentados e alguns países continuam enfrentando ataques constantes. Por exemplo, o grupo cibercriminoso Medusa lançou recentemente ataques contra instalações de câncer na Austrália. Este setor continua sendo um alvo lucrativo para os hackers, pois lhes dá acesso potencial a Dados confidenciais de pacientes e informações de pagamento. Isso pode ter implicações para as empresas farmacêuticas, pois pode levar a vazamentos sobre ensaios clínicos ou novos medicamentos e dispositivos médicos.

“Os cibercriminosos estão constantemente trabalhando em novos métodos para contornar as restrições e essas campanhas são mais uma prova de como o malware se adapta para sobreviver. Com o Qbot na ofensiva novamente, ele atua como outro lembrete da importância de ter segurança cibernética abrangente e devida diligência quando se trata de confiar nas origens e na intenção de um e-mail”, afirma Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software Technologies.

A equipe da CPR também revelou que a “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” foi a vulnerabilidade global mais explorada em abril, impactando 48% das organizações em todo o mundo, seguida pela “Apache Log4j Remote Code Execution”, com um impacto de 44%; enquanto a “HTTP Headers Remote Code Execution” foi a terceira vulnerabilidade mais usada, com um impacto global de 43%.

Principais setores atacados no mundo e no Brasil
Quanto aos setores, em abril, Educação/Pesquisa permaneceu na liderança da lista como o setor mais atacado globalmente, seguido desta vez por Saúde, enquanto Governo/Militar ficou em terceiro. A mudança foi o setor Saúde ter subido para a segunda posição.

Educação/Pesquisa
Saúde
Governo/Militar

No Brasil, os quatro setores no ranking nacional mais visados em abril passado foram:
Comunicações
Utilities
Governo/Militar
Saúde

Os principais malwares de abril no Brasil
Em abril, o ranking de ameaças do Brasil teve como principal malware o Qbot, pelo quinto mês consecutivo na liderança, com impacto de 19,10%, um índice que foi mais que o dobro do impacto global (7,48%). O Emotet apareceu em segundo lugar com impacto de 8,39%, enquanto o Remcos permaneceu em terceiro lugar com impacto de 5,87%.

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