book_icon

Três razões para Data Centers brasileiros adotarem DCOM/Soluções Avançadas

Conforme o mundo aumenta sua presença digital em tudo – de jogos a operações bancárias, de serviços de saúde a entretenimento – a pressão sobre os Data Centers e sua capacidade de armazenamento torna-se maior. Com a crescente necessidade de processamento de Dados, vem a necessidade de fortalecer a infraestrutura para proteger a disponibilidade. Isso tem um impacto significativo nos custos para refrigerar o Data Center.

É fato que os Data Centers consomem uma grande quantidade de energia, em grande parte devido à operação dos equipamentos de refrigeração. De acordo com uma publicação da Energy Procedia, a energia consumida para refrigerar os equipamentos de TI do Data Center representa de 30 a 55% do consumo total de energia das instalações do Data Center.

À medida que as mudanças climáticas continuam a alterar as condições térmicas da região, os requisitos para os sistemas de refrigeração se tornam ainda mais críticos. Como o Uptime Institute alerta, “os riscos associados com a pandemia global e aqueles associados às temperaturas crescentes no verão – ocasionadas pelas mudanças climáticas – colocam pressão sobre a refrigeração de muitos Data Centers, e isso deve piorar nos anos futuros”.

Além disso, o Uptime Institute destaca que umidade e temperatura altas por muito tempo têm um impacto sobre a viabilidade e o retorno do investimento em tecnologias de refrigeração. Um aumento de apenas 2°C/4°F na temperatura do ar externo pode tornar os sistemas de free-cooling ou evaporativos ineficazes e, em algumas situações, não econômicos.

Isso é ainda mais crítico em países com temperaturas altas e altos índices de umidade, como o Brasil. A Cloudscene indica que há no Brasil 250 Provedores de Serviços de Conectividade, 132 Provedores de Serviços Gerenciados, 79 Provedores de Hosting e Nuvem e 62 Provedores de Colocation, a maioria deles em São Paulo e no Rio de Janeiro, já que essas cidades são consideras centros chaves para o mercado de colocation. Essas cidades registraram temperaturas máximas variando de 32,6 a 40°C nos últimos dois anos.

Sistemas de gerenciamento térmico atualizados são peças vitais neste cenário quente e altamente digital para reduzir o consumo de energia e manter a confiabilidade dos sistemas de TI. E estes são os motivos:

 Mais eficiência
Equipamentos de refrigeração legados ou envelhecendo não são tão energeticamente eficientes quanto os modelos novos. Especialistas identificaram que aproximadamente 90% das unidades de refrigeração instaladas em data centers nos últimos 15 anos não tem os componentes que poderiam economizar até 80% no consumo anual de energia. Upgrades para unidades de refrigeração são relativamente não invasivos, e têm um ótimo custo-benefício para serem implementados. Dentre os mais eficazes estão aqueles relacionados com ventiladores, controles e sensores.

Economia de energia e de custos
Upgrades de sistemas de refrigeração permitem que o data center se torne mais eficiente sem a necessidade de trocar unidades completas. Especialistas contam que isso gera uma economia de custos suficiente para um retorno do investimento (ROI) em 2-3 anos porque:

Upgrades para tecnologias de ventiladores de velocidade variável permitem a modulação automática da velocidade do ventilador, de acordo com as necessidades do sistema. Isso evita o excesso de refrigeração e pode reduzir o consumo de energia do ventilador em até 76%.

Upgrades dos controles podem melhorar a eficiência energética em até 10-20% para cada unidade individual de refrigeração e até 50% por todo o sistema de refrigeração.

Upgrades dos sensores proporcionam medições mais exatas da temperatura, as quais determinam a capacidade de refrigeração que é necessária.

Gerenciamento de riscos
Temperaturas altas e níveis de umidade altos que persistem são riscos para o data center. Sistemas de gerenciamento térmico atualizados podem reduzir estes riscos e ajudar a assegurar a disponibilidade do Data Center.

A Organização das Nações Unidas estima que a América Latina será uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, com grandes flutuações na temperatura e nos níveis de precipitação. Um exemplo disso foi visto na América do Sul no início de novembro de 2022. No Chile, as altas temperaturas causaram ondas de calor e incêndios e, no outro lado da Cordilheira, foram registradas geadas na Argentina e neve no sul do Brasil.

Ao planejar os upgrades, certifique-se de sempre detalhar os custos dos equipamentos e os períodos de payback. O upgrade deve fazer sentido financeiro, considerando que os períodos de payback variam dependendo da idade do equipamento e dos objetivos da empresa ao gerenciar o ciclo de vida do produto.

Mais do que nunca, os Data Centers são forçados a adicionar capacidade de refrigeração mecânica (expansão direta) aos seus sistemas se quiserem sobreviver às mudanças no calor e às demandas digitais. A prioridade deve sempre ser a confiabilidade do sistema e o retorno do investimento deve ser secundário, mas ainda importante.

Por Fabiano Pinto Azevedo, gerente de Serviços Sênior da Vertiv no Brasil.

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.