O conceito de estágio, que vem se transformando ao longo dos últimos anos, se reinventou mais uma vez. A Algar Telecom, empresa de telecomunicações e TI do Grupo Algar, criou, por meio do Brain, seu centro de inovação, o Brain Innovation Research Development (Bird), um programa de estágio em tecnologia em moldes semelhantes à iniciação científica.
Diferente dos tradicionais modelos de trabalho em que os estagiários atuam como suporte, trabalhando em atividades operacionais, o Bird é o braço pesquisa e desenvolvimento do Brain, conectando os jovens talentos ao mercado de trabalho e abrindo espaço para que desenvolvam as inovações e tecnologias do futuro.
“Os estagiários têm uma oportunidade única de aprender, na prática, conteúdos profundos e metodologias avançadas para encarar as complexas demandas da área de tecnologia. Desenvolvemos um método exclusivo, voltado para a colaboração, criatividade e desenvolvimento contínuo, que impulsionará o futuro desses talentos”, comenta Zaima Milazzo, presidente do Brain e Diretora de Inovação na Algar Telecom.
Para o desenvolvimento dos participantes, o programa combina as metodologias ágil, CS50 (de Havard) e J.A.C.I. (sigla para Justo, Autodidata, Colaborativo e Intenso), este último desenvolvido por Luiz Claudio Theodoro, coordenador do programa e professor na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). No dia a dia, isso se traduz em uma rotina em ambiente de alta aprendizagem, com interlocução próxima e mentoria de especialistas da Algar Telecom e do Brain.
Após selecionado, cada estagiário ganha um tema desafio, sempre conectado ao universo de telecom e TI, e se dedica ao estudo e desenvolvimento de soluções dentro da temática durante todo o tempo de estágio. “Para acompanhar o projeto de cada um, criamos um comitê, composto por técnicos, especialistas e professores. Mensalmente, os estagiários apresentam suas evoluções para esse grupo”, pontua Milazzo.
Atualmente, o Bird é composto por nove estagiários, divididos em quatro torres de estudo: Telco (pesquisa Open IMS e Engenharia de Tráfego), Inteligência Artificial (IA) e Analytics (Otimização de redes, IA sobre rede banda larga, Automatização e Robotização), Novas Soluções (metaverso) e Segurança Cybersegurança em IoT e Conscientização Humana em CyberSegurança. Há ainda a categoria Portugal, onde há um PhD alocado no escritório europeu do Brain para estudo dedicado a veículos autônomos.
As soluções desenvolvidas podem ser internalizadas por meio de projetos pilotos dentro do movimento de evolução digital da empresa. Em 2022, das 35 pesquisas realizadas, 14 deram origem a projetos que trouxeram avanços importantes para a transformação da Algar Telecom, com destaque para protótipos de Automação ACI, plataforma de configuração de serviços de Data Center da Cisco, Customer Experience Banda Larga (CXBL), eSIM, Interoperabilidade GPON, Tracking da Jornada do Cliente e Open IMS (IP Multimedia Subsystem), arquitetura de redes para comunicação multimídia.
Para além do aprofundamento individual, os talentos também se tornam replicadores de conteúdo. “Ao entendermos que alguém do nosso grupo está bem seguro em relação ao seu tema de estudo, abrimos turmas de cursos rápidos para outros estudantes e esse estagiário ministra a aula e compartilha seu conhecimento”, explica a executiva.
Para combinar com a metodologia diferenciada, a seleção também é diferente. Ao longo do ano, o Brain promove os hackathons, treinamentos, cursos gratuitos de formação e maratonas nacionais e regionais de programação. Os selecionados são encaminhados para avaliações técnicas e comportamentais, seguidas da prática interna na empresa.
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