Tornar-se um provedor de serviços em Nuvem e segurança de perímetro, abrangendo ambientes tradicionais corporativos e ambientes híbridos, é uma das estratégias da Cisco do Brasil no mercado de segurança de Dados. Atualmente a companhia disponibiliza duas ferramentas de segurança em Nuvem: a DUO e a Umbrela. A Duo tem capacidade para verificar a identidade do usuário e a integridade do dispositivo a cada tentativa de logon, fornecendo assim acesso confiável às aplicações. Já a Umbrela caracteriza-se por fazer a análise de tráfego.
“Nos últimos dez anos, a empresa vem acompanhando a evolução desse mercado, que está extremamente aquecido em função da transformação digital, acelerada durante a pandemia e à adesão das empresas à modalidade de trabalho híbrido”, argumenta Ghassan Dreibi, diretor de Segurança da Cisco para a América Latina (foto). O anúncio foi feito por ocasião do Cisco Connect Brasil 2023, realizado, no último dia 5, no WTC Sheraton, em São Paulo.
De acordo com o diretor de Segurança, os ataques de ransoware, nos quais hackers sequestram as máquinas, continuam sendo frequentes no Brasil. O maior problema, nesse tipo de invasão é a perda da informação. O pior é que as empresas não percebem que seus Dados sumiram, precisando para isso, fazer uma auditoria detalhada. Em razão da sofisticação dos ataques, o tempo que as companhias levam para descobri-los saltou de 100 dias de alguns anos atrás para 200 atualmente.
Para driblar esses e outros ataques, as corporações precisam tomar algumas precauções, na opinião de Dreib.” É preciso perder tempo e investir na análise dos riscos. Só com a lista de prioridades de riscos, as empresas conseguem comprar a tecnologia mais adequada às suas necessidades”, argumenta.
Durante o evento, a Cisco do Brasil divulgou o resultado do estudo Cybersecurity Readiness Index, ou Índice de Preparação para a Cibersegurança, o qual apontou que apenas 26% das organizações no País estão no nível maduro de preparação necessária para serem resilientes contra os atuais riscos de cibersegurança.
Nesse rol constam o setor Financeiro e a prática de Comércio Eletrônico, alvos sempre de ataques e, por sinal, os que mais investem em Segurança. “Apesar de estarmos 10% acima da média mundial, o resultado é alarmante, porque mostra o despreparo das empresas. O ideal seria termos um índice de 60% a 70%”, assinala Fernando Zamai, líder de Cibersegurança da Cisco do Brasil.
Investimentos em Segurança
Ao lado da constatação de que apenas 26% das empresas estão no estágio maduro, 40% das empresas no Brasil se enquadram nos estágios Iniciante (5%) ou Em formação (35%).
Esse cenário do estudo pode mudar nos próximos anos, de acordo com Zamai. A LGPD, que está obrigando as empresas a manterem seus Dados guardados sem violações, para não serem multadas pelo governo, além do medo de serem atacadas, deverão fomentar os investimentos em Segurança de Dados. Afinal, trata-se de gastos que garantirão a continuidade dos negócios.
O estudo apontou, ainda, que 76% das empresas esperam incidentes, o que comprova o receio das companhias com ataques cibernéticos.
Destaques do Cisco Connect 23
Um dos painéis principais abordou o “Brasil na vanguarda da transformação digital”, com temas como hiperconectividade e segurança, com a presença de Rachel Barger, vice-presidente sênior para Cisco Américas; Laércio Albuquerque, vice-presidente para Cisco América Latina, e Ricardo Mucci, presidente da Cisco Brasil.
Outro painel de destaque tratou da inovação no mundo digital-first, conduzido por Eric Knipp, vice-presidente de Engenharia de Sistemas para Cisco Américas. Estiveram também na programação o futuro do trabalho híbrido, segurança digital, observabilidade, automação de redes híbridas, nuvem híbrida e infraestrutura de redes.
foto: Ghassan Dreibi: diretor de Segurança da Cisco para a América Latina
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