A Microsoft Brasil anunciou a disponibilidade do HoloLens 2, seu dispositivo de Realidade Mista e de experiência imersiva, no mercado brasileiro. Com o anúncio, a empresa reforça seu posicionamento de investir em tecnologias apoiadas em Realidade Mista, que surgem para agregar em novos cenários de colaboração remota, permitindo que especialistas em todo o mundo trabalhem em conjunto em ambientes físicos e virtuais, reduzindo custos, flexibilidade e recursos para a indústria.
Na apresentação da ferramenta, a empresa detalhou, com exemplos práticos, como o dispositivo já está ajudando organizações a serem mais assertivas e eficientes em seus negócios em conjunto com funcionalidades do Dynamics 365 Mixed Reality, solução de negócios em Nuvem, que podem ser utilizadas com o equipamento. Dentre elas, o Dynamics 365 Remote Assist, que permite auditorias e inspeções remotas com o suporte de serviço de especialistas, possibilitando a realização de cirurgias, por exemplo, com recursos para auxiliar na precisão e eficiência necessárias para este tipo de procedimento, ou manutenção de equipamentos industriais à distância.
Com o Dynamics 365 Guides também é possível promover conhecimento interno ao compartilhar e utilizar-se de processos bem documentados ao mesmo tempo que se interage com um objeto físico. Assim, com os aplicativos do Dynamics 365 Mixed Reality, as companhias podem capacitar os funcionários a colaborarem entre si para a tomada de decisão mais precisa, aumentando a produtividade.
“Com essa novidade, reforçamos nosso posicionamento de trazer soluções inovadoras para ajudar os clientes no Brasil a fazer mais com menos. As possibilidades do uso da Realidade Mista com o HoloLens 2 são imensas e seguiremos investindo em tecnologias que possam contribuir para melhorar a vida das pessoas e ajudar as empresas a crescer com inovação, otimização e de maneira sustentável”, disse Marcondes Farias, diretor de Produtos de Dynamics 365 e Power Platform da Microsoft Brasil.
O dispositivo que chega ao Brasil já vem sendo usado por centros médicos em alguns países do mundo para fazer o planejamento de cirurgias ou para treinar médicos, cirurgiões e enfermeiros a distância, permitindo novas abordagens.
Uso na área da Saúde
Um exemplo prático da utilização do HoloLens 2 no País é o da PBSF (Protegendo Cérebros, Salvando Futuros, na sigla em inglês), organização formada por especialistas que vislumbra utilizar tecnologia e inteligência para prevenção de sequelas neurológicas em recém-nascidos. A PBSF irá utilizar o dispositivo da Microsoft para a avaliação de recém-nascidos que com alto risco de lesão cerebral permanente (como por exemplo crianças que apresentam asfixia perinatal, prematuras, com má formação do coração ou ainda outras lesões neurológicas). A empresa atende mais de 40 hospitais públicos e privados em todo território brasileiro.
De acordo com dados globais, por exemplo, nascem mais de um milhão de bebês com asfixia perinatal por ano, o que pode levar à morte do bebê ou deixar sequelas. No Brasil, segundo estimativas da PBSF, nascem de 20 a 30 mil crianças com essa condição anualmente. Porém, quando médico age a tempo, adotando o protocolo adequado para situações como essa, há mais chances de salvar vidas, minimizar ou até mesmo zerar as sequelas. Nos últimos anos, a instituição já atendeu mais de sete mil crianças, mas a meta é conseguir monitorar todos os casos de recém-nascidos com alto risco de lesão cerebral e zerar o número de mortes e sequelas neurológicas evitáveis.
Para isso, a empresa vê na utilização do HoloLens 2 no Brasil um importante aliado para seu objetivo. A partir de agora, o médico que faz o acompanhamento do recém-nascido vai utilizar o dispositivo da Microsoft para se conectar com os especialistas da PBSF, baseados em uma central de vigilância e inteligência, situada em São Paulo. A central oferece aos hospitais um monitoramento da atividade cerebral, educação longitudinal, promovendo homogeneidade de cuidado a bebês de alto risco. Em posse do HoloLens 2, os profissionais vão poder avaliar, conjuntamente, o diagnóstico e indicar se o bebê precisa de um tratamento específico e qual, aumentando a velocidade diagnóstica e a efetividade do tratamento.
O intuito é que o HoloLens empodere o profissional da UTI. “Os casos de asfixia cerebral precisam ser muito bem avaliados nas primeiras seis horas de vida do bebê para que possamos indicar o tratamento mais adequado. O dispositivo será fundamental para melhorar a qualidade do tratamento, pois ganhamos agilidade, fundamental para salvar a vida das crianças”, disse o Doutor Gabriel Variane, CEO e fundador da PBSF.
O primeiro hospital a utilizar o HoloLens 2 será a Santa Casa de São Paulo e o recurso será oferecido para as outras instituições de saúde parceiras da PBSF. “A solução vai nos ajudar a oferecer o melhor tratamento para o maior número de crianças, no Brasil e no mundo, incluindo em regiões mais afastadas ou de difícil acesso. Para nós, é fundamental que todas as crianças, sejam elas atendidas em hospitais públicos ou privados, tenham a chance de ser beneficiadas com o uso de tecnologia para uma assistência qualificada. O tempo de diagnóstico é crucial para que o tratamento dos bebês seja eficaz e, com a assistência remota do dispositivo de realidade mista, conseguiremos ganhar minutos ou horas valiosas. Em uma curta janela de oportunidade para evitar sequelas que poderiam durar a vida inteira, podemos dizer que Tempo é Cérebro!”, finalizou o médico.
Serviço
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