A Intel Brasil anunciou nesta quinta-feira, 2/3, mudanças organizacionais com o objetivo de estar mais próxima, melhor atender aos clientes e contribuir para a efetivação mais assertiva das estratégias regionais dos parceiros que atuam no Brasil e desejam o mercado latino-americano e vice-versa. Os ajustes na estrutura acontecem tendo em vista a diminuição no atendimento direto e aumento no apoio aos parceiros.
Claudia Muchaluat, presidente da Intel no Brasil desde o início de setembro do ano passado, quando substituiu Gisselle Lanza, que foi transferida para o comando da companhia na América Latina, detalha que a nova estrutura corporativa da Intel no País está dividida em quatro áreas macro: contas empresariais e governamentais, sob a responsabilidade de André Ribeiro; Marketing sob o comando de Carlos Buarque; Consumo com Juliana Hurtado e, Marcelo Montenegro, está com a batuta para a diretoria da área de Canais, Distribuição e Ecossistema.
Para ficar à frente do relacionamento da Intel Brasil com os Canais de vendas, parceiros nacionais e globais de software, integradores de sistemas e provedores de soluções, a companhia nomeou Marcelo Montenegro, no cargo de diretor de Canais, Distribuição e Ecossistema. Há 26 anos na companhia, o executivo que atuava como diretor de Negócios desde 2017, agora acumula ambas as funções. “Vamos otimizar o excelente trabalho que nossas equipes estão realizando junto aos parceiros locais e globais, proporcionando a melhor experiência para os Canais e desenvolver, cada vez mais, negócios em conjunto” afirma Montenegro.
Vale lembrar que entre suas atribuições está a manutenção e atualização do Intel Partner Alliance – IPA, programa de Canais da companhia.
Centrada em Dados
Dentro do escopo, há destaque para empresas de software e hardware que agregam soluções de IoT às soluções da Intel. “São mais de 100 soluções IoT com parceiros locais de tecnologia”, destaca Montenegro. Ele lembra a evolução da companhia, que partiu de um perfil de fabricante de hardware para uma fornecedora de soluções “centrada em Dados”. A Intel conta hoje com cerca de 20 mil engenheiros de software.
Uma tecnologia que foi bastante citada durante os anúncios foi Internet das Coisas – IoT, indicando provável atenção especial da Intel nessa área de atividade.
O Brasil e a Região têm seus trabalhos alinhados com as diretrizes globais, inclusive em termos de parcerias com marcas como Dell (com produção local), Positivo, Cisco e HP; SuperMicro, Real Cloud e Lenovo. A Intel, de acordo com os executivos, está homologando diversos parceiros com o perfil de ISV.
Há parceria com empresas que atuam diretamente nos setores de Governo, Corporativo e Usuários Finais – SMB. Para melhor atender aos clientes regionais, a Intel também operou mudanças organizacionais em toda a América Latina, tendo em vista a importância que o Brasil e os países de língua espanhola têm assumido no setor de tecnologia a nível global.
Mesmo sendo um dos dez maiores mercados para a corporação, o Brasil não figura nos planos como um potencial local para a instalação de uma fábrica; a Intel continuará com parcerias nessa atividade, como acontece para equipamentos sem fio e ATMs. Há planos, no entanto, de investir em pesquisa e desenvolvimento. “A Intel pretende entrar como apoiadora de Centros de Pesquisa em Inteligência Artificial no País”, afirma Claudia.
Fabricação Integrada de Dispositivos 2.0
Hoje, a Intel se baseia nos pilares: Computação Oblíqua, Conectividade, Infraestrutura da Nuvem à Borda, IA e Capacidade Sensorial e compõem a estratégia denominada IDM 2.0, ou fabricação integrada de dispositivos. Anunciada por Pat Gelsinger em março de 2021, ela resulta da combinação entre a rede interna de fábricas, capacidade de terceiros e a nova divisão Intel Foundry Services, que deve se tornar um dos maiores fornecedores de capacidade de fabricação nos Estados Unidos e na Europa para atendimento a clientes do mundo todo. Os executivos brasileiros, durante o anúncio da nova estrutura organizacional, reforçaram essa estratégia da Intel.
Eles destacaram, ainda, o supercomputador equipado com processadores Intel Xeon de quarta geração, fabricado pela Lenovo e que será usado para cálculos, entre outras operações e ficará no Centro de Computação do Serviço Meteorológico Nacional, da Argentina. De acordo com a Intel, ele será o 82º supercomputador mais potente do mundo, superando em 40 vezes o computador mais potente instalado hoje no país vizinho. Aberto a toda a comunidade científica e tecnológica daquele país, começará a funcionar entre abril e maio deste ano.
Fotos: Wanezza Soares.
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