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Cinco dicas para implementar o ESG na sua empresa

A agenda de ESG se tornará cada vez mais essencial conforme os anos se passam; o advogado Rubens Leite esclarece a importância de implementar a agenda nas empresas

Cinco dicas para implementar o ESG na sua empresa

A agenda ESG tem se destacado globalmente como uma pauta fundamental para as companhias. Para se ter ideia, um relatório da PwC revelou que 77% dos investidores pesquisados planejam, nos próximos dois anos, parar de comprar produtos que não sejam ESG. O posicionamento positivo em meio à sociedade e meio ambiente e a busca por práticas de sustentabilidade são muito relevantes para o sucesso dos negócios. A pressão da sociedade pela adoção das boas práticas relacionadas à agenda ESG cresce a cada dia, tanto dentro das corporações, como para os consumidores, investidores e colaboradores, stakeholders de médias e grandes empresas. Todos estão atentos à adoção das boas práticas relacionadas à agenda ESG.

De acordo com o advogado Rubens Leite, sócio-gestor da RGL Advogados, a tendência é que o ESG ganhe ainda mais espaço nos próximos meses. “As empresas estão enxergando cada vez mais a necessidade de se ter mecanismos de cumprimento, monitoramento e controle de ações sustentáveis, a fim de garantir a segurança e conscientização de todos os processos. As práticas de ESG devem ser vistas como cumprimento de obrigações e mitigação de riscos”, complementa o especialista.

O primeiro passo é pensar como essa empresa espera se posicionar diante dos temas urgentes de sustentabilidade, definindo a partir do seu propósito e do legado que ela espera deixar

Abaixo, o Rubens lista cinco dicas para implantar o ESG na sua empresa. Confira:

 Comece com a estratégia organizacional:
“O primeiro passo é pensar como essa empresa espera se posicionar diante dos temas urgentes de sustentabilidade, definindo a partir do seu propósito e do legado que ela espera deixar. É preciso saber qual é o impacto que a sua empresa tem nos pontos de sustentabilidade, governança, tecnologia e ações sociais para tomar atitudes efetivas para diminuir eles”, aconselha Rubens.

Um novo olhar empresarial, garantindo o impacto positivo nas pessoas e meio ambiente através de suas ações e operações.

 Priorize sua agenda ESG:
É preciso garantir os projetos que são urgentes e quais são importantes e abrir mão de alguns pontos que não façam sentido. “Persiga os objetivos sustentáveis, como os estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) que compõem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030. Entre eles estão acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável e saneamento, energia acessível e limpa, trabalho decente e crescimento econômico, entre outros”, sugere Rubens.

Para se ter uma ideia, a quantidade de pessoas físicas negociando ações na B3 saltou de aproximadamente 700 mil CPFs em 2018 para 4,3 milhões em março de 2022, um crescimento de 514%. Boa parte desses novos investidores pertence à geração mais jovem, como indica um levantamento realizado pela própria B3. Há um grande potencial da parte desses investidores para mobilizar as empresas a assumir compromissos ligados à pauta ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança).

Saiba onde está e onde quer chegar:
Estabeleça comitês e políticas para que toda a organização esteja preparada para adotar as ações. “É preciso dar a visibilidade e transparência de como estamos e para onde vamos. Por exemplo, implementar e divulgar as ações sustentáveis realizadas, mostrar que a governança está alinhada com as campanhas dentro da empresa e trazer discussões envolvendo ESG, para que ganhem relevância com o tempo e que tanto investidores, como clientes, consumidores e colaboradores, possam acompanhar mais de perto a atuação das empresas selecionadas para suas carteiras”, explica Rubens.

Adote uma uma cultura governamental:
Uma das formas de implementar uma empresa alinhada com propósitos e que tenha equilíbrio para que prossigam sustentáveis, é adotar um sistema de Compliance, e por meio da contratação de uma consultoria especializada para que ela possa realizar um diagnóstico interno, uma análise de risco das informações ali prestadas e possa também garantir que se construa uma série de regramentos que vão permitir, por exemplo, que haja um código de conduta, políticas essenciais, Canais de denúncias, comunicação, etc.

“As empresas que possuem um sistema de Compliance sólido, acabam por garantir monitoramento e controle sobre os processos internos, gerando segurança e estabilidade, bem como, de forma mais macro, a valorização da marca. Isso demonstra transparência e credibilidade para o mercado externo, então esses são alguns dos principais benefícios que o programa de Compliance traz”, finaliza Rubens Leite, advogado e sócio-gestor do RGL Advogados.

Incentive o conhecimento entre a equipe:
Traga para a cultura da empresa todas as medidas de governança ambiental, social e corporativa adotadas pela empresa. A falta de profissionais qualificados é um dos principais entraves para a implementação da agenda ESG nas empresas, segundo pesquisa realizada com executivos e gestores pela Trevisan Escola de Negócio.

“ESG se torna eficiente quando tudo é trabalhado em conjunto, é sempre necessário atuar com governanças estabelecidas, projetos sociais e cuidados ambientais. A política da empresa quando alinhada com a agenda traz benefícios tanto positivos para o ambiente corporativo como financeiros”, conclui Rubens.

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