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Como e por que proteger o seu e-commerce de ataques cibernéticos

O conceito de cibersegurança consiste nas boas práticas para proteger sistemas críticos e informações confidenciais de ataques digitais. Essas medidas são projetadas para combater ameaças contra sistemas e aplicativos em rede, sejam essas ameaças originadas de dentro ou de fora de uma organização. Uma estratégia forte de segurança cibernética tem camadas de proteção para se defender contra crimes cibernéticos, incluindo ataques que tentam acessar, alterar ou destruir Dados; extorquir dinheiro de usuários ou da empresa; ou visam interromper a normalidade das operações comerciais.

Em razão do crescente volume e a sofisticação das ameaças cibernéticas, a cibersegurança tem ganhado holofotes no ambiente empresarial. Um recente estudo conduzido pela empresa americana Fortinet constatou um aumento expressivo do número de ataques cibernéticos no Brasil; apenas no primeiro semestre de 2022 foram registradas 31,5 bilhões de tentativas de ataques maliciosos a empresas brasileiras – uma alta de 94%, comparando os números ao mesmo período do ano anterior.

Entre os setores mais visados pela ação dos hackers está o e-commerce, uma vez que esse tipo de negócio armazena em seus websites informações financeiras dos clientes. Estando mais suscetíveis aos ataques, as empresas desse setor se movimentam para garantir a segurança dos negócios no ambiente virtual.

Construindo uma estrutura de segurança cibernética
Hoje, as empresas estão conectadas como nunca antes. Seus sistemas, usuários e Dados vivem e operam em ambientes diferentes. A segurança baseada em perímetro não é mais adequada, mas a implementação de controles de segurança em cada ambiente cria complexidade. O resultado, em ambos os casos, é uma proteção degradada para seus ativos mais importantes. Nesse sentido, muitos e-commerces têm adotado o modelo “confiança zero”. Uma estratégia de confiança zero pressupõe comprometimento e configura controles para validar cada usuário, dispositivo e conexão na empresa quanto à autenticidade e finalidade. Para ter sucesso na execução de uma estratégia de confiança zero, as organizações precisam de uma maneira de combinar informações de segurança para gerar o contexto que informa e reforça os controles de validação.

Os conceitos de Compliance e segurança cibernética são frequentemente usados de forma intercambiável – e, de certa forma, estão relacionados. Mas há algumas diferenças importantes. O Compliance se refere à capacidade de atender a um conjunto específico de padrões estabelecidos pelos órgãos do governo e o não cumprimento das normas pode acarretar penalidades à organização. Mas atender a esses padrões de conformidade não significa necessariamente que o comércio eletrônico esteja totalmente seguro. É possível que um empresário do setor de e-commerce acredite que seu negócio está protegido apenas por preencher todos os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Porém, o fato é que estar em conformidade com as determinações legais não é garantia de proteção contra ataques maliciosos.

A Black Friday, definitivamente, é o evento mais importante para as empresas de comércio eletrônico em todo o mundo. Em termos de volume de vendas, a Black Friday reserva uma ótima oportunidade para impulsionar o faturamento da empresa. Mas, é inegável que, em virtude do aumento e sofisticação dos ataques cibernéticos, a proteção dos consumidores virou uma prioridade. Nessa data, os golpes mais comuns envolvem o phishing e o malware. Para assegurar uma Black Friday de sucesso e evitar prejuízos financeiros e de imagem, as empresas de e-commerce precisam contar com uma forte estratégia de segurança cibernética.

Para se proteger dos crimes cibernéticos, é fundamental garantir que somente pessoas autorizadas tenham acesso a determinados Dados, além de usar o Trusted Platform Module (TPM), processador criptográfico utilizado em placas-mãe para ajudar a aumentar a segurança do sistema operacional. Também é importante usar criptografia para transmitir informações importantes, ter um antivírus adequado, criar senhas fortes, não abrir anexos e nem clicar em links enviados por desconhecidos, não fornecer informações pessoais e financeiras por e-mail, bem como evitar usar redes Wi-Fi não seguras e em locais públicos.

Em conclusão, ressalto que a cibersegurança é um assunto de extrema importância no contexto atual do cenário corporativo, pautado pelo alto volume de dados transacionados no ambiente virtual pelas empresas. As ameaças cibernéticas constituem um perigo real não só para as empresas, mas para a sociedade como um todo. A Internet precisa ser um lugar seguro para as pessoas. Portanto, reforço o fato de que o investimento em segurança cibernética é uma condição essencial para o futuro dos negócios.

Por Stallin Silva, CEO da Stoom.

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