Três vantagens dos cobots para a indústria metalmecânica

Robôs colaborativos estão ganhando cada vez mais força no cenário industrial mundial, tonando-se parceiros de diversos colaboradores, inclusive da indústria metalmecânica. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, em junho deste ano, o setor industrial brasileiro de máquinas e equipamentos, teve receita líquida de R$ 26.870,18 milhões. Neste cenário, a tendência é que o segmento metalmecânico cresça, principalmente se houver uma adesão cada vez mais rápida dos cobots.

O machine tending, ou seja, a alimentação de máquinas – carga e descarga, é um dos processos essenciais do segmento metalmecânico e com a automação robótica colaborativa é possível obter melhores resultados que impactem positivamente toda a produção. Pensando nisso, Bruno Zabeu, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa produtora de braços robóticos industriais colaborativos, listou três vantagens do uso de cobots para a alimentação de máquinas neste setor.

Aumento da produtividade
Os robôs colaborativos podem realizar diversas partes de alimentação CNC (comando numérico computadorizado), como fechamento de portas, ativação de máquinas, inserção de materiais, remoção de peças finalizadas, entre outros. Com estes, a alimentação pode ocorrer de maneira ininterrupta, permitindo que os trabalhadores exerçam funções mais estratégicas.

“Robôs industriais colaborativos operam hoje, praticamente sem erros e de forma efetiva, podendo gerar resultados 24 horas por dia. Assim, é possível automatizar atividades repetitivas e pequenas que são cansativas para soldadores ou operadores de máquinas, por exemplo, levando estes para outras áreas da linha de produção. Os resultados são funcionários mais satisfeitos e maior eficiência operacional”, explica o gerente de Desenvolvimento de Negócios.

Mais segurança
Os cobots possuem sistemas de segurança, e Zabeu informa que por isso, podem trabalhar lado a lado dos colaboradores. Estes permitem a retirada dos profissionais que ficam perto de máquinas pesadas como CNC, e assim, contribuem para que não aconteçam acidentes e lesões também relacionadas à ergonomia.

“Hoje já há tecnologias modernas em que braços robóticos ao entrarem em contato com um ser humano, limitam a força ou podem ser programados para operarem em modo reduzido quando uma pessoa entra na área de trabalho onde estão, voltando à velocidade máxima quando o operador sai do local. Assim, este tipo de inovação é o caminho para mais conforto e segurança dos profissionais”, diz.

Flexibilidade e fácil instalação
Atualmente, já existem robôs colaborativos que podem ser facilmente instalados e reprogramados caso aconteçam mudanças nos fluxos de trabalho. Assim é possível inserir dados sem a necessidade de programação adicional. “Braços robóticos que se movem facilmente se adequam às diferentes atividades trazendo mais agilidade para as indústrias, principalmente para aquelas que oferecem diferentes tipos de peças e serviços. A possibilidade de integração com várias tecnologias também contribui para a otimização de processos”, afirma o gerente.

Independentemente do tamanho de determinada indústria do setor metalmecânica e da necessidade de alimentação das máquinas, os cobots são capazes de trazer benefícios que geram procedimentos melhores, maior lucratividade e retorno após pouco tempo de instalação.