A SAP Brasil vem se destacando entre as demais subsidiárias da multinacional alemã. Uma prova disso foi o investimento de R$ 120 milhões na terceira fase de expansão de seu laboratório de pesquisa e desenvolvimento na América Latina, o SAP Labs Latin America, que fica em São Leopoldo (RS), no campus da Unisinos. Este ano, São Paulo também foi sede do grande evento da companhia, o SAP Sapphire. Tudo isso sob o comando de Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil. Nesta entrevista, a executiva faz um balanço do ano e as perspectivas para 2023 para a companhia e para o ecossistema de canal.
Poderia fazer um balanço de como foi o ano de 2022 para a SAP e as principais conquistas da companhia?
Este foi um ano muito especial para a SAP no mundo e no Brasil, completamos 50 anos de existência, dos quais 27 no Brasil, e tivemos uma série de celebrações pelo mundo. Este ano, inauguramos a terceira fase do nosso laboratório de pesquisa e desenvolvimento, o SAP Labs Latin America, em São Leopoldo (RS), um investimento muito significativo da nossa matriz no Brasil, que é um reconhecimento do potencial do País. Estamos indo para uma terceira fase desse laboratório, que tem quase 2 mil colaboradores, entre desenvolvedores e analistas de suporte. É muito interessante termos um hub de inovação na região, que fica dentro de uma universidade (Unisinos), um ambiente muito diverso, com muita conexão com startups. Estamos expandindo, é um laboratório para a América Latina. Esta foi uma das maiores conquistas que tivemos este ano.
Há outros destaques?
Outra conquista foi termos recebido pela primeira vez no Brasil o nosso grande evento SAP Sapphire (9/9), que tradicionalmente ocorre nos EUA, em que lançamos tendências e mostramos os casos de sucesso. Pela primeira vez a SAP decidiu sair em um tour global e escolheu oito localidades no mundo, e São Paulo foi uma das escolhidas. Foi realizado na Bienal de São Paulo, com cerca de 2 mil participantes, onde discutimos arte e tecnologia. Tivemos a presença do Cirque du Soleil, que é um cliente SAP, que foi conosco para a Nuvem e tem feito uma série de transformações com as nossas tecnologias. Além de se apresentarem, foi uma performance maravilhosa, eles contaram a história sobre a nossa parceria. Isso foi uma das coisas bacanas que tivemos no Sapphire, um evento em que tivemos mais de 60 empresas trazendo suas experiências. Mais do que a SAP contar essas histórias de transformação, tivemos os testemunhos das próprias empresas de como estão se tornando mais inteligentes e sustentáveis.
Como foi 2022 em termos de negócios?
Em termos de negócios também foi um ano muito bom. Nos earnings (relatórios de resultados) da SAP global, nos três trimestres até agora, a SAP Brasil foi citada como uma das operações de destaque de crescimento em Cloud. Não divulgamos números localmente, mas podemos revelar que no cenário global, o Brasil vem sendo destaque como uma unidade com maior crescimento em Cloud. Então, o ano foi muito positivo para nós em termos de negócios.
Quais são os principais desafios para o próximo ano?
Para 2023, os desafios serão grandes por conta das dificuldades macroeconômicas globais, que é uma realidade. Por outro lado, as empresas se apoiam na tecnologia para buscar eficiência operacional. Isso foi uma verdade durante a pandemia, que acelerou a Transformação Digital, pois as empresas precisaram achar caminhos para lidar com aquela situação. O que estamos percebendo é que essa agenda não volta para trás, pelo contrário, as empresas continuam buscando eficiência operacional, que é uma agenda prioritária para empresas de todos os tamanhos. O tema de segurança também é fundamental, as empresas estão muito preocupadas com cybersecurity e elas encontram nas nossas soluções de Cloud uma resposta para essa pauta de segurança e também de sustentabilidade.
Como a SAP pode ajudar na agenda de sustentabilidade?
Mais e mais empresas estão saindo da vontade para a ação na agenda de sustentabilidade. Fizemos uma pesquisa este ano com mais de 400 executivos C-levels da América Latina, para perguntar sobre essa agenda de sustentabilidade. Dois números chamam a atenção: mais de 70% dos executivos estão olhando para isso, já com uma agenda estratégica de ESG, porém, mais de 50% deles têm dificuldade em sair da inércia. A nossa visão é que você não consegue fazer a gestão daquilo que não se mede. Os sistemas da SAP podem ajudar na gestão da agenda de sustentabilidade. Temos, por exemplo, softwares que ajudam a medir e a gerenciar a pegada de carbono. Trabalhamos com os provedores de Nuvem que usam 100% de energia limpa e renovável. Também temo soluções para endereçar eficiência hídrica e energética. Temos pensado e desenvolvido software que ajudam na gestão da sustentabilidade.
Qual a importância dos parceiros de canal para a SAP?
A SAP é uma empresa de ecossistema, no Brasil temos mais de 400 parceiros, esse é o nosso modelo. Focamos muito no desenvolvimento da solução, a nossa área de serviços é cada vez mais direcionada para a adoção da solução, porque a gente aposta no poder, conhecimento e experiência do nosso ecossistema para fazer toda parte de serviço e entrega. Fazemos uma grande aposta no ecossistema, que nunca esteve tão forte, já que fazemos grandes investimentos em programas de capacitação. A minha mensagem para os nossos parceiros é afirmar que eles realmente são parte fundamental da nossa estratégia. Somente com eles temos capilaridade e podemos estar no dia a dia de todos os nossos clientes.
Os parceiros de canal podem esperar novidades para o próximo ano?
O aprimoramento do programa de canais é uma constante na SAP, que está sempre evoluindo, estamos sempre ouvindo os nossos parceiros. Este ano voltamos a ter um grande evento para os parceiros de destaque, que aconteceu na Cidade do México com parceiros de toda a América Latina. Eu estive lá, até como uma demonstração para os nossos parceiros locais da importância que eles têm em nossa estratégia no Brasil. O nosso programa de canais está sempre em evolução, trazendo novidades, e dentro da SAP temos trazido cada vez mais recursos para cuidar deles.
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