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Plataformas low-code devem representar 75% dos softwares até 2024

Uma pesquisa realizada pela Forrester Research estima que as plataformas low-code representarão 75% do total de softwares desenvolvidos até 2024 em todo o mundo. Até 2030, o modelo de desenvolvimento de baixo código deve crescer a um CAGR (crescimento composto anual) de 31,3% em nível global. A informação é da pesquisa Low-code Development Platform Market Research Report – Global Industry Analysis, Trends and Growth Forecast to 2030, da Research and Markets, que apontou o começo desse aumento na pandemia de covid-19.

Ainda de acordo com o relatório, se essas tecnologias que buscam a utilização de menos ou nenhum código no desenvolvimento de produtos e serviços tinham um valor de mercado de US$ 12,5 milhões em 2020, a expectativa é que, em 2030, o montante chegue a US$ 190 milhões.

Com o isolamento social nos anos de pico da transmissão, empresas dos mais variados setores tiveram que investir em tecnologia para atenderem a demandas online, suportarem equipes em home office etc. Com isso, soluções digitais mais fáceis de serem aplicadas ganharam espaço, e o cenário impulsionou a adesão dos softwares com aplicações com pouco ou nenhum conhecimento de linguagem de programação.

Essa proposta de aceleração digital permite que as empresas construam apps, automações de processos, aplicações e novas funcionalidades para os sistemas que utilizam (ERP, CRM etc), sem que haja dentro delas pessoas com conhecimento em HTML, Java, CSS e outras linguagens específicas.

Mesmo a composição de aplicativos, considerada uma missão complexa, torna-se mais intuitiva graças à tecnologia disponível, que requer pouco ou nenhum conhecimento de codificação.

A ferramenta low-code é uma das mais sofisticadas quando se fala em abstração, ou seja, traz blocos prontos e padronizados para serem encaixados em infinitas possibilidades de aplicações. A revolução do low-code trouxe uma nova realidade. O desenvolvimento do que era até então visto como complicado vem se tornando acessível por meio de modelos pré-construídos e soluções de “arrasta e solta”. Como resultado, quem vem utilizando as plataformas de baixo código reduz custos e tempo – metas almejadas por todo o universo corporativo nos tempos atuais.

Outro destaque do low-code é a possibilidade de personalização, permitindo que o resultado fique de acordo com cada necessidade individual, atendendo a gargalos de projetos em nível particular com infinitas possibilidades de soluções. Esse modelo abre espaço para que o setor de TI possa explorar as alternativas para criar um aplicativo ou software que seja específico para seus diferenciais ou serviços oferecidos.

A popularização crescente desses formatos acelera as jornadas de Transformação Digital por meio da gestão de serviços e combinação de processos de negócios, acelerando a modernização e agilidade das empresas. Nesse cenário, muitos podem pensar que existe a possibilidade de findar a atuação do programador ou desenvolvedor, mas o processo é justamente o contrário. A facilitação dos códigos ressignificou a profissão e colocou esses atores em um patamar ainda mais estratégico na sociedade e nas empresas. O profissional ainda é peça-chave na criação dessas plataformas simplificadas, pensando e dando vida a opções criativas e inovadoras todos os dias.

Na prática, os programadores e especialistas em TI serão os maiores beneficiados com o uso das práticas low-code, visto que ganharão tempo e eficiência para desenvolverem sistemas, dashboards, automatizarem fluxos de trabalho, entre outras soluções interativas e necessárias para o ambiente corporativo e o core business. Enquanto isso, com a redução da dependência desses profissionais, colaboradores de outras áreas podem aplicar as criações em seus projetos e sistemas diários. Além de trazer um número maior de pessoas para o universo da tecnologia, o low-code proporciona liberdade e inovação para os mais diversos segmentos de mercado. Em breve, isso será o novo normal.

Por Tiago Farias, co-CEO da TrueChange.

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