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Pesquisa global da Dell Technologies mostra funcionários esgotados

Segundo o estudo, 30% disseram que se sentem esgotados; 53% admitiram que nem sempre se sentem motivados; e 51% relataram um desequilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho

Pesquisa global da Dell Technologies mostra funcionários esgotados

A Dell Technologies divulgou as descobertas de seu estudo global Breakthrough (avanço), que contou com 10 mil participantes, dos quais 400 no Brasil, de 40 países e 14 segmentos da indústria. O objetivo foi investigar os desafios da Transformação Digital pelas empresas para a sua força de trabalho.

Após dois anos de Transformação Digital acelerada pela pandemia, 9 entre 10 líderes de negócios do Brasil (91%) consideram seus colaboradores como seu maior ativo, e 43,5% disseram que sua organização sabe o que é necessário para fazer a transformação. Por outro lado, 68,8% acreditam que suas organizações subestimam como interagir com seus funcionários adequadamente durante o planejamento de programas de transformação.

“O objetivo deste estudo foi entender os impactos e os desdobramentos que essa velocidade, essa aceleração em gerar dados, está causando nas empresas e nas pessoas, e o que podemos fazer para melhorar isso”, disse Diego Puerta, presidente da Dell Technologies no Brasil. “A pandemia acelerou este cenário ainda mais, gerando de forma desestruturada um grande volume de dados. Quem soube se alavancar na tecnologia durante a pandemia se saiu muito melhor nesse período. Mas não é pelo fato de a empresa ter ido bem, ter tido um bom plano, que ela não tem desafios e esses foram o objeto da pesquisa”, explicou.

Os resultados do recorte brasileiro destacam como o período recente de rápida transformação está deixando empresas e sua força de trabalho com a necessidade de tempo para recarregar, refletir e refinar antes de embarcar em novos projetos ou repeti-los. Apesar do grande progresso e dos esforços nos últimos anos, a pesquisa destaca como ainda há uma possibilidade de a transformação estagnar, pois:

– 63% dos participantes ouvidos no País acreditam que a resistência de seus funcionários à mudança possa levar ao fracasso.

– 45% dizem que ainda têm a preocupação de poder ficar para trás devido à falta de visão/autoridade sênior para agora aproveitar a oportunidade na sua frente.

Segundo Puerta, o estudo demonstrou que embora haja uma compreensão da importância do fator humano na jornada de Transformação Digital das empresas, especialmente durante a pandemia, ainda carece uma percepção mais apurada por parte dos tomadores de decisão sobre o que os seus profissionais realmente precisam e sentem. “O fato é que todo mundo está cansado da enxurrada de informações, de fazer tudo de casa, isso trouxe uma sobrecarga ao time, às pessoas. Com a pandemia, o trabalho invadiu as nossas casas sem pedir licença”, disse o executivo.

Segundo o estudo, 30% disseram que se sentem esgotados; 53% admitiram que nem sempre se sentem motivados; e 51% relataram um desequilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.

“Nós entendemos que há uma distinção muito grande entre uma empresa afirmar ser inovadora para os seus consumidores, mas, por outro lado, não garantir um ambiente de inovação para os seus próprios times”, afirmou Puerta. “Embora as empresas não possam se transformar sem a tecnologia certa, essa tecnologia ainda precisa ser gerenciada por pessoas e, mais importante, elas precisam ser trazidas para a jornada. O estudo Breakthrough mostra a importância crítica de valorizar as pessoas ao executar planos de modernização, e garantir que elas se sintam capacitadas e apoiadas para tentar, falhar e aprender, a fim de mover-se ao que chamamos de inovação”, observou.

A pesquisa ainda conclui que agora é o momento ideal para que as organizações façam um balanço antes de embarcar em novos projetos de Transformação Digital, engajando sua força de trabalho no processo e garantindo que ela tenha apoio e clareza em relação à próxima etapa de implementação.

Perfil da força de trabalho

A Dell e especialistas em comportamento independentes estudaram o desejo dos participantes da pesquisa pela mudança digital e descobriram que apenas 20% da força de trabalho do Brasil, que vai de líderes de negócios sêniores a equipes e tomadores de decisões de TI, estão buscando projetos de modernização. Além disso, quase um terço dos participantes (Brasil: 30%) estão lentos ou relutantes a adotar mudanças.

Atualmente, a força de trabalho do Brasil, segundo identificado na pesquisa, é formada por:

Acelerados (19%): buscarão inovação e serão pioneiros em mudanças tecnológicas;

Estáveis (48,5%): prontos para adotar mudanças tecnológicas, selecionadas por outros;

Lentos (29,3%): Inclinados a se conter e observar/deliberar. 29,3%; e

Parados (2,5%): tendem a antecipar problemas e resistir a inovações tecnológicas propostas com base em riscos percebidos.

Caminhos a seguir

O estudo projeta um caminho à frente, indicando oportunidades para que as empresas se concentrem e acompanhem a transformação com avanços no cruzamento de pessoas e tecnologia em três fronteiras:

Conectividade

As empresas realizaram grandes feitos para conectar, colaborar e conduzir negócios online durante a pandemia. Mas eles ainda não estão acabados.

Mais de três quartos (76,3%) dos participantes brasileiros disseram que precisam que suas organizações forneçam a infraestrutura e as ferramentas necessárias para poder trabalhar em qualquer lugar (além da autonomia de escolher seu padrão de trabalho de preferência). Esse resultado mostra que as organizações têm a preocupação de que seus funcionários possam ficar para trás porque não têm a tecnologia certa para mudar para um modelo altamente distribuído, no qual trabalho e computação não estão vinculados a um local central, mas ocorrem em todos os lugares.

A tecnologia em si não é suficiente. As empresas também precisam tornar o trabalho igualitário para pessoas com diferentes necessidades, interesses e responsabilidades, incluindo os 85% dos participantes brasileiros que gostariam que sua organização tomasse alguma das seguintes medidas:

– Definir claramente o compromisso contínuo da organização com acordos de trabalho flexível e as questões práticas para fazer com que isso funcione

– Capacitar líderes para gerenciar equipes remotas de maneira eficiente e igualitária

– Habilitar funcionários para escolher seu padrão de trabalho de preferência e fornecer as ferramentas/infraestrutura necessárias

Produtividade

O tempo das pessoas é limitado, e existe uma quantidade menor de candidatos qualificados em comparação ao número de vagas abertas no mercado. Para lidar com essas demandas, as empresas podem delegar tarefas repetitivas a processos automatizados e liberar as pessoas para se concentrarem em trabalhos enriquecedores e de maior valor.

Atualmente, menos da metade (41%) dos brasileiros dizem que seu trabalho é estimulante e não repetitivo. Com a oportunidade de automatizar tarefas mais repetitivas, 77,3% dos profissionais do País gostariam de aprender novas tecnologias e habilidades muito procuradas, como habilidades de liderança, cursos em Machine Learning ou se concentrar em oportunidades mais estratégicas para promover sua função.

Empatia

Na sua essência, as empresas devem construir uma cultura com base no exemplo de líderes empáticos, que tratam as pessoas como sua maior fonte de criatividade e valor.

A pesquisa mostra que ainda há muito trabalho a ser feito, e que a empatia deve embasar a tomada de decisões – desde simplificar a tecnologia para metade (48,8%) dos participantes brasileiros que, muitas vezes, se sentem apreensivos com tecnologias complexas, a adaptar programas de mudança de acordo com as habilidades das pessoas (47% dos funcionários acreditam que seus líderes já façam isso) no Brasil.

Serviço
www.dell.com

 

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