Dispositivos wearable — a tecnologia vestível — como smartwatches, que oferecem aplicativos de saúde, monitoramento e coleta de Dados médicos em tempo real, monitores de Eletrocardiógrafo (ECG) e de pressão arterial e biossensores – serão cada vez mais aplicados em tratamentos médicos e acompanhamento de pacientes com a implantação completa do 5G. Isto porque, a nova rede móvel garante uma cobertura mais ampla e eficiente, possibilitando maior volume de transferências de Dados em menos tempo e um número significativamente superior de conexões simultâneas, favorecendo a integração de dispositivos IoT (Internet of Things) e IoMT (Internet of Medical Things).
A constatação é do especialista em tecnologia em Nuvem, Wagner Andrade, CEO da dataRain, uma das parceiras da empresa global de Computação em Nuvem, Amazon Web Services (AWS) para a saúde no Brasil. Segundo o executivo, essas possibilidades de uso vão se multiplicar à medida que os ganhos de escala tornarem estes dispositivos cada vez mais acessíveis, portáteis e poderosos. “Os smartwatches estão deixando de ser um artigo de luxo e se tornando um poderoso aliado para monitorar e rastrear os indicadores básicos de saúde, bem como os níveis de condicionamento físico. Os Dados personalizados que esses dispositivos oferecem permitem que as pessoas assumam o controle e melhorem sua saúde e bem-estar geral, o que é importante, tanto para o acompanhamento médico, quanto para indicar a necessidade de tratamento”, diz Andrade.
Para o executivo, que participou do Inspirit 2022 evento que reuniu os principais executivos do setor de saúde do Brasil no início do mês, cada vez mais dispositivos devem ser criados, impulsionados pela alta conectividade do 5G. “De aplicativos de rastreamento de fitness e smartwatches, às roupas inteligentes, o mercado de tecnologia vestível está crescendo e cada vez mais wearables estão sendo inventados”, ressalta ele, lembrando que a previsão é que este mercado dobre de tamanho até 2026.
O executivo lembra que a Internet das Coisas Médicas (IoMT), um conjunto de dispositivos e aplicativos de saúde conectados e integrados, quando vinculados a plataformas de nuvem possibilitam que os dados capturados sejam armazenados e analisados. Com isso, há a possibilidade do monitoramento remoto de pacientes com doenças crônicas ou de longo prazo. “Podemos dizer que o 5G trará mobilidade e monitoramento em tempo real, expandindo significativamente os usos da telemedicina, muito além dos limites hoje existentes. Além das teleconsultas e teleconferências de apoio a diagnóstico com especialistas, teremos a possibilidade de acompanhar os indicadores clínicos em tempo real”, finalizou.
A dataRain tem experiência em projetos relevantes de telemedicina e interoperabilidade, realizados em parceria com organizações como o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospitais Sancta Maggiore, Hospital Santa Marcelina, Hospital Santa Cruz, SIVOE, Hospitais HCLOE e a Secretaria de Saúde de São Paulo. Atualmente a consultoria está envolvida em projetos de Infraestrutura de Nuvem, suportando os principais sistemas de missão crítica de hospitais, clínicas e laboratórios, com soluções de Big Data para sequenciamento genômico, pesquisas, processamento e armazenamento em nuvem de imagens médicas digitais, entre outras soluções.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo