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Estudo da F5 mostra bancos retornando aplicações da Nuvem pública para Data Centers privados

Segundo o relatório, houve um aumento de 168% no número de instituições que estão repatriando ou planejam mover suas aplicações da Nuvem pública para a Nuvem privada

Estudo da F5 mostra bancos retornando aplicações da Nuvem pública para Data Centers privados

A F5, provedora de soluções que garantem a segurança e a entrega de aplicações de negócios, anunciou as descobertas do estudo State of Application Strategy Finances Edition 2022. Esse relatório foi construído a partir de entrevistas realizadas no primeiro semestre de 2022 com 131 CIOs e CISOs de organizações financeiras globais, incluindo 16 líderes de instituições da América Latina. Os entrevistados trabalham em bancos, corretoras de valores e seguradoras com equipes que variam de 1 mil a 10 mil colaboradores. Os tomadores de decisões de algumas das principais organizações de finanças do mundo foram ouvidos para este estudo.

Para Roberto Ricossa, vice-presidente da F5 para a América Latina, uma das descobertas mais impactantes desse estudo é o crescimento, entre 2021 e 2022, de 168% no número de instituições que já estão repatriando ou planejam mover suas aplicações da Nuvem pública para a Nuvem privada. Enquanto em 2021 somente 29% dos entrevistados afirmaram estar fazendo a repatriação de aplicativos ou planejarem essa ação, em 2022 75% do universo pesquisado está realizando essa operação.

O executivo explicou que a F5 tem uma área chamada F5 Labs, que sempre faz estudos para entender as situações que vão ocorrendo nas diferentes áreas de diferentes mercados. O estudo mais recente procurou quais são as tendências que os clientes do setor financeiro, um dos mais importantes para a F5, estão implementando. “A pandemia acelerou a necessidade de as empresas promoverem uma Transformação Digital, um planejamento que estava previsto para três ou quatro anos. Se as empresas não se digitalizassem agora, elas iriam morrer”, disse Ricossa. “O coração da empresa hoje é a aplicação, independentemente se é um banco, varejo ou governo. Eles foram para a Nuvem pública e depois do segundo ano de implementação, muitos viram que os custos e a segurança não eram tão claros como se pensava originalmente, era um hype, uma moda, e gora estão regressando para o Data Center local ou Nuvem privada. Vejo como o movimento de um pêndulo”, comparou.

Segundo o relatório, esse quadro pode ser resultado da forte adoção da estratégia de “Lift and Shift” de aplicações legadas para a Nuvem, sem passar pela fase de transformação dessas plataformas em aplicações modernas. Tanto que 40% dos entrevistados disseram realizar “Lift and Shift” para a Nuvem de suas plataformas de negócios. “A pandemia acelerou na América Latina – especialmente no Brasil, no México e na Colômbia – a tendência de migrar aplicações para a Nuvem pública. Acontece, agora, um movimento pendular, com os gestores buscando um ponto de equilíbrio entre as Nuvens pública e privada”, analisa Ricossa.

Repatriação de aplicações e oportunidades

A decisão de repatriar aplicações costuma ser baseada em quatro preocupações. “Os líderes das organizações financeiras desejam ter mais clareza sobre os custos, o controle, a flexibilidade e a segurança dos ambientes Multinuvem que estão adotando”, diz Ricossa. O desafio é identificar que dados e aplicações devem seguir sendo processados na Nuvem privada e que plataformas funcionariam melhor na Nuvem pública. “Um ponto crítico para os gestores é imprimir à Nuvem híbrida os mesmos controles de cibersegurança de seus ambientes on-premises”, observa.

“Há dois anos já estávamos falando para bancos grandes, que decidiram migrar para a Nuvem pública, que eles iriam regressar, pelo menos em parte. E é isso o que estamos vendo. Para algumas empresas foi uma surpresa, não esperavam ter esses custos de implementação e de segurança na Nuvem. No primeiro ano foi tudo bem, estavam empolgados para implementar, mas a partir do segundo ano começaram a se assustar com os custos, pois a pandemia trouxe um aumento no consumo de aplicativos e as empresas não haviam previsto esse custo”, explica Ricossa.

Segundo o executivo, a pesquisa mostra oportunidades importantes para os parceiros de canal, principalmente no apoio aos clientes para ter soluções de implementação em Nuvens híbridas. “Os parceiros precisam entender as capacidades dos clientes, nem todos vão ter tudo no Data Center privado e nem todos vão totalmente para a Nuvem pública. Eles vão querer soluções híbridas e os parceiros devem oferecer as soluções de acordo com as necessidades de cada cliente. A principal oportunidade é se tornar um consultor de como migrar para a Nuvem em um ritmo que o cliente precisa, e não simplesmente seguir uma moda”, salienta.

Outra grande oportunidade é em segurança cibernética em geral e aplicativos. “Aqui também com o papel de consultor, não é indicar um firewall, um antivírus ou outro componente, isso é como prescrever uma aspirina e não propor um tratamento”, compara Ricossa. “Também são oportunidades as novas tecnologias em Inteligência Artificial, que estão fazendo uma grande diferença. Os clientes estão usando diferentes aplicativos em diferentes dispositivos e em vários lugares e horários, e tem de haver uma maneira de diferenciar quando um aplicativo está recebendo muito tráfego, o que é real e quando são bots (robôs), o que vem ocorrendo muito, podendo ser bots benéficos ou maliciosos. A F5 tem uma solução chamada Shape especialmente para isso, com um potencial de crescimento muito interessante para os parceiros”, finaliza Ricossa.

Serviço
www.f5.com

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