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Como a economia digital é beneficiada pelo Edge Computing

O mercado está em plena Transformação Digital e, como parte desse movimento, tem aumentado o número de negócios que usam Dados para gerar insights e atingir a melhor performance de suas atividades com vistas a se sobressair em relação à concorrência. Nesse cenário de desenvolvimento da economia digital, ampliou-se também o volume das informações geradas e que podem impactar positivamente as empresas que conseguem analisar, processar e armazenar essa base da maneira mais eficiente.

Uma tendência que tem ganhado força nesse contexto é o Edge Computing, que possibilita o processamento de informações na Borda. Assim, ao realizar a análise de Dados gerados por máquinas de alto desempenho localmente, obtêm-se redução da latência, melhora no desempenho geral da rede e diminui os custos de armazenamento gerando maior eficiência e performance às operações.

Para se ter ideia, segundo levantamento da Front & Sullivan, a previsão até o fim deste ano é que cerca de 90% das indústrias já tenham adotado o Edge Computing, tendo entre os principais fatores para sua adoção a coleta de dados responsiva, a forte segurança da informação e os custos mais baixos para as companhias.

Aplicabilidade
Um exemplo da aplicação dessa tecnologia é no setor de mineração. Como a maioria das atividades dessa indústria ocorre em locais remotos e áreas críticas, onde não há uma rede de internet robusta e confiável, o processamento, armazenamento e análise de dados localmente supera esse desafio para possibilitar a utilização de equipamentos inteligentes e conectados, como uma escavadeira autônoma.

Por essa característica de uso em locais remotos e ou distribuídos, é essencial que a implementação da Computação de Borda nos negócios seja acompanhada com serviços de manutenção preventiva, preditiva e corretiva em casos de urgência e prestados por empresas que tenham alta capilaridade de atendimento.

Apesar dos diversos benefícios da Computação de Borda aos negócios, é preciso saber utilizá-la da melhor forma e tomar alguns cuidados para aproveitar as oportunidades geradas com essa tecnologia. Veja alguns pontos:

Distinção dos dados: Nem todas as informações precisam, necessariamente, ser processadas na Borda. Ao especificar critérios, apenas os Dados necessários são analisados localmente, enquanto os não-essenciais são enviados para um Data Center ou Nuvem.

Edge não é Data Center: É preciso entender que a implantação de Edge Computing não elimina a necessidade de ter um Data Center ou Cloud. Diferente da Nuvem, a Computação de Borda foi projetada para processar grandes quantidades de dados em tempo real.

 Segurança é essencial: Por serem utilizadas muitas vezes em locais remotos e ambientes críticos, é preciso se preocupar com a segurança do Edge com medidas de proteção tanto física, quanto cibernética. Instalação de sistemas para monitoramento remoto, controle de acesso aos espaços onde se encontram os gabinetes de TI e atualização de softwares para evitar a infiltração de malwares são ações fundamentais.

 Tecnologia em alta: o Edge Computing vem ganhando espaço na economia digital tendo como grande aliada à sua implantação com a Internet das Coisas (IoT) e, nos próximos anos, tende a se expandir ainda mais com a consolidação da rede 5G no mercado.

A Grand View Research aponta que o mercado de Multiacesso Edge Computing (MEC) alcançará US$ 43,4 bilhões até 2027, e que 75% dos dados empresariais serão processados pela Computação de Borda até 2025. Esse crescimento da tecnologia no mercado está estritamente ligado à chegada do 5G, já que haverá uma expansão de dispositivos que precisam de processamento em tempo real, como em veículos autônomos e nas cidades inteligentes, e que dependem da velocidade do Edge Computing e da baixa latência do 5G.

Lado a lado
Muitos podem pensar que o fato do Edge Computing processar Dados localmente reduzirá o uso de Data Centers já que não haverá mais a necessidade de armazenamento das informações. Na verdade, o impacto da expansão da Computação de Borda no mercado será o inverso, onde os grandes centros de Dados ganharão ainda mais importância e utilização devido ao maior uso da tecnologia.

A explicação para essa expansão é simples. Com a Computação na Borda, Data Centers menores como os Rack Edges ganharão espaço pela necessidade de processar e armazenar Dados. Por sua vez, esses centros de Dados menores precisarão se comunicar com Data Centers de grande escala, impulsionando assim o uso desses produtos.

Tecnologia mais verde
Devido à digitalização da nossa sociedade e a expansão da economia digital, cresce também a demanda pelo armazenamento e processamento das informações. Com esse cenário, a projeção para 2025 é que os grandes centros de Dados – caracterizados pelo grande consumo de energia, elevada emissão de carbono e desperdício eletrônico – sejam responsáveis por cerca de 20% da energia consumida em todo o globo, sendo que atualmente esse índice gira em torno de 9%.

Como se vê, o Edge Computing tende a ganhar cada vez mais espaço no mercado devido aos seus diversos benefícios e a expansão de tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e 5G. Além de reduzir a latência, melhorar o desempenho geral da rede e diminuir os custos de armazenamento gerando maior eficiência e performance às operações, a Computação na Borda gera ainda um grande benefício às empresas por ser mais sustentável.

Em uma economia onde pequenas vantagens fazem toda a diferença frente à concorrência, o Edge Computing pode ser crucial para o sucesso dos negócios nas mais diversas indústrias.

Por Márcio Martin, vice-presidente Comercial, Soluções e Marketing para América Latina da green4T.

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